terça-feira, 28 de julho de 2015

DEVANEIOS -DE BIO DE 12 DEUSES GREGOS (1) (280715)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Confundia Média com Pérsia
HOJE TUDO ISSO É IRÃ

Hera


  1. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 10:50 - Replay
    1. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 10:50 - Reply
      A mitologia dos deuses gregos é riquissima, mas nao surgiu do nada, Ela é um sincretismo do panteao (conjunto de deuses) indoeuropeus e do Crescente fertil camitosemita. A mitologia grega tb representa a transiçao entre a idolatria das forças da natureza (animismo) e a idolatria da força coletiva dos humanos ( tribalismo dos clans e na sua versao mais recente: o nacionalismo das cidades-estado).


  2. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 10:55 - Reply
    Segundo o mito grego principalmente em Homero e Hesiodo. O Universo foi governado por 3 conjuntos sucessivos de deuses. O primeiro foi responsavel pela criacáo do universo, Eram deuses-forças da natureza, como Eros (Amor), Tanatos (Morte), Nix (Noite), Oceano,… todos liderados por Urano (o Céu) cuja esposa era Gaia (a propria Terra). Muito simbolicamente foram destronados pelo filho mais novo de Urano, Krono ( o Tempo). O deus-filho destrnou o seu pai apenas amputando seus genitais, No processo nasceu a poderosa deusa Afrodite.

  3. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 10:59 - Reply
    A segunda geraçao era chefiada por Krono. Krono, sua esposa a deusa Reia, seus irmaos e os filhos destes eram conhecidos como Titas. Enquanto os Titas mandavam no Universo, os humanos de nossa geracao foram criados (hominideos outros haviam existido ,mas foram extintos segundo o mito, que coisa chocante quando comparados as nossas crencás atuais). Krono, com muita razao tb temia ser destronado e devorava todos os seus filhos.Outra simbologia pois o Tempo tb destroi a juventude.

  4. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 11:09 - Reply
    O mais novo dos filhos de Krono nao foi devorado por uma maracutaia da esposa Reia. O menino-deus foi criado em Creta, mas quando cresce consegue fazer seu pai vomitar os irmaos vivos! O caçula era Zeus e fazendo um pacto com seus irmaos,inicia uma guerra com os Titas, que sao derrotados. Os deuses vitoriosos mais poderosos: Possidon, Hades e Zeus resolvem partir o dominio do Universo entre si. Quem controlasse o Céu e a Terra e os vivos, também seria suserano dos outros dois deuses que controlariam os mares e os mortos. Zeus ganhou a supremacia, Hades ficou com o Subterraneos e os mortos. Possidon ficou com os mares.Possidon e Hades nunca ficaram satisfeitos com esta partilha.

  5. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 11:19 - Reply
    Os deuses olimpianos sao a terceira geraçao governante do Universo e os mais humanizados dos deuses. Representam o triunfo da força humana coletiva sobre a natureza e concordantemente sao os deuses-tutelares de muitas cidades-estado gregas e italianas.
    Alguns deuses anteriores foram anistiados e protegidos pelos olimpianos (Afrodite, Urano, Gaia), Outros foram aposentados (Oceano por Possidon, Helio por Apolo e Selene por Artemis), outros foram mantidos no Tartaro. Mas nem todos olimpianos moram no Olimpo e nem todos que estao no Olimpo sao da terceira geraçao. Prof Michel, senti falta da deusa Hecate. O texto tá otimamente sintetizado e as imagens sao belissimas, muito bem escolhidas.

  6. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 11:43 - Reply
    Como dizia Junito Brandao , grande mitologo brasileiro: A variabilidade de versoes é o pulmao do mito. Ha versoes onde Hades, Possidon e Artemis nao moram no Olimpo, os dois primeiros porque tem que cuidar de suas porçoes do Universo e a terceira por ser antisocial, bicho do mato. E no lugar deles estao: Hestia, Hecate e Herakles (Hercules) , unico semideus que se torna deus. Assim teriamos: o casal dominante Zeus e Hera, o unico filho do casal:Ares. Dioniso e Atena: somente filho de Zeus. Hefesto: somente filho de Hera, Afrodite, uma hospede de periodos antigos, mas com corpinho de 18, Hermes, filho de Zeus e Maia , uma amante. Os gemeos Artemis e Apolo , filhos de Zeus e de Leto, outra amante. Demeter, outra irma-esposa de Zeus. As vezes (6 meses do ano), a filha deles, Persefone. Herakles, filho de Zeus e humana que conseguiu a gloria inedita de se tornar deus completo. Hestia , irma de Zeus que ele nao pos a mao. Hecate, nao era da familia de Zeus, tinha aparencia estranha, mas de vez enquando pernoitava no Olimpo, onde até os deuses achavam-na estranha.

  7. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 11:45 - Reply
    Seria legal tentar ver a evoluçao historica destes deuses gregos tao emblematicos, porque muitos deles nao eram originalmente gregos.

  8. Klaus do Iate 18 de março de 2013 at 11:47 - Reply
    Afrodite por exemplo,prof Michel sabe o que eu ACHO, que está lá , hoje, escondidinha na Kaaba de Meca, os islamicos talvez nao sejam tao machistas.

    • Michel Goulart 18 de março de 2013 at 14:36 - Reply
      Por quê na Caaba? Ps.: Não deixe um xiita ler isto

  9. Klaus do Iate 19 de março de 2013 at 9:55 - Reply
    Não lembra quando nós convrsamos sobre a pedra negra?
    Meteoritos estavam associados ao culto de Astarte/Afrodite em Chipre, Kanaan, Anatolia.
    A deusa “trt” (Astarte/Asherah) e o deus ´l (El em Kanaan e Alah na Arabia) são as únicas unanimidades em todos os panteoes semitas .
    E no mito de Afrodite a interpretação fica quase literal: “alguém emasculou o Céu e seus genitais caíram no Mar, deles surge a belíssima deusa!”. A rocha faliforme caída do céu é idolatrada como a própria deusa.
    No Egito, uma pedra faliforme em Heliópolis estava associada ao culto da Fenix/Ra e originou os obeliscos.Afinal não caem meteoritos faliformes do céu todo dia. Ainda bem.

  10. Klaus do Iate 19 de março de 2013 at 10:05 - Reply
    Como disse as listas variam muito. Hecate é da geração olimpiana, mas não é moradora fixa do Olimpo. Muito associada a bruxaria e com grande ligação com a deusa tríplice celta Brigida, ela era vista com desconfiança por deuses e mortais. E também foi associada pelos atributos com Artemis, outra bicho-do-mato antisocial, de quem era madrinha. Hecate é da terceira geração divina. Seus pais eram Titãs, mas Zeus também tinha pais Titãs e não era um deles. Quanto a não ser da geração olimpiana, isto não a impede de ter acesso ao Olimpo, vide Afrodite, pênis ultra-melhorado de Urano sobre o Mar.

  11. Klaus do Iate 19 de março de 2013 at 10:13 - Reply
    A evolução dos mitos é mais ou menos estas, mas a evolução histórica por trás do mito me parece ainda mais interessante. Envolve o sincretismo indoeuropeu e camitosemitico.

  12. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 10:50 - Reply
    O pau ainda come entre historiadores para saber o local onde a língua protoindoeuropeia surgiu. os candidatos mais cotados são Ucrânia, foz do Danúbio e norte da Anatólia, que tb seria o local de origem dos sumérios e dos hurritas. o outro tronco linguistico importante no Crescente Fertil : o camitosemitico teria se originado na Africa, talvez no Paleolítico da montanhosa Etiópia.

  13. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 10:57 - Reply
    Como inúmeros outros povos, estes protoindoeuropeus cultuavam os deuses-forças-da- Natureza, mas tinhamespecial predileção, como outros povos de organização clânica, pelos seus deuses-ancestrais. Em especial quando viram que o poder humano coletivo era capaz de dobrar algumas forças da Natureza e quando viram que as forças da Natureza não respondiam fáceis a barganhas, O que era interpretado como os deuses da Natureza eram indiferentes aos humanos, diferentemente dos ancestrais que se preocupavam com seus descendentes. Se mais não fossem por serem pais de seus filhos, porque os protoindoeuropeus acreditavam que suas almas, apesar de imortais, ficavam perambulando pela Terra, independente de se em vida tinham sido bons ou maus, ainda necessitando de COMIDA. Assim se os vivos dependiam dos mortos para proteção, os mortos dependiam dos vivos para não passar fome.

  14. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 11:00 - Reply
    A crença nos deuses-ancestrais em todo mundo está ligada tb a sedentarização, já que os mortos relutam a deixar o local onde seus corpos tombaram. isto não é apanágio dos protoindoeuropeus. mas Ligar todos os mortos da família a deuses-ancestrais que se manifestam no fogo e considerar os deuses-forças-da-natureza organizados em panteões trinos desdobrados em pares sim.

  15. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 11:09 - Reply
    A triade indoeuropeia típica se baseia em:
    A)Soberania: Varuna (que é indiferente com humanos, tem um senso de justiça difícil de humanos entender) e Mitra que é compassivo com humanos. Um dos deuses menores que acompanha Mitra seria o deus-ancestral dos indoeuropeus Ariaman.
    B) Potencia: Ligado aos guerreiros, destruição, mas tb que renova o universo. São temíveis e idaelmente espera-se que os deuses da Soberania não a deixem com estes.Geralmente há um par deles um ligado a Varuna e outro ligado aos deuses da Criação-Produtividade-Riqueza Material e a proteção das criaturas. Ares e Atená
    C) Criação-fertilidade-riqueza: Geralmente são gêmeos. As vezes são casal. gsotam de suas criaturas e gostam de viver no mesmo plano que elas. Um deles pode estar atraído pela Soberania , outro pela destruição renovadora. Todos os deuses-ancestrais familiares estão ligados a esta esfera. Nasátias indianos, Apolo e Artemis estao cá.

  16. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 11:17 - Reply
    Mas nem todo deus grego chegou a Gracia Europeia (Helade) pelos indoeuropeus. Antes da primeira onda de imigrantes indoeuropeus, a Helade recebeu anatolios nao-indoeuropeus que a tradição classica greco-romana chamava de pelasgios (porque vieram pelo mar). Estes caras trazem deuses e idéias típicas do Crescente Fértil como deuses que se dispõem em gerações, onde uma derruba a outra pelo controle do Universo. Enquanto os indoeuropeus preferem a ideia dos ciclos (Varuna alternando com Mitra, cada diade fechando com cada triade), os camitosemiticos, sumerios e hurritas concordam com uma historicidade linear do universo. Um tempo onde os deuses não tinham criado o mundo, seguido de um tempo onde ele existe e geralmente é corpo de algum deus despedaçado. Os deuses-Tempo (Krono) e deus-Planta (Baco-Osiris-Dumuzi-Tamuz) tem lugar destacado neste panteão de povos que descobriram a agricultura.

  17. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 11:20 - Reply
    O Sol, a Terra e o Céu divinizados aparecem no conjunto dos deuses-forças-da-Natureza entre os panteões originais dos dois grupos de povos, pois eram importantes para nômades e sedentários, agricultores e pastores.

  18. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 11:24 - Reply
    deuses podem ter sua historia identificada pela etmologia do seu nome ou pelos seus atributos. a etmologia é triaçoeira porque geramente os nomes divinos eram tabus e cada deus podia eter varios atributos ainda mais depois de alguns sincratismos com outros deuses devido a vitorias militares. Por exemplo se um Deus era conhecido como Produtor de Viúvas pelo seu caráter guerreiro e como Bom-de-cama, ao investigar somente etmologia dos nomes dificilmente imaginariamos que ambos se tratam do mesmo deus.

  19. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 12:04 - Reply
    Vou começar tentando dissecar a historia de Zeus:
    ZEUS: Pela etimologia ele seria um deus menor dentro do panteão indo-europeu original Diaus , cujo nome é meramente Céu e mais tarde também virou o substantivo comum deus. A correlação com o latim Iu é boa. Como Zeuspapaios é correlato de Iu-piter. Os aqueus são os imigrantes indo-europeus que chegaram a Helade em torno de 2000aC. Mas Zeus estava em Helade muito antes. Antes da chegada dos aqueus: anatolios nao-indoeuropeus e os indoeuropeus luvitas vieram do mar para Helade e as ilhas Egeias (e até uma onde de semitas chegou em Creta) com deuses típicos do panteão do Crescente Fértil. Eles trazem a agricultura e o bronze em diferentes momentos.Este Zeus cretense é um fertilizador , ele é o deus-chuva. Nos mitos greco-romanos classicos , Zeus permanece emprenhador, ele é pai de muitos, e as vezes se metamorfoseia em nuvem que solta raios e chuva e Zeus-bebe é criado em Creta. Creta com sua terra vulcanica e era especialmente fértil, ,mas sem rios como o Nilo , precisava da chuva. O deus-Chuva é mais alto que o deus-Sol na hierarquia. Mas está abaixo da deusa-Terra, sua mãe.. Zeus cretense era cultuado em cavernas, útero da terra e depois em úteros grandiosos produzidos pelos homens os Labirintos (casa do machado). Onde no mito tardio estava o Minotauro. O labris era o machadão de duas cabeças necessário ao abate do touro.O Zeus cretense original era simbolizado pelo forte e fértil copulador Touro. Seus chifres abundam na arquitetura cretense. Um rei-deus copulador, fertilizador era associado com touros por todo crescente fertil (o faraó era o Touro poderoso, Osiris, Horus e Apis eram touros). Touradas , com ginastas homens e mulheres,eram feitas em honra deste Zeus cretense, que só era abatido longe dos olhos do povo…Comer sua carne era comungar.Sua carne era tostada e a fumaça alimentaria os deuses-ancestrais tutelares das familias. Zeus-aguia, indiferente aos humanos é indoeuropeu. Minos eram sacerdotes-rei, repesentantes na Terra deste deus -touro Zeus cretense, como no Egito Sumeria e entre Hurritas. Os trovoes são o Touro celeste escavando o Ceú. O rei o sacrifica porque tinha que sobrepujar o avatar deste deus-força da Natureza para representar o papel de deus-tutelar-força -coletiva dos homens, como fez Teseu ou Gilgamesh.

  20. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 12:09 - Reply
    O machado duplo de Zeus cretense assim, do dues hitita da tempestade Teshub. como o martelão de Tor tinha formato de genitais acentuando o cárater de deus-fertil de ambos.

  21. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 12:16 - Reply
    Zeus-Touro raptou a humana Europa tirando-a das terras asiáticas, especificamente da Fenícia. Isto é carregado de simbologia. Quantas coisas os gregos não deviam ao Crescente Fértil, especialmente o alfabeto fenício?

    • Michel Goulart 22 de março de 2013 at 15:06 - Reply
      Ainda assim, de forma eurocêntrica, o desenvolvimento das civilizações do oriente próximo são colocadas como etapas evolutivas do continente europeu.

  22. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 12:16 - Reply
    Até o Zeta, letra inicial de Zeus era um raio

  23. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 12:21 - Reply
    Teshub deus-tempestade hurrita e hitita era representado de ´pé sobre um touro com uma lança em forma de raio em uma das maõs e o machado de duas cabeças na outra mão. Mostrando claro a destruição e a fertilidade trazida pelas tempestades. Este era o Zeus original. O nome é indoeuropeu tipico, mas os atributos são do Crescente Fertil. Neto do deus-criador original, tomou o Universo na porrada com outras forças divinas nao-antropomorfizado porque já era quase um deus-ancestral domador da natureza. e pertencente a uma historia divina linear tipicamente camitosemitica.

  24. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 12:25 - Reply
    ERRATA: Seus deuses-chefoes antecessores nao era antropomorfizados, mas Zeus era. era o Touro e o carrasco do Touro.
    Creta minoica, foi conquistada pelos aqueus quando estes lhes tomaram o domínio do mar. O mito faz Teseu, filho de Possidon, vencer o touro, e não um filho de Zeus, mas é Hercules (zeus melhorado porque sentiu o que é ser um humano) quem acaba com o pai do Minotauro. Este é um exemplo de intromissão de um fato poltico-militar em mito que já existia.

    • Michel Goulart 22 de março de 2013 at 15:05 - Reply
      É a relação do mito com a realidade. A vitória de Teseu sobre o minotauro representa a vitória dos gregos (aqueus) sobre os cretenses.

  25. Klaus do Iate 22 de março de 2013 at 12:34 - Reply
    Zeus indoeuropeu é paralelo etimologicamente com Tiuz/Tyr deus da guerra germano, mas o Zeus original é paralelo com Thunor/Thor , da quinta-feira em ingles e frances.
    Portanto o Zeus classico manteve só seu nome indoeuropeu, mas é para fins práticos o deus agricola-touro encontrado quando indeouropeus se encontraram com os sedentarios do Crescente fertil, deus fertilizador que tb era guerreiro para Crescente fertil e não o deus-guerreiro indoeuropeu..

  26. Klaus do Iate 27 de março de 2013 at 10:11 - Reply
    O nome do Zeus cretense foi perdido e o nome adotado foi do deus-águia guerreiro dos indo-europeus, mas os romanos viam o visual do Zeus cretense, mero filho e amante da poderosa deusa-Terra cretense. Era ora um touro e ora um adolescente magricelo de cabelos muito crespos e , por isto, romanos o chamavam de Veiove (Velo=lã e Jove=Jupiter).

  27. Klaus do Iate 27 de março de 2013 at 10:15 - Reply
    A transição da religião clânica (deuses-ancestrais) para a religião estatal no mundo mediterrâneo teve avanços e recuos. Além disso, o território da Heláde (Grécia Européia) teve mais de uma camada de povos e mais de uma de indo-europeus. Com dificuldade se enxerga as vicissitudes politico-militares e evolução dos sincretismos.

  28. Klaus do Iate 27 de março de 2013 at 10:20 - Reply
    Um ancestral de uma poderosa família era divinizado. Esta família vencia outra.O NOME do deus da família vencida podia ser varrido e o deus da família vencedora podia adquirir os atributos do deus vencido, o que certamente ocorreu em Delfos (tradução: o útero), onde já existia desde Neolítico , um Oráculo de uma deusa-terra guardado por um deus-cobra (novamente as questoes faliformes e a identificação de uma deusa com um falo) que foi enxotado por um clan que cultuava Apolo.

  29. Klaus do Iate 27 de março de 2013 at 10:27 - Reply
    Necessidades politico-militares acabaram forçando alianças mais ou menos permanentes entre duas famílias com deuses-ancestrais reais, INVENTAVA-SE então um ancestral comum para os dois clans recuando num tempo em que ninguém conseguiria conferir nada, e chamava-se para o posto de ancestral um deus-força-da-natureza , como a Chuva (Zeus) ou a Oliveira (Atená). isto porem não extinguiu choques entre os aliados como nos conta o mito de que antes de que a polis de Atenas fosse oficialmente fundada os deuses (leia-se os seguidores, as familias), Possidon e Atená se estranharam, e Atená ganhou a disputa.

  30. Klaus do Iate 27 de março de 2013 at 10:29 - Reply
    Forçando bem a barra vou então tentar dissecar a evolução de outros deuses da época clássica em uma camada cretense-asiática e uma camada aqueia e uma terceira camada dórica (esta seria uma segunda camada indoeuropeia).

  31. Klaus do Iate 27 de março de 2013 at 11:18 - Reply
    REIA: Na época clássica, ela era uma deusa meio figurante adquirido com a vitoria dos dorios. Mantinha, porem, seu papel de Mãe de Zeus que o salvou do pai. Na época clássica, ela era uma mera passagem entre Gaia e Hera no papel de rainha sem graça do Universo. Mas em Creta e na Anatólia ela era a divindade suprema do panteão. Réia significa a redonda , a cheia, a plena. era a deusa-mãe-terra. Num mundo de agricultores, todos os deuses, próximos a ela perdem importância, são meros amantes-filhos dela. Todas deusas são suas filhas e são meras cópias parciais dela, acentuando u ou outro de seus atributos. Por isto, Aton, Assur e Iahweh não tem esposas. Reia em Creta e Helade já sob dominio aqueu é chamada respeitosamente de Potnia (a Senhora). Ela tem grandes seios, coxas e bunda, e tem umbigo herniado para fora, são marcas de quem tem muitos filhos, garantia de sua fertilidade. Ou pode ser jovem, esbelta,,mas com seios de fora segurando cobras. O Umbigo herniado é um minifalo a trair que tem dentro de si até o poder de gerar machos. Pode estar sentada num trono (como rainha que é), de cócoras (parindo?) ou de pé com braços abertos rezando (na postura tipica dos habitantes do antigo crescente fértil) para si mesma. Ela é a continuação das Vênus da idade da Pedra (estatuetas de Midenddorf). Rpeia também é senhora da Morte. Em Creta, ela está cercada por alguns filhos que se tornarão deuses olímpicos, filhos de outras. Filhos: O “Zeus-touro-chuva”, leões (Helio?) e serpentes (Hades?), cobras . Filhas: Réia é mãe do trigo (Perséfone), da oliva (Atená), de Hera (significa a Serva, que meramente a ajuda a parir), da vida marinha (Britomartis ou Thalassa), da morte prematura (Enio,com armadura e capacete) da coleta/caça terrestre (Artemis). Reia cretense domina o Céu (como pomba ou Lua-cheia), a Terra (como árvore), o Mar (como âncora) e o Subterrâneo (como cobra, meteoro faliforme ou stalagmite). Pode ser simbolizada como o escudo tireos (um escudo eliptico com duas bocas) que faz par de oposição com a lança 9faliforme) e o labris (escudo bipene simbolo do Zeus cretense).



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