sexta-feira, 30 de setembro de 2016

DEVANEIOS - DE JABOR E PUTIN (300915)

Tenho Cara de Antigamente, Quando O Mundo Era Dividido Em Dois Blocos
EXATAMENTE EUA E URSS E ESSES DOIS CONTRA HITLER
HEBDO-Insulyante Da Moralidade

(O MUNDO SERIA MELHOR SEM WASHINGTON E SEM MOSCOU)
Podem Crer, E Também Sem O HEBDO


quarta-feira, 30 de setembro de 2015


DEVANEIOS - DE JABOR E PUTIN

Tenho Cara De Antigamente, Quando O  Um Sempre Batia No Outro
O DIFÍCIL SEMPRE É O OUTRO BATER NO UM

Hermes (Mercúrio)

De Arnaldo Jabor, (Cineasta ou Jornalista), ontem, 290915, no último Jornal da Globo, na TV.  O Putin é um Czar misturado com Stalin, Ditador disfarçado, ex-policial da KGB e agora Imperador da Russia.  É responsável pelo aparecimento do EI, de vez que não permitiu que se bombardeasse a Síria desde há quatro anos atrás.  Vive amedrontando o mundo com seu poder nuclear.  Armou Assad para ele matar seu próprio povo.  Mais de um milhão de fugitivos;  o que ele quer mesmo é por Moscou como potência na região..

Puxa, camarada, cê tá parecendo menino babaca enrolado em baboseiras, numa pose magistral, montado na força da Globo para formar opinião torcida e má colocada.  A EI ai apareceu porque dissidências no Islã propiciaram isso e essa é a praga da hora, mas coisa que a história conta, em todos os tempos, desde a era clássica até a Santa Inquisição e logo depois as Cruzadas.  Em tempos quase recentes o Eire se digladiando entre católicos e protestantes, e nesse momento a África transtornada por causas religiosas e países primaveris de lá com EUA na retaguarda, falidos.

Que poder você dá ao putinho, dizendo que ele proibiu o bombardeamento na Síria no começo da guerra civil do Assad. Obama armou e treinou rebeldes sírios que repassaram todo o fogo bélico recebido para os jihadistas, é a verdade.  Onde tiver encrenca no Globo tem a mão dos "states".  Meteu-se na Croácia, dois oceanos entre si mexendo em zona de influência de Moscou, arietou o baixinho, ele apossou-se da Criméia e botou 3,5 bi em aviões, tanques e navios na Síria e está no comando de portos e campos de voo, sim senhor.

E é mesmo, ele que ser o galo no seu terreiro;  talvez, à moda americana, vá montar no seu primeiro mula, na vida, costume velho dos seus amigos, Jabor.  Não simpatizo com o alauita, mas ele vai ficar contido, como o Al Sissi, no Egito.  É o vermelho brincando de Tio Sam.  Cê fala em 1 milhão de incapazes fugindo por culpa deste Imperador;  quantos milhões de palestinos pereceram, se extraditaram, vivem em círculos de arame, são arremedos de pessoas por conta de Telavive, moço de recardo do mulato norte-americano.  Está ali aguardando ordem para afundar Teerã.


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

DEVANEIOS - DE "O QUE É, O QUE É" DAS PALAVRAS (150713)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Fajuto Era O Nome De Um Japonês Falsificador De Whisky
DAÍ, FAJUTO É TUDO QUE É FALSO
Crianças

domingo, 25 de setembro de 2016

DEVANEIOS - DE "O QUE É, O QUE É" DAS PALAVRAS(150713)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Ambição Nunca foi Ganância
PRESTEM ATENÇÃO NAS DENSIDADES
Trolebus

segunda-feira, 15 de julho de 2013


DEVANEIOS -DE "O UE É, O QUE É" DAS PALAVRAS

    A Ambição é uma qualidade imprescindível para o ser humano se desenvolver, sem pecado;  Sem ambição a criatura vira um saco de batatas.  O perigo está na ultrapassagem de seu limite, quando aquele detonador de bem estar, passa a ser ganância, que quer dizer ganhar e ganhar sempre, sem limites.  Eis ai a cara e o tamanho do pecado; a falta de escrúpulos, doentia, que adoece e mata o seu irmão.  

Tenho Cara De Antigamente, Quando A Ambição Era Bem Vinda E A Ganância, Maldita
LIBERDADE PARA O PRIMEIRO E PRISÃO, PARA O SEGUNDO
Santa Maria

    Vimos o que á AMBIÇÃO versus GANÂNCIA, agora vamos examinar o que é FÉ versus  SUPERSTIÇÃO.  A fé é sempre entendida na seara religiosa, mas na verdade, ela se deita também nas expectativas da vida, e pela vida inteira.  A fé tem sua raiz na racionalidade e não consente se extrapolar  para contemplação visionária.  Se tem fé convicta de chegar a um alvo, se produz o roteiro da tarefa, racionalmente, se segue as sequências para conseguir as consequências.  Não tem atalhos nem contemplações cavilosas que substituam as trilhas físicas preconizadas.  Além dos edges tradicionais está a superstição, animal ardiloso, doentio como um cachorro doido, cego e de uma força descomunal.  "Vade Retro" satanás.  Os abusadores da fé dos ingênuos e ignorantes estão alertas, atentos e uivantes como lobos famintos;  já deviam, de há muito serem capturados pela lei positiva e engradados, pelo mal que causam à sociedade, principalmente a gente humilde.  Essa invenção moderna, que começou em setenta, no advento da IURD, e hoje seguida pelas vertentes evangélicas pentencostais, numa metástase incontida, estribadas na teologia da prosperidade, que grande isca para pescar dólares, consagrou-se pela habilidade em convencer pessoas a negociar com deus(?).  Quem já não viu letreiros de pequenos negócios com "foi Deus que me deu"?. e adiante ainda tinha o logo de uma pomba?.  Isso foi seguido por uma avalanche de fé (superstição), e agora tem passeatas, trio elétrico, faixas verticais em alguns templos com "Aqui faz-se milagres".  O dinheiro está na fase do "passa o rodo".  Tanto patrimônio compra TVs, embarcações, aviões, rádios, imóveis para templos de seis mil pessoas, e sobra para seus líderes terem haras onde se negociam esperma de cavalos campeões e uma parafernália de cultos ao capitalismo selvagem.  Acorda, você que está dormindo, sai da sedação.  E você, Governo, não enxerga esse rio caudaloso de capital sem rosto, que aliviaria a situação da classe dos Zé-pinoia?.  Esses abufelados que vendem cura não serão por acaso, prováveis clientes dos 2.5 X 3?. Nós não precisamos de mais policiais nas ruas, precisamos de menos bandidos e charlatões nas ruas. É o Tempo.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

DEVANEIOS - DE MEMÓRIAS DOS MEUS 12 ANOS (030515)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Recordar Era Viver
1947
Árvore Morta,Ressuscita

terça-feira, 3 de maio de 2016

DEVANEIOS - DE MEUS 12a. (030515)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Fazer Memória É O Que Estou Fazendo
ISSO ACONTECEU HÁ 69 ANOS ATRÁS

Nu Indelicado

domingo, 3 de maio de 2015


DEVANEIOS - DE MEUS 12 ANOS (030515)

Tenho Cara De Antigamente, Quando a brincadeira No Colégio Era "Passe Adiante"
UM TAPAÇO VIOLENTO NO MEIO DO JUÍZO
Nóis se levantava furioso, com as mãos fechadas e as munheca em punho e ouvia o bom-conselho, "passa-adiante", e na moral, como era o costume, nóis se sentava, assoprava as pontas dos dedos e de cara mansa levantava e corria a vista à procura de um abestado pra cumprir o mandado. Isso era todo o dia e não se levava isso pra casa e sobra o prazer de 68 anos depois, hoje, dando uma risada de banda, estar aqui, batendo pra tu bater pra quem quiser.  Ah, ia esquecendo;  a irmã da mãe da minha mulher, a tia dela se chamava Altair e era a tia Taica.  Lá por 57 chegou a notícia que ela, que morava no Rio, saiu de casa de manhã para comprar cigarros e nunca mais voltou.  Deve ter sido mais uma indigente enterrada, no mundo.  Posso chamá-la vez em quando, de Taica?  Agradeço seu retorno, nem imagina quanto, pena que seus dias de escrever como amadora sejam só nos domingos.


sábado, 18 de outubro de 2014


DEVANEIOS - DE MEMÓRIA

MEUS 12 ANOS
Domingo, 16 de junho de 2013
Bairro da Torre, rua José de Holanda, 157-ano 1947

1978-Belém-aos 45a.-(eu-edélvio)-c/Glauce e Thomzinho

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Do Bar Savoy, Em Recife-Pe
O SAVOY SERVIA CHOPP EM CANECA DE VIDRO FOSCO TRABALHADO
Não é um diário de Ane Frank. São divagações que se meu retrovisor do tempo permitir, posso curtir saudades. Às vezes, um espelho mal esfregado, uma pequena TRINCA AO LADO, UM EMBAÇO, UM FIO DE TEIA SEM CONVITE, DETURPA UM POUCO A IMAGEM, MAS AS VERDADES DOS FATOS EXISTEM E É A MINHA VERDADE.
BIU TÔCO
CHEGOU VIZINHO NOVO. CASAS FRENTE A FRENTE, E DIFERENTE DOS FILMES AMERICANOS, AQUI NÃO HÁ O COSTUME DE A VIZINHANÇA ATACAR COM PRATINHOS COMO BOAS VINDAS. LÁ ESTAVA O CAMINHÃOZÃO E DA CABINE DESCIA UM TICO DE HOMEM. VINHAM DE LIMOEIRO. COM O TICO ESTAVAM OS FUTUROS BIU TÔCO E A MARIA TAMANQUINHO. HOJE, REVERTENDO O TEMPO, DOU MINHAS LOUVAÇOES À GENTE TÃO HUMILDE, PELO CUIDADO DE PRESERVAR PRO BIU UMA VAGA NO CAB, COLÉGIO AMERICANO BATISTA. SERIA MEU COLEGA E MEU PAI, O PASTOR LÍVIO LINDOSO, SERIA O LECTOR, NUM ENCONTRO DIÁRIO DE MEIA HORA ANTES DO RECREIO, NUMA  REUNIÃO CHAMADA LECÇÃO. MEU PAI, NUM COLÉGIO REPLETO DE JUDEUS, ERA CHAMADO DE SINAGOGA. Nunca soube se ele sabia disso. Voltando a nosso terreiro, a meninada jogava bola, na verdade uma bola de borracha furada que quando chutada ela se 

encolhia e quando voava tornava a se encher. Era muito bom, mas meu pai não podia saber disso. O terreno baldio se chama Campo do Cavalo Morto. Quando meu pai voltava das aulas, passava por esse mesmo caminho como um atalho de alguns kms; todos paravam o jogo e,
ele que sofria de uma miopia severa, me enxergava mas não me via. Minha vida de criança era divertida. O Biu Tôco era, na nossa linguagem, socado, isto é, pequeno, parrudo e forte, e jogava pesado nas divididas; eu achava que era provocação. Vai aqui uma confissão; em casa, de noite, eu chorava de raiva do medo que eu tinha dele; eu me questionava, não aceitava a minha covardia e resumia: o máximo que pode me acontecer é ser morto mas, isso não vai ser. Decidido. No dia seguinte NÃO LHE DEI CHANCE, ENTREI DE EDÉLVIO QUEBRA BARRACO E O BIU TÔCO SE AFROUXOU. APRENDI QUE MUITA  COISA NA VIDA SE GANHA NO GRITO, MAS ÀS VEZES O GRITO É MAIS DEFESA E MENOS VERDADE.
VASINGUITON

OUTRA VIZINHA, NUMA RUA PARALELA, TAMBÉM COM UM FILHO NO CAB. A ALEGRIA DELA FOI AFETADA QUANDO SOUBE QUE NO COLÉGIO TODOS O ESTAVAM CHAMANDO DE WASHINGTON. LÁ FOI ELA COM SUA AUTORIDADE DE MÃE E DEFENDEU O FILHO DIANTE DE PROFESSORA, DIRETORA, SECRETÁRIA E COLEGAS; O NOME DO MEU FILHO É VASINGUITON. NÃO ME VENHAM COM HISTÓRIA DE UOCHITO. ASSIM FOI O ENTREVERO E NÃO ME LEMBRO DO DESFECHO.
MANETA
AINDA, NA TORRE, PRÓXIMO À MARÉ, ISTO É, MARGEM DO RIO CAPIBARIBE A CAMINHO DA FOZ. COMO OS RIOS CORREM NA PARTE BAIXA, DIGO QUE UMA PARTE DOS MEUS  FUTUROS COLEGAS SUBIAM A RIBANCEIRA E SE ABANCAVAM NA CALÇADA ALTA DA MINHA CASA. EU  ERA O CRENTE, ÊLES: MANETA, DA BALA, BIU TÔCO, HERNANDES, CIÇO, TÃO E EGÍDIO. ESTE, O APOLO NEGRO QUE MORAVA NA RIBANCEIRA ALTA DO RIO, NUMA CASA COM PÁTEO DE FRENTE DE MASSAPÉ PRETO, BRILHANTE, SOCADO E LIMPO, COM GAIOLAS PENDURADAS COM GALOS DE CAMPINA, CANÁRIOS, PINTASSILGOS, CURIÓS E O MAIS QUE SE IMAGINAR, NUM ORFEÃO DE CORES E DE SONS. TRINADOS QUE O AMARELO MANGA DO CANÁRIO ESTREMECIA NO GOGÓ, O CANTO LONGO E CURTO DO PINTASSILGO BRANCO E PRETO, O VERMELHO SANGUE E BRANCO DO CARDEAL, A COR CINZA MARRON DOS CURIÓS QUE TRINAVAM LIRICAMENTE. QUE BELEZA, QUE DA LONA COLORIDA DE UMA PREGUIÇOSA QUE ME OFERECIAM, EU ME DELEITAVA. ERAM TODOS, UMA FAMÍLIA CORTEZ QUE NOS RECEBIA E TRATAVA COM RESPEITO. CHEIRAVAM A SAL E A MARÉ, MAS ERAM ELES. NA ÁGUA CHEIA, E ISTO ACONTECIA DUAS VEZES NO DIA DE VINTE E QUATRO HORAS, O EGÍDIO SALTAVA MAJESTOSO, DE UMA ALTURA QUE EU ACHAVA ENORME, COMO SE FOSSE UM PERFIL CONTRA UM SOL MORRENTE. CERTA VEZ, COM A MARÉ ALTA, O RIO PARECIA MUITO MAIOR DO QUE O NORMAL, O MANETA ME CHAMOU PARA IR, SEGURANDO NOS OMBROS DELE, ATÉ O OUTRO LADO DO RIO. NO MEIO, ELE MERGULHOU E EU FIQUEI SÓ, E FOI ASSIM QUE APRENDI A NADAR. NO OUTRO LADO,  TERRENOS DE MUROS ENORMES, DE BARÕES DA ALTA CLASSE, COM BURACOS MUITO GRANDES, PARA A ÁGUA ENTRAR. POR ESSE BURACO PASSÁVAMOS NÓS. LÁ DENTRO MUITA MANGA ROSA E MANGA ESPADA DE CHEIROS FORTÍSSIMOS E CONVITE. EU VIA OS RAPAZES PASSAREM CORDÕES NOS TORNOZELOS DAS CALÇAS E ENCHEREM TUDO DE MANGA, DA CINTURA AOS PÉS. AH, IA ESQUECENDO: O EGÍDIO ERA O GUARDADOR DAS LANCHAS ENORMES DOS BARÕES DAQUELES TERRENOS, E DE INTEIRA CONFIANÇA E RESPEITO DELES. POR FIM, EU TINHA DOIS CALÇÕES IGUAIS E SEMPRE DEIXAVA SÓ UM NO VARAL; NESSE DIA MEU BANHO DE MARÉ, QUE FOI MATINAL E VESPERTINO ME DENUNCIOU. MINHA MÃE DESCOBRIU A ARTIMANHA E O PAU COMEU.

SE ALGUNS DE VOCÊS SÃO DOS BAIRROS TORRE-MADALENA E NÃO EXPERIMENTARAM  ISSO, AGORA NÃO TEM MAIS. A VIDA É EGOÍSTA, DÁ E TOMA. O SABIÁ DA MINHA MANGUEIRA O VALDIR MATOU DE BADOQUE, AI QUE DÓ. O GALO DE CAMPINA O GATO COMEU QUANDO ESBAGAÇOU SUA GAIOLA. O CANÁRIO FUGIU, O PINTASSILGO SUMIU E O CURIÓ A SAUDADE LEVOU. ADEUS INFÂNCIA, TENHO SETENTA E OITO ANOS E TENTO ME SEGURAR NAS LEMBRANÇAS.
E O MANETA, E O DA BALA, E O TÃO E O CIÇO, E O HERNANDES E O EMÍDIO, ONDE ESTÃO VOCÊS? O NIEMAYER QUE JOGOU A TOALHA AOS CENTO E DOIS ANOS, DISSE QUE AOS SESSENTA ANOS COMEÇA A FASE DAS DESPEDIDAS. .ESTOU ESPERTO E COMO SOU ESCRIBA, NO PRÓXIMO ENCONTRO VOU VOMITAR MEMÓRIAS.


DEVANEIOS - DE O QUE É A DANÇA (140713)

domingo, 14 de julho de 2013

DEVANEIOS - DE QUE É A DANÇA

    Uma experiência com fumaças científicas, dentro de uma redoma de vidro, dançarinos em forma e espectadores, fora, sem som.  Parecia algo um tanto ridículo, mas na verdade era um ensaio sexual formal.  O gestual, os trejeitos, a intimidade consentida levava a esse conceito.  Troncos roçantes, quadris colados, pernas entrelaçadas num velcro prometido, mão da dama na nuca do mancebo, mão do mancebo abaixo da cintura da donzela, ondulações, volteios, faces unidas, quer mais o que?

Tenho Cara De Antigamente, Quando dançar não era "Já Era"
A DANÇA REQUISITA TODO O CORPO
Cachorro Velho

    Fomos a uma outra observação, num salão retangular com a arena lotada, a mesma cena.  Notamos num ângulo além que faltava iluminação no teto.  PORQUE ALI A CONCENTRAÇÃO ERA DUPLICADA?  POR QUE A INTENÇÃO DOS DANÇANTES ERA REALMENTE DE CALOR SEXUAL, O QUE É PERMITIDO NOS ENCONTROS SOCIAIS.  SEM QUE HAJA APRESENTAÇÃO, CASAIS DESCONHECIDOS, A UM GESTO DE CABEÇA E MÃO, SE ACEITAM E PARTEM, SEM PALAVRAS, MAS NUMA DISTÂNCIA ENTRE UM E OUTRO QUE SÓ NUM AMBIENTE ASSIM É POSSÍVEL.  AI VAI O RALA-RALA, O MELA- COXA, NO MAIOR DOS RESPEITOS.  NADA A RECLAMAR,MAS TUDO A DESEJAR.  COMO A MULHER DO TEMPO, NA TELEVISÃO, TEMPERATURA TAL COM SENSAÇÃO DE TAL.  A BRINCADEIRA DE ADVINHAS, TOQUE DE DOZE COM SENSAÇÃO DE VINTE E QUATRO.

    FOMOS A UMA GAFIEIRA, A PEDRA NO SAPATO.  FOI O LUGAR MAIS FAMÍLIA QUE VISITAMOS. JÁ TÍNHAMOS ESSA INFORMAÇÃO.  UMA TURMA DA UNIVERSIDADE NO TERRITÓRIO DA CLASSE HUMILDE, FOI UMA EXPERIÊNCIA DO CACIQUE.  VOU DESCREVÊ-LA PRA VOCÊS.  TUDO NO MAIOR RESPEITO.  CAVALEIROS DE UM LADO DA PAREDE E AS DAMAS, DA MESMA FORMA, NO OUTRO.  SÓ SE TOCAVAM QUANDO A MÚSICA TOCAVA, E VEZ EM QUANDO, O FISCAL DE SALÃO IA AO MEIO, COM UMA  RÉGUA AVANTAJADA E A  PASSAVA ENTRE OS PARES. AI SE HOUVESSE INTERRUPÇÃO NO INTERCURSO DA INDESEJÁVEL, PRINCIPALMENTE SE ESTIVESSE À ALTURA DA PERSEGUIDA.  ERA RUA, NA HORA, SEM RECURSOS.  OS NOSSOS ANFITRIÕES ESTAVAM ELEGANTÍSSIMOS E HONRADOS POR NOS VER DE TÃO PERTO, E NÓS A ELES.  USAVAM A MELHOR ROUPA , O CHEIRO ERA O MESMO, MUITA BRILHANTINA E UM OU OUTRO CHEIRO DE BOCA, ÀS VEZES DE COCO PASSADO, MAS ERAM MARAVILHOSOS E RESPEITOSOS. ASSIM ERA E ASSIM FOI.

    FOMOS A UM CLUBE DE SUBÚRBIO.  A CADA FIM DE DISCO ERA OBRIGATÓRIO AS PALMAS, QUE FUNCIONAVAM COMO UM PEDIDO DE BIS. NÃO SEI POR QUE, OS RAPAZES SEMPRE FAZIAM ISSO CURVADOS, DE CABEÇA ABAIXADA, QUANDO NÃO, IMPRETERIVELMENTE CORRIAM PARA AS JANELAS, MESMO ASSIM, AINDA CURVADOS.
SEMPRE COLOCAVAM O BICO DO SAPATO ESQUERDO ENTRE OS BICOS FEMININOS, NÃO SEI POR QUE.  NO MAIS ERA TUDO PARECIDO.  DE BOLERO EM BOLERO, DE BAIÃO 
EM BAIÃO, DE TRENZINHO EM TRENZINHO, LEVÁVAMOS A VIDA NUMA BOA GOZAÇÃO.
ERA ESSE O TEMPO DA COMBINAÇÃO E ANÁGUA, E O SUTIÃ TINHA OSSO DE BALEIA NAS LATERAIS, O QUE ERA UMA COISA MUITO INCÔMODA PARA OS RAPAZES.  ANOS SESSENTA.  QUEM NÃO TEM O QUE QUER, SEGURA O QUE TEM.



  

DEVANEIOS - DE A VOZ (140713)(260714)

domingo, 14 de julho de 2013

DEVANEIOS -DE A VOZ(140713) (260714)

    Nos tempos do Rádio a voz era apreciada por seu valor;  O dono da voz tinha sua imagem acoplada à mesma depois de vista em jornais e não alterava em nada a impressão anterior.  Maldita Televisão que alterou totalmente este acordo.  Foi inventada a carnavalização e o espetáculo que anulariam o valor da voz.  Penduricalhos, gestos, cores, empostações destruíram o enlevo, o aconchego, o vibrato e o dom que são a magia do som.  A partir daí tudo que não fosse som era o mais importante. O prato feito substituiu o exercício da imaginação.  As músicas de Carnaval, de São João, de Natal,  eram lançadas seis meses antes do evento e quando estes chegavam elas já estavam prontinhas na memória do Brasil inteiro. Que maravilha.  Hoje só um baile de requien é o que merece os estragos que este instrumento da modernidade  causou de modo irreversível aos saudosistas.  Não tem conserto, não tem retrocesso.  Nos anos oitenta foram apresentadas as últimas baladas, as últimas harmonias com sua marcação compassada, com letras líricas, com inteligibilidade de poesia.  Substitutos?  As baterias, sinônimo de zoada, as guitarras para competir com elas e estraçalhar os nervos dos bons ouvintes, e o zabumba ensurdecedor.  E chamar isso de música?!  Adeus, ades, adeus.

Tenho Cara De Antigamente, Quando A Voz Era Absoluta
ABRIA MÃO DE IMAGEM
Trolebus
    
    Que venha os funks e seus acólitos, uma zoeira gritante que só exige garganta, não tem ondeios, parece uma conversa cuspida, é irritante e de tão ruim, até atrai sangue, bofetadas, abufelos, parece um rinque de luta, se se entender a fala, ouve-se chulices, é na verdade um convites a coisa chãs.  E os gestos obscenos que excluem a ternura e o encontro de pares para namorar?  O encontro que há é um encontro animal, por causa das "poiquerias" que se ouvem, com risotas, empurrões, dedos e mãos atuando numa imoralidade suja e mal cheirosa.  Preparem o féretro para essa imundície.

    "Quanto riso, quanta alegria", Olha pro céu meu amor, As Pastorinhas, Carnaval, Junho, Autos de Natal, tudo sepultado por causa da invenção da maldita televisão.  Evolaram-se as canções ritmadas, dois corpos colados volteando num bolero, os cheiros do outro tão perto, uma brisa no calor do rosto, tudo isso perdido.  Quanto vale a bagunça de um furdunço, o fervor de uma droga assassina?  O ricocheteio suarento o vale mais que um suave bate-coxa bem comportado e consentido?  Vade retro satanás.

    Aceitem meu protesto e tragam-me de volta o que me roubaram.  Trinta anos de prisão para quem pariu tão feio parto.  Que fique sem água e sem mingau, sem roupa, num chão frio, para sentir quão feio foi a sua atitude leviana de trocar uma sonoridade sonhadora por um batuque infame de senzala.  Forca, guilhotina pra você, asno sem rabo, sem focinho e sem embornal.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

DEVANEIOS - DE "UM CÃO APENAS"

Tenho Cara De Antigamente, Quando Alguém, De Memória, Ressalta Uma Poesia
DE ALTAIR ANDRADE LUZIFICANDO CECÍLIA MEIRELES
Cecília Meireles

UM CÃO, APENAS – Cecília Meireles, (Rio de Janeiro, 07/11/1901 – idem, 09/11/1964).

Postado em 1 maio 2016 às 18:30Comentários 
Subidos, de ânimo leve e descansado passo, os quarenta degraus do jardim – plantas em flor, de cada lado; borboletas incertas; salpicos de luz no granito –, eis-me no patamar. E aos meus pés, no áspero capacho de coco, à frescura da cal do pórtico, um cãozinho triste interrompe o seu sono, levanta a cabeça e fita-me. É um triste cãozinho doente, com todo o corpo ferido; gastas, as mechas brancas do pelo; o olhar dorido e profundo, com esse lustro de lágrima que há nos olhos das pessoas muito idosas.
Com um grande esforço, acaba de levantar-se. Eu não lhe digo nada; não faço nenhum gesto. Envergonha-me haver interrompido o seu sono. Se ele estava feliz ali, eu não devia ter chegado. Já que lhe faltavam tantas coisas, que ao menos dormisse: também os animais devem esquecer, enquanto dormem...
Ele, porém, levantava-se e olhava-me. Levantava-se com a dificuldade dos enfermos graves: acomodando as patas da frente, o resto do corpo, sempre com os olhos em mim, como à espera de uma palavra ou de um gesto. 
Mas eu não o queria vexar nem oprimir. Gostaria de ocupar-me dele: chamar alguém, pedir-lhe que o examinasse, que receitasse, encaminhá-lo para um tratamento... Mas tudo é longe, meu Deus, tudo é tão longe. E era preciso passar. E ele estava na minha frente, inábil, como envergonhado de se achar tão sujo e doente, com o envelhecido olhar numa espécie de súplica.
Até o fim da vida guardarei seu olhar no meu coração. Até o fim da vida sentirei esta humana infelicidade de nem sempre poder socorrer, neste complexo mundo dos homens. 
Então, o triste cãozinho reuniu todas as suas forças, atravessou o patamar, sem nenhuma dúvida sobre o caminho, como se fosse um visitante habitual, e começou a descer as escadas e as suas rampas, com plantas em flor de cada lado, as borboletas incertas, salpicos de luz no granito, até o limiar da entrada. Passou por entre as grades do portão, prosseguiu para o lado esquerdo, desapareceu. 
Ele ia descendo como um velhinho andrajoso, esfarrapado, de cabeça baixa, sem firmeza e sem destino. Era, no entanto, uma forma de vida. Uma criatura deste mundo de criaturas inumeráveis.
Esteve ao meu alcance; talvez tivesse fome e sede: e eu nada fiz por ele; amei-o, apenas, com uma caridade inútil, sem qualquer expressão concreta. Deixei-o partir, assim, humilhado, e tão digno, no entanto: como alguém que respeitosamente pede desculpas por ter ocupado um lugar que não era seu. 
Depois pensei que nós todos somos, um dia, esse cãozinho triste, à sombra de uma porta. E há o dono da casa, e a escada que descemos, e a dignidade final da solidão.

OBRIGADO, AAC

DEVANEIOS - DE INCENDIÁRIA QUE VIROU BOMBEIRA (260915)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Mudanças Comportamentais À Cada 10 Anos Existiam
POR TANTO UMA INCENDIÁRIA PODE VIRAR BOMBEIRA
Trolebus

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

DEVANEIOS - DE INCENDIÁRIA QUE VIROU BOMBEIRA

Tenho Cara De Antigamente, Quando Temporal Era Aguaceiro
E AGUACEIRO ERA TORÓ

Hércules Surrando O Centauro Que Tentou Engabelar Sua Mulher

Nunca esquecer que a vida  é vivida em ciclos de dez anos.  A  personalidade permanece mas os focos estremecem, dai o ditado sobre o incendiário juvenil que se torna bombeiro à meia idade.  Falo da guerrilheira entusiasta e liderante, de gestos vastos e sem medo ao enfrentar militares, chamados de gorilas, aos dezenove anos de idade.  Coisa rara entre mulheres e menos ainda, nessa idade.  Pois é, ou pois foi, e a vera, sem embromação. Incendiária de primeira, resoluta, confiável, mas isto há já 45 anos atrás. O que faria ali não é o que faz hoje.

Era a Dilma Dana que de repente se confronta, carregando seus louros, com uma inteligência brilhante cravada na figura de um semi-alfabetizado que falava "meia louca ou meia-tonta", que dizia que sua mãe nascera analfabeta etc...  mas, com uma voz rascante e desagradável, destemido, aoto-estima nas alturas e liderança forte que superou-a e submeteu-a à sua voz de comando de sindicalista, soberana entre as categorias, atropelando o saber de uma futura economista que não situou-se.  Este era o Luiz Lula Da Sila, é mole (?), que até aqui nunca foi indiciado como corrupto.

Eis ai o duo que sempre me importuna.  O macho já envelhecido, embora sonhante e a fêmea, idem-mente, mas agora bombeirinha Presidente sucessora do anterior, toda embaraçada em comportamentos não muito explicáveis.  Será corrupto, o Lula, e a Dana, será corrupta?  A periferia de ambos está assim, ó, de novos- ricos.  Como podem, os dois, qual lírios brancos e impolutos nascidos das profundezas lacustres de águas mal cheirosas, sem um risco de lama!  Não parece conto da carochinha sem substância?  

Guerrilheira abortada e sindicalista fodido, é o que vejo no começo do fim da vida de cada um.  A incendiária sem fogo no trabuco senil e o "transformer social"  com a voz abalada e enrouquecida, nas portas da senectude, ambos com seus focos desviados, inúteis.  Vida cruel, ciclos macabros, lençóis curtos.  Essa marcha é um tanto comum aos andarilhos, é o cansaço chegando e eles chegando ao fim.  Um final meio musical, mas enfeitado como enterro de primeira classe.  Economista cega para números e mestre ferreiro imune à perder qualquer dedo na sua profissão traída.