quinta-feira, 30 de abril de 2015

DEVANEIOS - DE EXODUS DE HEBREUS

Tenho Cara De Antigamente, Quando Não Existia Amor Sem Beijo
DA MESMA FORMA, DOR SEM ANALGÉSICO
Sertão-Três Pica-Paus no Pau Picado

Há um ano desse ensaio e nada mudou;  Esperemos para depois da guerra.

quarta-feira, 30 de abril de 2014


DEVANEIOS - DE EXODOS MALÉFICOS

NÃO EXISTE MENTIRAS, EXISTE A VERDADE DE CADA UM
A verdade global do embate israelo-palestino é que depois da queda do Império Turcomano a Liga das Nações dividiu o Oriente Médio em dois Mandatos:  A Síria e o Líbano aos cuidados da França e a Cisjordânia até o Mediterrâneo com fronteiras no Egito e acima, na Jordânia e ainda a Ilha de Chipre aos cuidados dos ingleses, esta dividida entre turcos e gregos.

Um visionário austríaco-akenás chamado Erzl devaneou criar uma pátria para o povo hebreu espalhado há seis mil anos pelo mundo, por serem fujões desde os tempos pré-mosáicos, tendo o primeiro êxodo acontecido quando uma severa seca assolou a Terra Prometida de Canaã e ai zarparam para o Egito deixando o Patriarca Abrahão chorando a orfandade de José.  Estabeleceram-se lá, cresceram e multiplicaram-se e já eram então uma ameaça para os Faraós.  Moisés, judeu-egípcio, lá nascido, por intervenção de Javé foi escrevendo a saga andarilha desse povo exclusivista, que não dividia nada seu, nem o seu Deus,  de difícil trato, que sugava tudo que podiam  de bens básicos para manter a raça e nada ofereciam em troca.  Quando a barra apertava fugiam, mas deixavam sempre alguma raiz  que terminava por germinar.  Milênios se passaram e do Extremo Oriente já estavam no contorno de entrada na Europa para encontrar-se com a adversidade nazista  a quem muito deu e de quem muito recebeu

Estava-se por 1939 e o bafo de Hitler pesava-lhe na nuca como pesou o de Ivan;  Começaram a retornar em conta-gotas e foram recebidos cordialmente pelos Edomitas, nome posterior de Esau, hebreu arabizado por conta da ambição de Jacó e Rebeca sua mãe, contra seu irmão, o real primogênito, que enganaram o esposo e pai.  Conviveram pacificamente por algum tempo, após o sepultamento de Isaque.

Agora, 1947, a Partilha do território Palestino em duas porções, na reaparição maligna de Jacó.  Ingleses mancomunados com americanos e israelos-sionistas passaram a perna nos milenares judeus-morenos, ficando com um pedaço maior de terra dos enganados, para uma quantidade menor de usurpadores.  É que no ano seguinte, 1948, o cansado Reino Unido entregou o bastão do maior Império Colonial do Planeta, com 58 posses nos cinco continentes, aos EUA, seus filhos étnicos.  Estes, em combinação com Jacó que tinha como exército três Entidades Terroristas:  O Irgum, o Haganah e o Stern, instituiram o maligno Estado de Israel.  Os árabes se uniram contra a armação Sionista mas foram derrotados pela força  bélica dos garantidores da façanha nazista e covarde, e hoje, sessenta seis anos depois, os Palestinos ultrajados não têm Estado. E se resolverem querer e puderem, terão menos de dez por cento do que teriam no momento contabilizado atrás.

EM TEMPO:  O Erlz sonhador pensava aboletar-se na Argentina, Congo-Belga ou em Chipre, porque o retorno à Terra Santa segundo os Cânones da Torá só seria permitido após a vinda do Messias tão esperado por eles.  A parição da ONU em 1948, nascida nos EUA e lá vivendo até hoje, foi urdida por Delano Roosevelt e instalada por Truman em mandato tampão por morte do primeiro, e primeiro Presidente judeu, dando vida a essa trama diabólica que levou os Palestinos à imolação por morte e expulsão dos seus de suas terras queridas nesses seis mil anos decorridos.

Não há força no mundo que dobre estes três filhos-do -cão e devolva por justiça o que é de direito desse Povo.  Israel é o Cérbero, cão de três cabeças e cauda de serpe guardador do inferno, agora guardador de americanos e ingleses naqueles campos de petróleo, e será o primeiro a ser triturado pelo Irã quando lá chegar, na apocalípitica terceira guerra.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

DEVANEIOS - DE DIVÓRCIO DA VIDA (290415)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Cadillac Que Já Foi Carro, Hoje è Banheira
NUGET, GRAXA DE SAPATO ERA PARELHA NO TEMPO DO CADILAC
Saudades De Antigamente

Do divórcio da alma e do corpo, acontece a morte.  Com a morte o corpo se desfaz e a alma ganha a liberdade.  O corpo existe pelos sentidos que ora estimula a alma, ora é por ela estimulado.  Cumpridas suas obrigações, cada qual pro seu lado.  Imagine-se o Físico inglês cadeirante Stephen Howking, de inteligência super dotada, até agora aos setenta e três anos de idade, cujos sentidos são viventes, captam a vida mas não podem ser interpretados naturalmente pelo corpo.  Os gestuais do rosto não grifam o que os sentidos sentem.

A alma desse cientista, de altíssima abstratividade, absorve e interpreta mais que ninguém tudo que diz respeito ao Criador e à criatura, sem melar a razão com aspectos religiosos tão caros aos homens comuns.  A sua alma gere com sua falta de liberdade o acordo feito nas vésperas da sua união com o corpo, no exato momento  da absorção do óvulo pelo semen.  O mundo que aprenda essas lições, no hoje e no após, quando outra alma de valor similar à esta, se dedicar à estudá-la.  O Stephen capta tudo ao seu redor, mas não tem voz  nem transmite tensão ou cor às suas verdades.  

Ele viu e sentiu, passo a passo, a ruína do seu corpo que nasceu normal, tem filho natural, pois imaginem o tamanho e o valor dessa alma diante de Deus, para cumprir tal missão.  Usa óculos, portanto tem deficiência visual, talvez nem possa coçar o nariz;  e como conduz as necessidades do comer e descomer?  Como transacionar sentimentos de simpatias, agradecimentos e antipatias tão próprias nos humanos!  como suportar os manuseios que a intimidade humana se reserva só pra si?Calculem a grandeza magna dessa alma, quando de sua seleção.

Rompido o laço a que chamamos vida;  a alma cadenada agora liberta e proprietária única dos seus atavios, pronta para alçar voo e voltar à sua origem;  considerem as querências deixadas para trás quando aceitou tal investidura, agora no retorno para receber o galardão pelo sucesso obtido.  Que lugar privilegiado terá o Stephen diante do Criador Supremo?  Ou que nova missão lhe será dada?  Gentes, não chorem por um cabelo rebelde que lhes cai mal e é motivo para não ir à festa.  Porque uma espinha lhes nasceu na ponta do nariz, mas que amanhã não mais estará ai.




DEVANEIOS - DE TRIUNVIRATO ILLUMINATI

Tenho Cara De Antigamente, Quando A Praça Do Entroncamento Em Recife Tinha Árvores De Folhagem Tão Densa Que O Sol Não A Penetrava
TEMPOS EM QUE BÓRIS TRINDADE ERA A JÓIA DA JURISPRUDÊNCIA
Sertão, Sertão

segunda-feira, 28 de abril de 2014


DEVANEIOS -DE EUA INTIMA UE PRA AJOELHAR A RÚSSIA270414

270414
Edélvio Coêlho Lindoso commented on an article.
O maior elemento desestabilizador de uma virtual Paz no mundo é sem dúvida, os EUA. Em sua arrogância explícita, junto com o RU, o sombrio calado, e arrastando o guri maligno, Israel, acha que a inteligência do resto do Planeta não tem capacidade de perceber suas intenções "iliminatti", de se apoderar, os três, nazificamente, do comando global? Ouçam como e Xerife fala, ouçam sua voz de comando parecendo ter um mandato pré partilha, como o do OM pós o apogeu do colonato turcomano, autorizado pela falecente Liga das Nações: Vocês europeus (recalcitrantes aliados como França e Itália folclóricos, Alemanha servil do RU, e outros menos dotados scomo Dinamarca, Suécia, Tchecoeslováquia, Letônia, Estônia e Lituânia, nada é desprezível, Polônia servilíssima e agora a Bélgica) têm que se unir à mim para sujigar a Rússia sob o mando desse leviano Putin. Mas, leitores, se isso começou como um desentendimento comercial, quase parental, entre Rússia e Ucrânia, atraida pela UE, onde um bom observador enxerga as digitais tricolores branco-rubro-azul, procurando um mula pra montar na tal rebelde vizinha de Moscou, que sozinhos haveriam de se entender, o que na realidade quer os estadunidenses é fazer uma guerra onde geopoliticamente saiam vitoriosos, com o abatimento de poder russo na região e mais um aliado americano cooptado a custo de dólares falsos como é o "modus operandi" dessa potência claudicante. Essa congestão intestinal naquela região é interesse americano e não europeu. Esse furioso devorador de terras é uma ameaça assustadora para o equilíbrio do mundo.

terça-feira, 28 de abril de 2015

DEVANEIOS - DE REFORMA CARCERÁRIA E MAIORIDADE JUNTOS (280415)


Tenho Cara De Antigamente, Quando Avoante Era Ave De Arribação
NA VERDADE, POMBA PEQUENÍSSIMA
Sertão- Ata ou Pinha

No programa na TV Brasil, inda há pouco, sobre o tema deste título.  Os debatedores, todos, contrários à baixa da maioridade para responsabilidade comportamental;  que não se pode jogar menores de idade em mistura com maiores-bandidos, para que eles sofram especialização acadêmica no mundo do crime.  Esses senhores não Vêem que para que não ocorra isto, paralelamente deverá estar sendo cuidada a reforma carcerária, isto é, cada macaco no seu galho, pena de perda de liberdade, rígida, em celas de 2.5mts X 3, cumpridas individualmente.

Quando focamos a Paz Social, queremos diminuir os riscos ao máximo, por que a morte ou mutilação de qualquer bem, vindas de maior ou menor de idade, produz o mesmo resultado.  Atacaremos três alvos ao mesmo tempo:  o bem estar do homem de bem;  a impossibilidade de aumentar a malignidade do apreendido ex-menor;  e dar a chance, à este, de escolher com seus recursos a possibilidade de reaver a liberdade, condicionando-se ao comportamento social aceitável.  Ele se tornará homem de bem pelo esforço de querer ser livre.

A religião é um bem fisiológico, por isso mal usada em penitenciárias sobrepondo-a ao auto-aprendimento de conduta civil apropriada.  Caberá aos Assistentes Sociais, obrigatoriamente usados à cada saída e volta da  cela, o dever de explicitação do fenômeno de mudança comportamental, ao seu paciente.  Digo que a apropriação pelo Estado do cidadão maior ou menor de idade, na condição de infrator, é-lhe inteiramente favorável.  A apenação em progressão geométrica de tempo até a nona, quando será considerado criminoso, sujeito ao Código Penal, lhes dará 18 alertas para se reverter.

Aqui estão em quatro parágrafos de seis linhas cada, a minuta racional de comportamento para se emigrar da qualificação do mal para o bem. Bom comportamento em troca de liberdade, uma negociação deveras interessante, e de repente do inferno ao paraíso, vivendo-se numa sociedade liberal, mas com responsabilidade moral impecável.  Pêsames para alguns, pois haverão, que não alcançando a magnitude dessa educação, deixou escapar-se-lhes pelos dedos a chance de viver a vida, objeto dos humanos.


DEVANEIOS - DE MEMÓRIAS DO TEMPO QUE A VIDA CONTA

Tenho Cara De Antigamente, Quando Trupicar Era Tropeçar
É TAMBÉM UMA VARIANTE DE TOPAR
Lindo Pássaro Sem Nome E Sem Origem

E que estão lá, no centro da minha cidade em uma linda casa que eu amava, na Rua Castro e Silva de número 305, que antes teve o nome de Rua das Flores. Hoje aquela casa que era grande porque eu era pequena daquela rua boêmia do centro da cidade que destrói edificações históricas e se envergonha de ter memórias, bem junto ao mar, não é mais a minha casa. Uma rua pequena e curtinha que nasce ou morre, tanto faz, entre a Igreja da Sé e o Cemitério São João Batista, bem atrás da Santa Casa de Misericórdia, no centro histórico de Fortaleza. Horas avançadas da noite, faço uma viagem no tempo, até às primeiras reminiscências, indeléveis, plenas de detalhes. Mergulho... Estou na bacia de alumínio Ironte. Dispostos carinhosamente sobre o espaldar da cadeira de vime estão a toalha de felpo Artex, o sabonete Lifebuoy e o talco Gessy. Devidamente enxuta e perfumada, chega a vez de vestir a fralda de murim, comprado nas Casas Novas, famoso armazém de tecidos. A papinha de “leite-de-gado-puro” já fumega e sobe no papeiro esmaltado branco de ágate, sobre a trempe do fogão de tijolo e barro acionado a carvão vegetal adquirido no Depósito do “seu” Pergentino e para o qual era indispensável o abano de palha de carnaúba. É lá, onde havia no centro da minha cidade, uma linda casa que eu amava. Tinha uma porta e um janelão alto de postigo de tariscas e o telhado muito alto, de madeira de carnaúba e começava ou terminava, tanto faz, na sala ornamentada por um cortinado duplo de renda, que se abria de par em par para a gente passar por ele para então entrar no corredor muito compriiiidooo. Uma camarinha, a segunda camarinha, mais uma sala, mais outra sala de área aberta e mais outra área aberta onde ficava a cozinha, depois outra área muito compriiiidaaa e o banheiro soltinho lá no final. Duas palmeiras não do mesmo tamanho, perfiladas davam entrada ao quintal que encontrava o céu, largo, grande, comprido, profundo, estavam lá marrecos, patinhos, galinhas e seus pintinhos, o galo que cantava bem alto de manhã, gatas escondendo gatinhos nas acumulações de tijolos, e roupas de bonecas penduradas no varal. O luar criava fantasmas assustadores nas folhas das bananeiras. Foi lá onde eu compreendi a dor eterna da morte. A primeira vez foi na hora do almoço ao voltar da escola. Minha mãe chorava na beira do fogão de barro. Um cheiro de comida boa estava no ar, vinha da panela. Por que minha mãe chorava? Por “daqui-aquela-palha”, ou por nada, ou talvez por muita vontade de fazer sofrer, o pai do qual nada cito, obrigou-a a matar a minha galinha “Branquinha”. Era a “Branquinha” que seria o almoço naquele dia. Mas, naquele dia e em muitos outros daquela semana não houve almoço. Só muita mágoa e silêncio. A panela criou mofo e foi jogada no lixo na outra semana. Nunca mais comi carne de animal na vida. A segunda vez que vi de novo a morte naquela casa foi o ataque fulminante do coração que levou meu pai às 5 horas da manhã quando ele se levantou para ir trabalhar em um júri. Foi desse episódio, em 1 de janeiro de 1966 que passamos da classe social alta para a mais sórdida e deprimente miséria. O meu irmão Babí foi assassinado na "Bandeira 2" madrugada, por três latrocidas. Fomos para a “Vila Ocelo”, nós duas. Lá encontramos gente pérfida, invejosa do nada que se tem, gente muito má. Dificuldades imensas, mas vencidas pela minha mãe com grande heroísmo. Mas, isso fica no denso véu do nada dizer.
Metade dos anos 50. Minha casa. Primeiros raios da manhã. O rádio Minerva Tropic Master (USA de 1941) tocava na PRE-9 a marchinha Chiquita Bacana “lá da Martinica se veste com uma casca de banana nanica” do ano de 1949, autoria de João de Barro e Alberto Ribeiro na voz de Emilinha Borba. Meu pai se aprontava para ir trabalhar no armazém Casa Cruz na Avenida Pessoa Anta, 108. Ele importava e exportava bebidas e fumos. Tinha nível de escolaridade superior, era advogado rábula, teólogo, candidato a cargos políticos, maçom expulso, jornalista, escrevia nos jornais Unitário; Correio do Ceará; Gazeta de Notícias; O Povo, era “alto comerciante”. Todos conheciam Humberto Cruz, frequentador assíduo da roda intelectual dos bancos da Praça do Ferreira onde discutia política e divulgava o espiritismo Kardecista. O cheiro da loção Quina-Petróleo, que segundo as indicações evitava a calvície e a canície, inebriava a hora da saída e um acréscimo de Lavanda Atkinsons completava os másculos aromas. O café-da-manhã estava na mesa, coberta com toalha de linho branco bordada com flores em Ponto-de-Cruz, o café Walkan aromático e saboroso, fazia par com as bolachas Cecí, a manteiga Lírio, o pão da Padaria Duas Nações e o leite natural (in natura) de Maranguape colocado na janela, sem que nenhum transeunte, trabalhador matinal mexesse, pelo ‘Seu’ Pêdo, o leiteiro que abastecia as famílias desde o raiar do dia.
O tempo prossegue a sua marcha. Em meio às doces cenas matinais revejo a beleza da minha Mãe, (recordo muito as manhãs), o trio cosmético Regina, sabonete, talco e água-de-colônia, estão sobre a penteadeira de cedro com amplo espelho que ‘engorda, entorta ou afina’ levemente e conforme o ângulo em que a gente se posiciona, ela cheira à refrescância do banho, sua cosmética consiste em Creme de Alface Brilhante, óleo de côco da Perfumaria Eva, desodorante Odo-Ro-No, esmalte Cutex, Loção Camélia do Brasil (para evitar cabelos grisalhos), o rouge e o batom Naná, o pó Coty não compacto e as fragrâncias de Helena Rubinstein, da Coty ou da Mirurgya, há também o pequenino Perfume Quatro Rosas, a linha Caschemyre Bouquet, o perfume de frasco com meio litro de perfume Parisiana. O perfume Royal Briar é considerado de mau gosto e usado por pessoas vulgares. Então ela veste o califon, as três anáguas, a calçola de pernas rendadas, o vestido de Tafetá, calça as meias 3/4 Kendall e o sapato Luiz XV comprado na Sapataria Pio. Seu perfume preferido é Madeiras de Oriente, no frasco vintage de luxo em madeira sândalo ou então o perfume de marca Madame Rocha’s importado.
Os filhos do período pós- guerra são eufóricos, o mundo retorna a florescer. Meu irmão é uma figurinha de cabeça raspada à máquina estilo nazi, veste calças curtas de suspensórios e um quépi dá o toque final ao visual paramilitar. Eu sou uma figura esvoaçante vestida de Organdi branco literalmente ‘engomado’ e com anáguas de seda róseas detalhadamente uma sobrepondo-se à outra partindo do comprimento de cada uma, que dão a nuance do rosa suave, as meias de crochê compradas na loja O Gabriel e os sapatos Cara-de-Boneca, comprados na Sapataria Primavera. Recendemos a Lavanda York. Pasta de couro, cadernos Avante com o Hino Nacional escrito no verso, o meu livro é o Livro de Lili, de Anita Fonseca em 1958, e o do Babí é o livro Infância Brasileira de Ariosto Holanda. Eu estou no Jardim da Infância e Babí no 1º Ano Forte no começo dos anos 60.
Meus brinquedos eram bonecas rígidas, sem articulações nenhuma, da Trol, mas meu padrinho alagoano Júlio do Carmo chegou de viagem e me presenteou com uma boneca Pierina. Tinha o corpo de pano, cabelos de nylon, e toda sua “vistosidade” estava no luxuoso vestuário. Ela jazia na caixa, só a mim entregue na ocasião do semestral vermicida Panvermina, horrorosas cápsulas amarelas gelatinosas que, aos berros, eram trituradas na boca e exalavam nauseante sabor de mastruço e que iriam propiciar a expulsão dos áscaris lombricóides em formato natural. Purgante realizado eu fungava sentida e olhava a Pierina, (eu não tinha lhe batizado sequer, com outro nome), loura, de bochechas róseas, luxuosa, mas falsa, eu não gostava dela, detestava aquele cheiro de boneca guardada, associava-a ao purgante, ela não era realmente “minha”, era da caixa, agora ali, tendo-a tão perto, via seus olhos azuis, a boca fria, e com raiva, dava uma olhada na calçola dela: de seda, pernas de renda! Ainda bem que logo ela retornava à embalagem e voltava para o fundo da mala. Um dia dei uma topada porque quis e quebrei a cara de porcelana da Pierina.
Eu amava era o meu Neguzinho pequinês, (irmão da Faisquinha da minha mame), um cãozinho pretinho de raça zero, de olhos dulcíssimos que sorriam para mim, morri também quando ele amanheceu enforcado atrás do armário querendo abocanhar uma ratazana. Ao lembrar dele as lágrimas embaçam estas letras...
Também havia o uso profilático diário de Emulsão de Scott, terrível sabor de peixe, o laxante de Leite de Magnésia de Phillips que emborrachava nos beiços, e o Iofoscal – a melhor de todas as odiadas medicações, eu lia os rótulos de todas elas.
Lia fotonovelas dos anos sessenta: Capricho, Grande Hotel, Destino, Ilusão. Assistia rádio novela, (adaptações de clássicos da literatura): A Cabana do Pai Tomás; O Morro dos Ventos Uivantes; ou as peças radiofônicas: Vladimir – O Rei dos Ciganos; A Madona das Sete Luas; O Direito de Nascer ( que parava a cidade ao meio-dia quando ia ao ar); Jerônimo – O Herói do Sertão, cujo ator principal era Cauê Filho, muitas das adaptações para o rádio eram feitas por Ivani Ribeiro ou Giuseppe Guiaroni. O patrocínio era de Colgate-Palmolive ou de Gessy-Lever, e o elenco era o dos atores da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Esse elenco dramatizou a Vida, Paixão e Morte de Jesus Cristo sob a supervisão de Guiaroni e cuja radiofonização vai ao ar, ainda, em algumas emissoras AM (amplitude modulada), no período da Semana Santa, do meio-dia às três da tarde. Lia revistas: A Cigarra; Filmelândia; Cinelândia; O Cruzeiro; Manchete; Seleções do Reader's Digest; as revistas dedicadas às leitoras infanto-juvenis como Primavera em Flor e todas as coleções de Walt Disney, inclusive as historinhas pelo rádio no programa Histórias da Vovó alguma coisa que não lembro. Uma tarde, mame me levou e a ela mesma, para conhecer a Vovó do programa, lá na emissora, Rádio Uirapuru, cujo prédio é em formato de rádio e está ainda em frente à Praça Clóvis Beviláqua ou Praça da Bandeira, ignorado do público e abrigando algo do governo. Esperávamos nos deparar com Ali Babá e os Quarenta Ladrões, com Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, com Alice no País das Maravilhas, com o Gato de Botas, mas o que vimos decepcionou: um lugar de trabalho, pessoas comuns, atarefadas, amassando folha de flandres para simular as tempestades, apertando banda de coco para simular o galope dos cavalos, que nem sequer nos deram atenção, a partir daí nos desinteressamos pelo programa. Mesmo porque, já conhecíamos todas as histórias.
No Brasil por volta de 62 a 64 em meio à efervescência política e da ditadura militar, surge o CPC da UNE, um movimento cultural e ideológico de inspiração Marxista, criado pelos estudantes, na Guanabara. Esse processo de tomada de consciência na história da cultura brasileira trazia a ideia de que os intelectuais deveriam organizar a cultura popular, para tanto, o intelectual teria de ser parte integrante do povo. Desses estudantes vieram Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Zé Ramalho e outros. As suas músicas insinuavam a realidade e eram de protesto, do outro lado a ditadura colocava as músicas água-com-açúcar e sem comprometimento do movimento Jovem Guarda, para suplantar e alienar as mensagens das músicas de protesto. No exílio Caetano compôs para o amigo Roberto Carlos, então estudante de medicina, “Debaixo dos Caracóis dos Seus Cabelos”. Muito depois eu entenderia a realidade desse período, mas sentia falta dos programas de televisão O Céu é o Limite, com perguntas e respostas a um inscrito (que receberia um prêmio milionário), sobre determinado tema, sob a apresentação de Blota Jr., ou o Programa Flávio Cavalcante... Os artistas aderiam aos movimentos de “esquerda”, eram torturados, exilados, assassinados, muitos morreram no exílio sob as ordens do regime ditatorial que eclodiu. Depois vieram os luxuosos programas para exportação, (da rede Globo), Programa Black & White; Fantástico - O Show da Vida; Chico City, bem como, dentre outras, as novelas O Bem Amado; Gabriela Cravo e Canela; Saramandaia; Roque Santeiro. Não era mais na minha casa, mas eu e minha mãe assistíamos TV na casa da Mãe Júlia Condante, filha de escrava e senhor.
O Sítio do Pica-Pau Amarelo, nos anos 70 fazia com que se viesse “voando” do Colégio, permanecendo de farda com saia azul e blusa branca, com logomarca no bolso da blusa, munida de biscoitos Cream Cracker Fortaleza e guaraná Kacique da Monteiro Refrigerantes e viajava nas asas da melodia. Nesse tempo o movimento Hippie pregava “a paz e o amor”, adotava profusão de margaridas e a liberdade de comportamento. Havia aqui em Fortaleza nos anos 70, jovens que nas suas residências nas noites dos sábados realizavam as Tertúlias. Instalavam a “luz negra”, (cobriam a lâmpada com papel de cor azul e demais cores) e as garotas de meias da novela “Dancing Days”, com perfume Vertige, ou Vetiver, dançavam soltas com os rapazes de calças Pantalonas e perfume Lancaster ao som da voz de Tina Turner das nove até meia-noite...


I LOVE TO LOVE:

DANCE LITLE LADY DANCE:

A minha rua começa na catedral metropolitana ou Igreja da Sé e termina no cemitério São João Batista ou vice-versa. É a Rua Castro e Silva. Nós tínhamos um telefone fixo de número com quatro dígitos, os primeiros telefones da cidade. Meu pai tinha dois Jipes, um comprado a um militar, era verde oliva, por isso chamado “jipe de guerra”; um Ford “de bigode” e uma caminhonete toda torta. Era na caminhonete que meu pai trazia água da Pirocaia. Era no jipe de guerra que meu pai nos levava (eu; meu irmão Babí; minha mamãe; a loura-papagaio; a galinha branquinha; faísca e neguinho, os dois pequineses), para desfilar no corso quando era carnaval, e no Ford de bigode ele passeava com a gente aos domingos, na praia do peixe, hoje Meireles e nos bairros distantes. Naqueles tempos ainda moravam as últimas famílias no centro. Não é possível dizer com exatidão, mas, de um lado morava a “dona Norina”, e sua filha Olenca (que enquanto minha mãe e a dela conversavam na porta, Olenca me dava grandes beliscões e puxava um fio só do meu cabelo por vez) do outro a “dona Lídia” e a sua prole: o Bebé; e muitos outros, talvez uns oito, meninos e meninas. Do outro lado da calçada morava a “dona Izaíra” e o “seu Mílton”, muito católicos e donos de uma lojinha de miudezas, como botões, fitilhos, etc., sendo parte constante a “tia Emília” irmã de um dos dois, e os filhos: Socorrinha; Elias e Izairton. O restante da rua era já muito comercial. Havia o Restaurante Olinda, três casas depois da minha, de comida requintada e acebolada, cujo dono-pai era o “seu Leônidas” e seus dois filhos iniciantes na administração, um deles o “Delzinho”, funcionava dia e noite. Uma noite “seu Leônidas” derrubou com uma vara de levantar as portas do restaurante, o “Mata-Sete” que esmolava comida aos clientes. Tempos depois “Mata-Sete”, que era “um menino” perigoso marginal ladrão e assassino, foi morto a facadas, foi quando foi revelada a idade dele, aquele “menino” que aparentava uns 8 anos de idade tinha de fato quase 30. De frente para a minha casa ficava o restaurante do “Toinho”, que fornecia comida para os comerciários, funcionava até ás 6 da tarde. Havia “O Rei dos Pneus” cujo dono era o “Bebê”, moreno gordo e simpático ornamentado de muito ouro, que atraia ‘multidões’ dos poucos abastados proprietários de carros da cidade. Também na outra calçada estava a Western Telegrafhic Co., empresa telegráfica, empregava os estafetas (rapazinhos que entregavam os telegramas); a Marcosa, indústria e comércio de Caterpillar ou tratores. Lá as senhoritas que trabalhavam eram muito elegantes, acompanhavam a moda das “Elegantes da Bangu”, coluna que saia numa revista, não sei qual. Duas lembranças, do mesmo lugar ficaram na minha memória, a da casa do lado direito: é que tempos depois, a “dona Lídia” saiu da casa. Nela se instalou a “Agência Tejuçuoca” cujo proprietário era o Alfredo Coelho. Na frente da minha casa de número 305, naquele sobrado, hoje emparedado, ficava o “Ginásio Apolo” de Halterofilismo, o único da cidade. Frequentado pelos rapazes da alta sociedade, incluindo dentre os demais os denominados “rabos-de-burro”, um grupo de rapazes de cabelos longos, muito atléticos, belos e ociosos, onde o chefe da turma era o “filho de papai rico” Ivan Paiva, morador em Parangaba, os quais iam para a frente dos colégios das moças para pegá-las, com um laço de corda. Eles eram o terror de Fortaleza dos anos 60. Até uns anos atrás se sabia que ele estava ancião numa cadeira de rodas. Ele citava essa frase que ficou famosa, “não sou o dono do mundo, mas sou o filho do dono”.
De uma ponta à outra da minha rua, do lado da minha calçada, na esquina do lado da Sé ficava a Padaria Duas Nações (Portugal X Brasil) e na esquina do cemitério ficava o “bar Corre-Frouxo”. Aberto dia e noite, sem portas, quando começava uma briga de bêbados dentro do bar o dono empurrava os brigões para fora e cercava o estabelecimento redondo, porque na esquina, com as mesas. Nos sons da minha rua estavam as músicas tocadas na vitrola com luzes coloridas do bar “Corre-Frouxo”, como esse xote e baião: “Gente olha a Zefa como dança o xaxeado / eita nêga da moléstia prá dançar côco e xaxado”. As músicas e as mensagens da radiadora do atual bairro Arraial Moura Brasil, nesse tempo o “curral” (gueto) que começou com o cortiço dos sertanejos retirantes da seca de 1932 e se transformou em lugar do baixo meretrício. De lá o vento trazia nas tardes de cristal a voz de Núbia Lafayete: “Seria tão diferente se a gente que a gente gosta / gostasse um pouco da gente / seria tão diferente”. E as mensagens na voz pomposa (exposta vaidosamente) do locutor: “Alôr, alôr Brigite Bardot! Alguém lhe manda esta ‘musga’ com muito amor e carinho!”. Brigite foi uma loura mariposa que numa noite foi assassinada a tiros, na calçada da minha casa, por ciúmes, pelo seu amante policial civil. Quando era carnaval vinha nos sons e nos aromas da noite o cheiro e o tilintar dos copos de cerveja dos bares, das boates, dentre outras a Boate 80. Dos clubes como o clube Guarani. O cantor mais requisitado era Nozinho Silva. Sua voz enchia a noite de marchinhas. “Êêêêê! Índio quer apito / se não der pau vai comer!”.
Esse é um depoimento para a Web, para complementar tantas outras narrativas de boa vontade e de significativas expressões histórico-documentais. Hoje aquela casa que era grande porque eu era pequena daquela rua boêmia do centro da cidade que destrói edificações históricas e se envergonha de ter memórias, bem junto ao mar, não é mais a minha casa. Até trocaram os números. A verdadeira 305 é a loja do lado direito de quem chega. E eu anonimamente todas as tardinhas chego lá.


LEMBRAR DE CASA - Antoine de Saint-Exupèry

Havia, em algum lugar, um parque cheio de pinheiros e tílias e uma velha casa que eu amava.

Pouco importava que ela estivesse distante ou próxima, que não pudesse cercar de calor o meu corpo, nem me abrigar, reduzida apenas a um sonho.

Bastava que ela existisse para que a minha noite fosse cheia de sua presença. Eu não era mais um corpo de homem perdido no areal. Eu me orientava. Era o menino daquela casa, cheio da lembrança de seus perfumes, cheio da fragrância dos seus vestíbulos, cheio das vozes que a haviam animado.
Exibições: 133
Tags: Memorial



segunda-feira, 27 de abril de 2015

DEVANEIOS - DE CHORAR PELA ÁFRICA (270415)

Tenho Cara De Antigamente, Quando a África Era exportadora De Força Escrava
NÃO SE COMPRA LIVRO PELA CAPA QUE TEM
Sertão-Colibri Na Árvore Que O Acolhe

Pobre No século XX, como no passado, europeus recorreram à mão-de-obra africana. Até que puderam livrar-se dela, fechar de novo Mediterrâneo e assistir passivos à morte de 25 mil pessoas
Por Jorgete Teixeira, na Esquerda.net
Como Pilatos, os países da chamada Europa civilizada lavam as mãos lambuzadas em sangue ao longo dos séculos. Do mesmo modo o fazem os países mais ricos das Américas. Os Estados Unidos esqueceram que a base da sua riqueza está alicerçada em décadas de escravidão. Na recolha de homens, mulheres e crianças, em travessias do Atlântico, amontoados como pedaços de carne, morrendo aos montes nos porões dos barcos. Com os braços desses que escaparam, encheram-se os campos de cultivo de algodão, as cozinhas e “nurseries” das casas coloniais. No corpo de senadores da nação, de médicos célebres, cientistas, artistas de cinema, corre o leite negro das amas africanas. Do mesmo modo aconteceu no velho continente. Portugueses, primeiro, espanhóis, depois, holandeses, franceses, italianos, ingleses, alemães. Todos se alimentaram do ventre farto da nossa mãe comum. Até à exaustão caçaram-se animais na cobiça do marfim, desventrou-se a terra em busca do ouro e das pedras preciosas. Em veios abertos, até hoje se investe na exploração mortífera dos diamantes em Angola, nos poços profundos que retiram o ouro negro dos solos em terra ou no mar. Delapidando, derrubando florestas ancestrais, abrindo crateras, abrindo vias largas para transporte de produtos ilícitos, dizimando aldeias, culturas, povos. Ninguém está liberto de culpas. Nem a sacrossanta igreja católica (ou protestante), muito menos ela. Que em nome de Deus torturou, prendeu, obrigou  à renegação de fés tão antigas como o mundo. Que quem não era cristão não tinha alma. Lembram-se?
A Lisboa de agora, assim como outras cidades dos impérios de aquém e além mar engordaram os cofres dos reinos, à custa do ouro e do marfim.
Mulheres e homens retirados à sua terra e às suas famílias povoaram as ilhas sem gente de Cabo Verde, trabalharam nos engenhos de açúcar no Brasil, explorados pelos colonos, como tão bem foi denunciado por Antônio Vieira, no século XVII, ou nos campos de café de São Tomé, acorrentados à terra e aos senhores. Assim fizeram outros países.
Dirão agora que isso é passado. Dirão que os povos já fizeram jus ao seu direito de auto determinação e seguiram os seus caminhos.
Puro engano. A exploração e manipulação dos países africanos estende-se aos séculos XX e XXI. Feita de maneira ínvia, mais sutil e encapotada, porém não menos criminosa, antes pelo contrário. Ao cheiro do ouro negro movem-se interesses, manipulam-se governos, incita-se às brigas tribais. Ingere-se em conflitos e esquece-se genocídios. Ignoram-se as calamidades, a desertificação, a miséria extrema. De forma civilizada, pois.
Abriram-se, no século passado, as fronteiras da Europa aos africanos. Era preciso substituir a mão de obra, já de si barata, dos imigrantes do sul. Era preciso que os salários baixassem ainda mais para alimentar os empresários e os capitalistas, e por osmose os políticos. Até que este filão se revelou insuficiente e as empresas multinacionais optaram por criar as fábricas nos países pobres, com menos custos porque livres das regras europeias. Aí esgotou-se a bondade, fecharam-se as portas. Escorraçaram-se os que até aí tinham contribuído para o desenvolvimento europeu, enquanto ganhavam força as forças da direita racista e nazi.
Neste momento, a África sofre, além de uma fome endêmica em algumas zonas, do terrível flagelo da guerra. Guerras de longe, comandadas pelos senhores da terra e alimentados pelo comércio das armas.
São populações em desespero que se lançam ao mar na tentativa de chegar a Lampedusa, a ilha que os encaminhará para o El Dorado europeu. Porque só um desespero mortal faz com que assim arrisquem a vida, homens, mulheres, crianças. Filhos e pais. Gente. Não extraterrestres, não bichos. Gente. Que sonha, que sofre, que ama. Como nós. Morando numa mesma Casa Mãe, num mesmo Tempo. Debaixo de um céu comum, protegidos pela mesma Carta Universal dos Direitos do Homem.

(Pobre África sem dono e assacada por todos.  Exportadora de escravos, sendo mortos e se matando. Com tanta riqueza e afogada em tamta pobreza.   Bela arenga de Josete Teixeira em "Outras Palavras")






DEVANEIOS - DE DOMÍNIO DO PLANETA (270415)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Para não Se Ficar Velha, Ficava-se Loura
O ANTIGO IMPOSSÍVEL, ERA NA VERDADE UM IMPULSIVO
1982-Manaus-edélvio e Glauce

segunda-feira, 28 de abril de 2014


DEVANEIOS -DE EUA INTIMA UE PRA AJOELHAR A RÚSSIA270414

270414
Edélvio Coêlho Lindoso commented on an article.
O maior elemento desestabilizador de uma virtual Paz no mundo é sem dúvida, os EUA. Em sua arrogância explícita, junto com o RU, o sombrio calado, e arrastando o guri maligno, Israel, acha que a inteligência do resto do Planeta não tem capacidade de perceber suas intenções "illuminati", de se apoderar, os três, nazificamente, do comando global? Ouçam como e Xerife fala, ouçam sua voz de comando parecendo ter um mandato pré partilha, como o do OM pós o apogeu do colonato turcomano, autorizado pela falecente Liga das Nações: Vocês europeus (recalcitrantes aliados como França e Itália folclóricos, Alemanha servil do RU, e outros menos dotados scomo Dinamarca, Suécia, Tchecoeslováquia, Letônia, Estônia e Lituânia, nada é desprezível, Polônia servilíssima e agora a Bélgica) têm que se unir à mim para sujigar a Rússia sob o mando desse leviano Putin. Mas, leitores, se isso começou como um desentendimento comercial, quase parental, entre Rússia e Ucrânia, atraída pela UE, onde um bom observador enxerga as digitais tricolores branco-rubro-azul, procurando um mula pra montar na tal rebelde vizinha de Moscou, que sozinhos haveriam de se entender, o que na realidade quer os estadunidenses é fazer uma guerra onde geopoliticamente saiam vitoriosos, com o abatimento de poder russo na região e mais um aliado americano cooptado a custo de dólares falsos como é o "modus operandi" dessa potência claudicante. Essa congestão intestinal naquela região é interesse americano e não europeu. Esse furioso devorador de terras é uma ameaça assustadora para o equilíbrio do mundo.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

DEVANEIOS - DE RECIFE ANTIGO (230415)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Raspa-Raspa Substituia A Gelada 
VOSMICÊ NÃO VALE NADA, VALIA UM ASSASSINATO
Sertão-Corrupião

Sorveteria GEMBA, década de 40, antes colada ao Restaurante Leite na Praça da Concórdia, quando o Brasil entrou na guerra conta o Eixo, alemães e japoneses foram levados para Garanhuns-Pe, onde o nipo e sua mulher foram plantar morangos e chuchus, depois de o mesmo, enrolado numa bandeira brasileira, gritar que era brasileiro.  Corria 1944,  Menos de um ano após os pracinhas já estavam de volta, japoneses e alemães soltos e o sr. Gemba em  endereço novo, na Rua da Aurora, perto da Ponte da Boa Vista.  Hoje é nome de Rua em Boa Viagem.

Bar SAVOY, na Avenida Dantas Barreto, em frente à Sulacap, o mais alto edifício da cidade, servia na calçada o melhor chope de Recife, acompanhado pela melhor coxinha. em 1944, do porto e em toda a cidade, o branco dos marinheiros americanos fervilhava;  eram bêbedos, sujos e lambuzados de talco e batom do carnaval em Recife.  Quando os navios recebiam queixas de excessos sobre excessos, vinham em "jeep" com braçadeiras com MP e resolviam a cena policial.  Nunca nos meus nove anos entendi como levavam os brutamontes embora.  

Sapataria CLARK, só para homens, na Rua Nova, com sapatos ingleses pretos e de bicos redondos, que eram o máximo do chique. Vestidos junto com um linho inglês chamado S-120, que quanto mais machucado mais bonito ficava.  Os pernambucanos classe A e os esforçados tinham obrigatoriamente que ter um conjunto assim, pois andar de paletó e gravata era de bom tom.  As meias seriam pretas ou brancas e estava dada a linha de elegância mais desejada para qualquer homem de bom gosto.  Um cigarro americano aceso por um isqueiro zipo e todos as bocas lhe sorririam.

Loja SLOPER, presente em todas a s Capitais brasileiras para serviço de cama, mesa e banho e artefatos femininos, inclusive  meias e sapatos.  O grande charme eram suas vendedoras, lindas de morrer, nas suas fardas parecendo as futuras aeromoças.  Era um ambiente tão chique que só mulheres "A" e esforçadas lá entravam.  Era o Recife adolescendo, montado  como cidade tronco com suas Faculdades de Direito, Engenharia e Medicina imantando toda a circunferência.  Era a terceira urbe do País, em população.




DEVANEIOS - DE SEU DEPUTADO (230415)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Emperiquitado Era Estar nos Trinques
CAVALO-DO CÃO É O XERIFE DO PEDAÇO
Sertão-Corrupião

Essa afirmação, o seu deputado, ou o seu senador, ou o seu representante político, aqui no Brasil, além de ser macaquice do exterior é de uma invalidade absurda.  32 Partidos para 513 deputados, equivale à cada Partido ter 16 membros, mais absurdo.  Talvez num País com dois Partidos e com voto espontâneo, isso funcione e de fato um eleitor possa vindicar do "seu" votado a atenção para um ato político qualquer.  Não temos políticos vocacionados para o papel que realmente à ele cabe, como não temos eleitor do mesmo calibre.  

Há que haver um voto não obrigatório para que ele tenha valença, e um número de políticos dentro da racionalidade para que ele seja respeitado e funcional.  Eu vi e ouvi o Jô essa noite que passou, com essa lenga-lenga, sem traduzir convicção, deixando transparecer uma tolesmia que não lhe é comum, tendo como debatedor o William Waak.  Aqui, no Brasil, um político cafajeste desses, se divinizam na hora em que recebem o diploma.  Sendo deuses, não têm sentidos, não ouvem nem falam e vale sua autonomia irretorquível, como é a de um deus fajuto.

Tentem usar o quengo aqui para incomodar um desses senhores, com essa bestagem de meu deputado e vai sentir-se dispensado, como uma quenga.  O endereço desses, tem as portas e janelas ensebadas e escorregadias, para desanimar o tolão dessa asneira.  Sua necessidade de cidadão será ignorada, como sua opinião o é pelos jornalistas categorizados.  Tenta te comunicar coma as meninas do Jô e sentirás o cheiro do mesmo sebo da porta dos divinos.  Às  vezes penso que o face-book dessa cambada é terceirizado, dai o não funcionamento.

Se esses jornalistas , ou colunistas, apresentadores de programas ligados à fatos políticos podem ser chamados de janelas para quem tenha o que falar, com a competência do título de cidadão, esses últimos vão aprender a diferença entre o real e o virtual.  A imponência Postural vendida por eles, transformam-se numa auto-estima próxima a se configurar em arrogância, são uma outra classe parelha de divinos.  Suas frestas estão ensebadas para impedi-los de ouvir a voz das ruas.  São informantes profissionais-capengas, mutilados pela soberba.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

DEVANEIOS - DE TORCIDA ORGANIZADA (240415)

Tenho Cara De Antigamente, Quando "Você Prevaricou, Prevaricou, Prevaricou, Me Prometeu Aquilo E Não Pagou
A CACHOLA GUARDA A MEMÓRIA
Veja O Pranto Dessa Palestina

Oito foram mortos no maldito Pavilhão 9 reservado para a torcida organizada do Coríntians, quando segundo a Polícia o visado era um só, e passou meses preso na Bolívia, envolvido no caso de um foguete que teria causado a morte de um menor, o Kevin Espada  na sua primeira ida à um campo de futebol.  Foi um drama de muita tristeza para os pais e primo do féretro, responsável como seu iniciador nas alegrias da adolescência, e para quem tem sensibilidade e é gente do bem.  Para os arruaceiros presos foi folia e quem morreu, morreu.  

Essas TO existem para quase todos os times grandes, nas Capitais.  Gritam, berram, xingam, brigam e matam contra a obrigação de levantar os urros dos torcedores amadores.  Recebem por isso cachê pequeno, fardamento do clube e bilhetes de entradas para os jogos, para serem vendidas como propriedade deles, pelos preços que lhes convierem.  São arrebanhados no roda-pé da sociedade, a maioria envolvidos com drogas e seus eminentes além de velhos frequentadores das páginas policiais.  São semi-analfabetos e naturalmente não bem-vindos das famílias corintianas.  

Por quê esses cartolas prestigiam esses desordeiros que produzem manchetes do mundo do crime, se identificam como bem ambientados na sigla a que servem e produzem dores morais impagáveis.  Nos apertos recebem apoio advocatício, através de advogados, é claro, de baixa classe profissional e quase nenhuma demão moral.  Os maiorais que propiciam esse status devem ser enquadrados criminalmente, juntos com os facínoras de contrato pelo tormento social que prodigalizam.  Os clubes, como instituições por trás devem ser castigados nos seus cofres e estagnação de atividades.

Poi é assim com essa rigidez policial e jurídica  que representantes civis desses empreendimentos serão imobilizados.  São nocivos, imorais e constrangedores das posturas dentro do cabimento de aceitação.  O Brasil tem que fugir ás acomodações de castigar pés-rapados, até o aparecimento de um grandalhão, e poupar os perfumados que têm moralidade leprosa.  Que os agentes públicos ousem ser dignos de respeito e satisfaçam expectativas de quem se julga espoliado.  Não pensem que podem sair por ai dando topadas nas leis e no bom comportamento direcionados à Paz.












DEVANEIOS - DE CCA (220414)

Tenho Cara De Antigamente, Quando O "Cheio De Não Me Toques" Era Intolerável
O "PAI D'ÉGUA" É  O "FORA DA LEI" SUPER-HERÓI
Faixa De Gaza Após Furor Sionista

terça-feira, 22 de abril de 2014


DEVANEIOS - DE 34 ÔNIBUS INCENDIADOS

O TEMPO RUGE, O TEMPO URGE
Prejuizos
Trinta e quatro ônibus viram fumaça
Dez milhões de reais no desperdício
Dez homens com débito de um milhão cada um
Vinte mil passageiros com problemas
Vinte mil empregadores com desfalques
Cento e trinta e seis motoristas e cobradores desempregados
Mais tantos outros funcionãrios secundários, também

Como apenar esses predadores desgraçados?  Quantos milhares de pessoas inocentes e produtivas embaraçadas em suas vidas porque dez delinquentes resolveram vingar a morte de um gêmeo  marginal.  Como o Estado apenará esses antiheróis?  Entre eles terá um com capacidade de idenizar um simples espelho retrovisor desses ônibus?

Que se faça a divisão dos dez milhões de reais por um Salário  Mínimo, divididos por dez e ai teremos o tempo justo de perda de liberdade para cada um, já estando a maioridade penal prevista para os quinze anos de idade.  Cumprimento integral do castigo desde o dia de entrada no CCA até o dia final da pena.  Verificar antes, se couber enquadramento dos crimes pelo Código Penal, qual das duas medidas é a mais rigorosa e que seja aplicada a última.    Vasectomia para os machos e esterilização para  as fêmeas.  Que se aceite doação de órgãos com redução de até um quarto de pena para cada uma, um resultado maravilhoso para quem recebe e a paga para quem dá, levando em conta a diminuição de energia que lhe sobra.  

Naturalmente isto é devaneio, mas legalize-se todos esses atos e os duzentos milhões de barsileiros agradecerão a ousadia.




terça-feira, 21 de abril de 2015

DEVANEIOS - DE PARA ALTAIR (3)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Efebo Servia Senhores Idosos Na Grécia Entre 12 e 25 A.
A VIDA SE CONSTITUI DE POSSIBILIDADES
Carlito

PARAALTAIR (3)

Cara Altair, eis a terceira parte da trilogia sobre Reformas Políticas para nosso Brasil.  Não sei se você gosta de política;  se não for sua práia, passe adiante.  Estou feliz em ter você como amiga.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

DEVANEIOS - DE PARA POLÍTICOS SEM IDÉIAS (3)

Para fechar a imagem de um Brasil do Éden junte-se os dois ensáios anteriores à este, para compor um país no seu novo momento (NM), com reforma política executada.

Os trinta e um ppartidos reduzidos a três, Esquerda, Centro e Direita e cada um com suas variações a um lado e outro indicando três tendências, nove ao todo onde seus líderes serão escolhidos e nessa simplicidade mínima seja gerida a política da Federação.

A hora da verdade é mudar radicalmente o conceito de democracia para a escolha dos candidatos eletivos.  Essa história de dizer que as casas Legislativas são o espelho da Sociedade numa Democracia, só serve para levar a ela analfabetos, incapazes de se comunicar verbalmente, quanto mais por escrito!  Como propor uma Lei, como votar com consciência?  Ali é o recanto ideal para empregar famosos decadentes das áreas de diversão e esporte, por sua vez escolhidos por eleitores sem qualificação, como são esses candidatos. Também para eleger apresentadores de programas policiais na TV.   Isso é uma balela que prende nosso País no eufemismo dos "em desenvolvinento", isto é, proibido de crescer, se se juntar essa deficiência aos bandidos de gravata com isntrução superior mas de moral liquefeita.  Do mesmo modo que temos nossos Embaixadores com educação acadêmica de primeira qualidade para representar o Brasil no exterior, queremos que nossos representantes no Congresso, como no Executivo, nos Ministérios e Secretarias e Assessorias tenham igual desempenho educacional, para o bem da Nação.  Isso nas três instâncias, Federal, Estadual e Municipal.  Todos os candidatos à estes cargos, obrigatòriamente terão o diploma de um Curso em Ciências Políticas, com  um nome a escolher, mas adaptado à esse objetivo.  Gente jvem, em torno dos dezoito anos, provando vontade prórpia em seguir essa carreira e assim eliminando os víicios deletérios atuais, no Brasil inteiro, onde se constata sobrenomes de famílias de todas as gerações, como se fora uma Capitania Hereditária.  A lei anunciando este bem será editada com o seguinte fecho:  "entrará em vigor a partir de se ter os primeiros formandos deste Curso". Será de dezessete anos o ciclo metamofórmico para o Brasil estar servido destas mudanças que o tornarão apto ao reconhecimento e o respeito do mundo.  Juntas as mudanças previstas nestes três ensáios, o estatus mutante jamais há de parar.  Passo após passo, degrau após degrau.  Á cada mandato de quatro anos, começando com 25% de substituição sobre o sistema tradicional eletivo,

 será alcançada a total mudança para uso perene.  Será legalizado um limite de idade onde haverá a aposentadoria compulsória do ocupante do Cargo;  estabelecido o valor remunerativo de cada cargo, ao suspender a atividade o inativo receberá esta "pensão" referente ao tempo de atuação, interrompendo-a por comunicação ao TSE se se vincular a qualquer atividade no setor privado, só tendo outro vínculo político eletivamente. A qualquer tentativa de fraude nessa relação será definitivamente impedido no futuro de ser recebido como servidor público, além de ser apenado com perda de liberdade e acréscimo de tempo na apenação, de 10%, com indiciação de lesa-pátria e devolução pecuniária de valores emvolvidos na ação.