segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - DE MÉDICOS E DIGNIDADE

PERNA FINA EM PERNA GROSSA, TANTO BATE ATÉ QUE ENTORTA

    O Renan e o "vai ver que cola".  Olha a estultície do macabro.  É de uma senvergonhice insultante .  Há pouco vem de uma investida na FAB, semelhante, junto com o Senador pelo Amazonas, Eduardo Braga, indo para Trancoso na BA, para um casamento.  Pego, pagou.  Como agora.  Abusivamente e repetitivamente.  Entre 27/28 mil reais.  Esses abusados deveriam  ser entregues ao Departamento de Conduta Moral do Senado, Instituto de não boa fama, mas pelo menos deixando sob holfotes esses sangradores dos cofres públicos, mesmo estando nos mais altos postos polítiicos da Nação.  A postura desse nanico é igual à do Sarney, à do Collor, à do Sérgio Cabral, já assumido futuro candidato à senatoria próxima.  Que grande vergonha. 

    Mas, falavamos da dignidade de médicos de hoje em comparação aos da década de quarenta.  Ali,  quando não havia Universidade, mas apenas Faculdades e eram três:  Medicina com apêndice em Odonto, Direito e Engenharia.  Os tais doutores, que nem doutores eram, como hoje, apenas bacharéis, seguiam tradição de família, no geral de classe alta.  Tinham postura e semelhavam aos pais, na  dignidade.  Hoje, setenta anos depois, costumes corrompidos pela guerra, mania macaca de viver, imitando o que de pior viesse, as profissões de curso superior, de três passaram a mil(?),  Faculdades e UIniversidades se multiplicaram doentiamnte,  formando inaptos, em cursos noturnos, os mais insalubres imagináveis.  As palavras Vestibular e Faculdade alinharam a qualidade falsa de um "sazam".  E continuou-se ai a saga do Brasil doutor.  Essa mentira estúpida de "cachorro vira-lata".  Junto com a fantasia a qualidade moral da chamada gente pequena querendo enriquecer a qualquer custo, como se ali estivesse as chaves para esse fim, mesmo.  Esses formandos passam ao longe de serem doutores, ou mesmo bacharéis, de serem competentes e tendo uma capacidade inaudita de trapacearem, pondo em risco a vida\, principalmente dos dependentes do SUS, e consistentemente cometendo assaltos insuflados por laboratórios(desconhecidos) que lhes reforma consultórios em troca de receituários, e agora já conceituando uma "gang" de troca de favores entre colegas, que só beneficia a eles mesmos, em prejuizo da saude de um postulante necessitado.  

    Já não usam a respeitabilíssima bata branca, e quando o fazem é para se reunirem em ruas ou praças, para vindicar vantagens do governo, como faz qualquer representação profissional sindicalizada.  Perderam o branco, perderam a pose, a dignidade e a retidão.  Não generalizo, por que não sou tolo, mas quando essa quantidade passa dos cincoenta por cento, difícil será identificar os que realmente merecem o título.  Apenas um exemplo dos que nao usam o branco:  A conversa de que precisa de alguns exóticos exames para firmar diagnóstico, e em seguida indica ao bestificado paciente, nome, edereço e telefone para onde ele deve ir e ser tosquiado.  Estes exames estão fora da cobertura do Plano de Saude que tem a figura fisgada para o abate.  Lá chegando, com os exames perfeitamente designados, o parceiro-açougueiro cobra uma consulta de 250 reais, colocada como?  Não se está pedindo consulta, está se pedindo a realização de um exame que determinada náquina procede.  É ou não é uma "gang", que como tal deveria ser tratada pela força policial;  não deveriam também ser desprezados pelo "colegas"que não comungam com os seus atributos?  Mais ainda, não seria justo e interessante  que esses "pais dégua" fossem privados dos diplomas que os habilitam a ações de rapinagem?

domingo, 29 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - DE QUEM VÊ OSSO NÃO VÊ TUTANO

Osteoporose tirou vitória do quase campeão.  Osso sem tutano não tem sustança.  Santinho do Pau-oco é igual a osso estiolado, não serve para uma valsa de fim-de-ano.  O Cigano sem baralho, voou.  O Belfort se ficar ligado na cor do saco de papai-Noel, pode se desminlinguir.  Melancólica despedida do pódio, do Anderson.
HUMOR
O fanho nadava de  braçada sobre o rio, quando sentiu ímpetos assassinos nas entre-pernas;  Foi até  a margem e descobriu que além da fala fina estava com a macheza destruida.  Malditas piranhas, ele bem que sabia;  percebeu-o quando instintivamente pegou o gargalo de uma garrafa que boiava e não mais  a largou.  Chorou, soluçou e desconverteu-se.  Nisso sentiu que sopitava, saltitava e pulava, a garrafa, com silvos;  tentou agarrá-la mas viu subindo dela uma fumaça esverdeada que fungava;  Por que choras, cara-pálida, que queres tu de mim?  Quase sufocando apontava seus defeitos e disse:  ero um ênis, tchi-i-i.  De súbito o gênio bateu em estalo com o quatro dedos  da mão direita na palma da mão esquerda , e splat, surgiu em suas mãos um lindo tênis que doou-o ao desconsolado.  Que mais queres, tornou a perguntar.  Mas, eu ênio, pra eu ero isso?  Ero um into, respondeu.  Repetiu-se o mesmo rittual.  Dessa vez ofertou-lhe o gênio, um cinto.  O Zé-já-era abolofetou-se e disse.  Eu ênio ela-da-uta, eu ero um aralho e recebeu em seguida um lindo baralho.  Logo o gênio num sibilio recolheu-se à garrafa, tampou-se sobre si, saltitou e afundou nas áquas piranhudas do além.  Do infeliz órfão os balbucios:  Eu rande ilho de uma ostituta, 
Eis ai os riscos do pau e do gênio.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - DE BAFO PODRE DE ISRAEL SOBRE PALESTINOS

Nessa época de festejos no Ocidente, Israel vomita seu bafo nauseante sobre Palestinos, roubando-lhes um espaço para mil e quatrocentas casas no colonato na Cisjordânia.  Agasalhados pelos EUA e Reino Unido, não há brecha por onde a Justiça possa alcançá-los.  Serão os israelenses imunes à Justiça? Não há rabino, pastor, padre nem Pai-de Santo que consiga esbordoá-los na bunda, pelo mal que  esses intrujões causam a um povo aparentado que os recebeu em boa fé quando eles ainda não tinham padrinhos?  Que risco corre o Globo diante desse tríduo mal ajambrado?  No momento estão unidos como aliados suficientes e complementares.  Noutro momento haverá disputa de liderança dentro da trindade e os vizinhos de geografia que são imensos serão importunados  para prover suas necessidades bélicas.  Aguardem e verão.  Neste momento existe apenas uma vítima sovada diariamente e sem socorro, sem justiça e sem capacidade de comover nesse mundo inteiro um aliado com poder  para amarrar as mandíbulas peçonhentas desses sionazistas.  Árabes ao redor, que por natureza seriam esses irmãos, são corrompidos através de falsos líderes hipnotizados por dólares pintados, creiam, até que se esgotem suas reservas de energia petrolífera, sabe-se Deus quando.

Tenho Cara De Antigamente, Quando A Bagaceira Virou Pátria De Soledade
SE O ONTEM FICOU ÉBRIO, QUE O HOJE SEJA BEM SÓBRIO
Palestininho, Será hoje Um Miliciano!

    Vocês, irmãos fortes, quando se resolverem a proteger esse irmãozinho pagão que não tem os pilares que têm os Estados Normais, certamente será tarde.  Espíritos não são salváveis e saudades e arrependimentos não pagam dívidas.  Venham Rússia, Turquia, China, Irã;  venham América do Sul e Central;  venham Nações de homens de bem, antes que os Palestinos sejam uma lenda.  Não fiquem inertes , pois essa lerdeza será também a tampa de suas tumbas.

DEVANEIOS - DE CHICO

O PAU QUE BATE EM CHICO, BATE EM FRANCISCO.  QUE PENA QUE A FONTE SECOU, MAS FOI BOA ENQUANTO DUROU
A BANDA

Estava à toa na vida, o meu amor me chamou pra ver a banda passar cantando coisas de amor
a minha gente sofrida despediu-se da dor pra ver a banda pasar cantando coisas de anor
O homem sério que contava dinheiro, parou.  o faroleiro que contava vantagem, parou
A namorada que contava as estrelas parou pra ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada, sorriu.  A rosa triste que vivia fechada, se abriu
A meninada toda se assanhou pra ver a banda passar cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu, a lua cheia que vivia escondida, surgiu
Minha cidade toda se enfeitou pra ver a banda passar contando coisas de amor
Mas para meu desencanto o que era doce acabou, tudo tomou seu lugar depois que a banda passou
E cada qual no seu canto e em cada canto uma dor depois da banda passar cantando coisas de amor.

Que maravilha;  coisa de estro que só Deus explica.
e cada qual no seu canto e em cada canto uma dor

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - DE MENSALEIROS PERFUMADOS E PRIVILEGIADOS

    Três deles em aviáo de carreira, com dois gaurda-costas cada, de Brasília para Minas, como prêmio de consolação, privilégio que um pé-de-chinelo não tem, para cumprir sua obrigação de preso próximos das famílias  amorosas.  Provavelmente estáo concorrendo com Renan  por direito a avião para Serviço.  Esses três em nove em quanto montará a despesa?  Assim, todos os astros dessa comédia sem graça tiveram os desvios, como se fossem direitos, pagos pela burra do Estado.  Pobre Ministro JB.  Agora só falta concordar com o Genoino para ele ficar acalentado em casa, e não sofrer agruras que nem Cristo sofreu.

    Tivesse existindo agora os CCA (Complexo de Casa de Appenados), essa trupe teria legalmente o direito de Cidadão especial, isto é, pelo fato de estar apenado por Juiz, indiciado dentro do Código Penal, o direito e não a obrigação de cumprir os ditames da lei, por estar absolutamente sob a tutela do Estado, nos 2.5mts por 3, de alto, largo e fundo e nada mais. Cumprimento pleno do tempo de perda de liberdade, com a companhia apenas de si e seu alter-ego.  Toda a assistência médica e jurídica mas a soledade por amiga.  Imune à dores físicas e morais mas absolutamente impedido de relação social sequer com o mais simples servior do Estado, salvo advogado (do Estado), médico (do Estado) e assistente social, quando inequivocamente necessário.

    Assim, os do mal isolados e os do bem gozando a amplidão de todo o espaço da Nação, com toda segurança e prazer do lazer e de produzir para o bem comum.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

DEVANEIOS -DE QUEBRA DE FIDÚCIA

Num desespero, numa lembrança antiga e numa saudade de uma poesia ouvida nos tempos de criança, foi espalhado no éter um apelo.  Quem for capaz de recompor, de quatro palavras de uma frase  má construída, um antiquíssimo poema, manda pra mim com o título e o texto e que Deus te retribua pela boa ação.  A Boa Samaritana estava em plantão e nem sabia;  captou a angústia incomum, leu nas entrelinhas e verteu em bom papel a "História De Um Cão", de Luiz Guimarães, poeta emérito, que colheu de imediato nas páginas do Facebook, cinquenta e sete visualizações.  Na minha ignorância no trato das coisas da internet, só disso tomei conhecimento, sessenta dias após a resposta estar à minha disposição;  expliquei-me, desculpei-me à prestimosa Deusa e dai começamos a troca de curtas mensagens, coisas rasas e sem raízes.  Aceitou-me as cópias de umas vinte memórias, emprestando-me olhos e ouvidos para uma apreciação, dada a sua acomodação no mundo das letras, nada mais.  O tempo dilatou-se bastante, esperei pacientemente, mas a expectativa falhou. Enviei-lhe, num pre-Natal o "Monólogo de Papai Noel", de Adelmar Paiva, este poema com sessenta e três visualizações  naquele mesmo meio na Internet.  Rápido como quem está com fome, meu tapete foi puxado e pelo vão embaixo, na companhia só do olfato, senti  o mofo e a umidade percorrer-me a alma e a queda livre na escuridão do nada que é o destino dos Zé-Ninguém.  Quando Zeus lançou seu filho Hefesto, do Olimpo à Terra, essa viagem durou nove dias e noites.  O meu sucesso não deu para medir porque eu estava envolvido no processo, mas a sensação do desprezo, esta eu senti.  É aguda, perfurante, ensanguentada e tem sabor de quebra de fidelidade moral, se não for, de civilidade, por falta absoluta de explicação.  São no entanto os riscos de se falar com estranhos, assim dizia a Mamãe.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - DE RENAN II (23-241213)

Tenho cara de antigamente, sou do tempo em que amendoim era bidubim
FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO
1965-UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
edélvio-BACHARELADO DE JORNALISMO
COM A FILHA MADRINHA DRA. JANE

O meu herói, Senador por Alagoas, político de alta expressão, que tem como mentor o Sarney, entretanto não aprendeu ainda sobre as peças que a vida prega, e mesmo já tendo gravado o texto lido na televisão na noite anterior para todo o Brasil, sobre os ganhos que a Nação já recebeu do Governo no ano corrente enquanto ele  já Presidente da Câmara Alta, aprontou uma coisa que já é vício seu. Lembrem-se que há uns dois meses atrás o nosso amigo foi com o Senador Eduardo Braga, do AM, em avião da FAB, para uma praia da BA, para o casamento de um parente de um dos dois.  Flagrado devolveu aos cofres do erário o valor estimado da gatimanha e houve apenas um pequeno estremeço. Agora, nesse pequeno espaço de tempo, com mais três num grupo de quatro, vai pela mesma Companhia Aérea, à serviço, como da primeira vez, de Brasília a Recife, fazer um implante de dez mil madeixas na marquise e levantar as pálpebras descaídas.  Se for palpitado trinta e dois mil reais o avoejo, como o do casamento, dividido camaradamente entre os quatro, resultará oito mil para cada um e não se fala mais nisso.

O chato disso tudo é a desfaçatez  nesses atos corriqueiros, o à vontade como se isso fosse um direito por favores prestados ao povo que arca com suas despesas, e o encaro de desprezo às caras imbecilizadas  dos Zé Pinoias que o sustentam.

Fosse já o tempo dos "Complexo de Casa de Apenados" e o regimento forte e sério do Poder, um tal nanico moral já estaria fora da sua investidura, por crime de lesa-Pátria e lá na 3 X 2,5mts durante o tempo que o Código Penal  indicasse, na plenitude da pena e sem privilégio algum, na condição de cidadão especial, isto é, absolutamente sob a dependência do Poder Público Legal.

(REPLICO AQUI ESSE ENSAIO DE 231213, HOJE, 281216, A NOJEIRA DE 3 ANOS ATRÁS)                                  
(ESSA BESTA, NESSE MÊS CORRENTE JÁ INSULTOU O STF E GANHOU TODAS)
(PODE-SE CRER NO BRASIL)








domingo, 22 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - ÉPOCA -DE EUA X PALESTINA TRO=LO-LÓ

vFaça seu comentário  |  Leia os comentários  |  Compartilhe  |  Imprimir  |  RSS  |  Celular 19/05/2011 - 14:54 - Atualizado em 19/05/2011 - 15:03
Reforma no Oriente Médio é prioridade, diz Obama
Obama anuncia plano de ajuda para Tunísia, Egito e outros países que fizerem reformas, e diz que Estado palestino deve ser criado nas fronteiras de 1967
Redação Época
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez, nesta quinta-feira (19), um novo discurso cujo objetivo era atingir as populações do Oriente Médio, e afirmou que a reforma democrática da região é "prioridade" para seu governo. Falando no Departamento de Estado americano, Obama criticou alguns aliados que reprimem suas populações, como o Iêmen e o Bahrein, e detalhou um plano de ajuda para Tunísia e Egito, os países que derrubaram seus ditadores, e outros que realizarem reformas. Ao abordar o impasse entre Israel e Palestina, Obama defendeu, pela primeira vez, que o Estado palestino seja criado nas fronteiras de 1967.

Obama iniciou sua fala dizendo que se tratava de um “novo capítulo” das relações com o Oriente Médio, e afirmando que os EUA estão ligados a esses países pela “economia, segurança, história e fé”. Ele lembrou a morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden – “um assassino em massa e não um mártir” –, e afirmou que mesmo antes de sua morte a Al Qaeda já vinha “perdendo a luta por relevância”, pois sua “ideologia é um beco sem saída”.

Em seguida, Obama lembrou jovem tunisiano Mohamed Bouazizi, cuja autoimolação é considerada o episódio inicial do chamado levante árabe, e disse que o movimento é resultado da falta de liberdade de expressão, de imprensa, de eleições livres e instituições fortes no Oriente Médio. Obama afirmou que os EUA por anos buscaram garantir seus interesses na região – contraterrorismo, o não surgimento de uma corrida nuclear, comércio livres, segurança de Israel e paz – e que vai continuar a fazer isso, mas que apenas esses interesses não vão “encher a barriga de ninguém” e nem “garantir a liberdade de expressão”. Assim, Obama fez um pedido por reformas política na região e mandou um alerta para os governos autoritários árabes. “O status quo não é sustentável”.

O presidente dos EUA disse que seu país vai apoiar reformas democráticas e que aceita o fato de que nem todas as nações vão adotar a democracia representativa do Ocidente. Ele afirmou que seu governo vai apoiar as reformas baseados em três princípios: oposição ao uso de violência contra a população; estabelecimento de direitos universais como liberdade de religião, reunião e expressão, estado de direito e direito de escolher os próprios líderes; e apoio a reformas política e econômicas.

Obama afirmou que esses princípios são a prioridade dos EUA na região e que esta prioridade será buscada com todas as ferramentas possíveis. Ele elogiou as mudanças na Tunísia e no Egito, defendeu a intervenção militar na Líbia e criticou a repressão existente na Síria. Obama voltou o foco para o Irã, lembrando a violência do governo contra oposicionistas em 2009 e afirmando que Teerã era hipócrita. No único momento surpreendente de sua fala, Obama criticou dois aliados dos EUA, o Iêmen e o Bahrein, este sede da 5º Frota Naval americana. Obama afirmou que o diálogo deve ser retomado no Bahrein e que isso não vai ocorrer enquanto “partes da oposição estiverem na cadeia”.

Na seqüência do discurso, Obama encorajou os países árabes a realizarem reformas. “Se vocês assumirem os riscos das reformas, terão apoio total dos EUA”, afirmou. Obama afirmou que as reformas precisam incluir todos os grupos religiosos – citando os casos dos cristãos no Egito e dos xiitas no Bahrein – e dar mais poder às mulheres. “Uma região não vai alcançar todo seu potencial se mais da metade de sua população não puder usufruir de seu potencial”.

Obama, então, detalhou a ajuda que será dada à região. São quatro pontos principais. O primeiro é um plano, elaborado pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, para modernizar as economias da Tunísia e do Egito. O segundo é o perdão de um US$ 1 bilhão de dívidas do governo do egípcio, que será acompanhado por uma nova linha de crédito de US$ 1 bilhão. O terceiro plano é a criação de fundos nos moldes dos usados na democratização do Leste Europeu após a queda do Muro de Berlim. O primeiro deles, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no valor de US$ 2 bilhões. O último é uma iniciativa para melhorar a integração das economias do Oriente Médio e Norte da África e torná-las menos dependente das exportações de petróleo.
Críticas e alertas a Israel e palestinos
No fim de seu discurso, Obama falou sobre Israel e palestinos e fez críticas e alertas aos dois lados. Ele lamentou o fato de os palestinos terem abandonado as negociações de paz e afirmou que é preciso responder aos “anseios legítimos” de Israel sobre a aliança do Hamas, considerado um grupo terrorista, com o Fatah, que vinha negociando com Israel. Obama afirmou que não haverá independência sem reconhecer o direito de Israel existir.

O presidente americano reafirmou a amizade com Israel, mas lamentou a continuidade dos assentamentos na Cisjordânia e disse que, como amigo, precisava dar um aviso. “É importante dizer a verdade a Israel. O status quo não sustentável. É preciso agir de forma corajosa para alcançar uma paz duradoura”, disse. “Não vai existir um Estado judeu e democrático com ocupação”. Obama, então, afirmou que a solução para o conflito passa pela criação de dois Estados para dois povos, o palestino nas fronteiras de 1967, autodeterminação, reconhecimento mútuo e paz. Foi a primeira vez que o presidente dos EUA fez a defesa do Estado palestino nessas bases. Obama disse que os EUA iam apoiar o processo de paz, mas não prometeu nenhum plano para isso. Ele afirmou que a "comunidade internacional estava cansada de um processo sem fim" e encerrou sua fala mostrando quão importante considera a paz para o momento atual da região. "Em um período no qual as pessoas do Oriente Médio e Norte da África estão se livrando dos fardos do passado, a luta por uma paz duradoura que encerre o conflito e resolva todas as reivindicações é mais urgente do que nunca".
JL

Comentários
edelvio coelho lindoso | AM / Manaus | 28/05/2011 21:18
comentário em 28/05/matéria de 19/05
As promessas de Obama em 19 já não condizem com os fatos de hoje. Ele já desdisse o que dissera, que espaço das fronteiras de 1967 poderiam ser trocados por outros, etc.. O fato vero é que a continuação israelense de avançar em terras não suas, emperrando as conversas, que prá valer são fiadas; Israel sempre quis mesmo foi consolidar o terreno colonizado com edificações, como se já vislumbrasse essa possibilidade de trocar terras equivalentes aos kms que comportariam o futuro Estado Palestino. Assim sendo, as terras boas já foram capturadas pelo futuro e sempre vizinho importuno, e o resto, que sempre é resto, sobraria sem escolha para a parte desmoralizada, paciente do todo o desrespeito, por parte do invasor. Que receio tem Israel, belicamente falando, dos palestinos? Quantos prisioneiros israelos tem eles, exceto dois soldados raptados, de que se ouve falar, para contraditar com os seis mil palestinos encerrados nas celas sionistas? O bom senso acena para em setembro, um apelo à ONU pelo seu Estado palestino; O VETO imperial dos EUA e o sorvedouro de sangue onde reivindicava um lar. Algum socorro solidário, alguma aliança pensável e a hora de Israel liquidar o saldo desse povo quadrimilenar, dono autêntico dessas plagas! Uma vergonha para os concessores do Nobel e apenas uma ruborização para a tez marrom do Obama, figura simbiótica com o Bibi. Alá derrotado por Javé. Paz vermelha. Com essa corda, um novo xerife no Oriente Médio. Será? Veremos.

Edelvio coelho lindoso – 231213

2A e 7M depois e o mesmo tro-lo-ló.  Assim foi e assim é.  Conversa fiada e conversa pra boi dormir.

DEVANEIOS - ÉPOCA - DE RÚSSIA, EUA(?), UE(?) E O NU(?)QUE QUEREM 1967

23/05/2011 - 10:20 - Atualizado em 23/05/2011 - 10:24
UE quer voltar a debater paz no Oriente Médio
Agência EFE
Os ministros de Exteriores da União Européia pediram nesta segunda-feira (23) uma reunião do Quarteto de mediadores (grupo formado por Estados Unidos, Rússia, União Européia e Nações Unidas) para reativar o processo de paz no Oriente Médio, após o discurso do presidente americano Barack Obama e dos episódios no mundo árabe. Os 27 membros deram as boas-vindas ao posicionamento de Washington e consideraram que é o momento de avançar em direção a uma solução duradoura do conflito palestino-israelense, especialmente após o acordo de reconciliação entre os movimentos Hamas e Fatah.
Com esse objetivo, pediram um encontro do Quarteto que permita relançar o processo bloqueado. Obama chegou à Irlanda nesta segunda e vai passar a semana toda na Europa. Neste período, o presidente americano deve receber diversos pedidos para a retomada das negociações.
Os ministros de Exteriores da UE assinalam que as mudanças "fundamentais" que estão ocorrendo no mundo árabe tornam "mais urgente" a necessidade de conseguir progressos no processo de paz no Oriente Médio e também reconhecem sua "profunda preocupação" pela continuação do bloqueio das negociações entre israelenses e palestinos.

Neste sentido, os ministros ressaltam que faltam "parâmetros claros" que definam as bases da negociação e que, por sua vez, evitem "medidas unilaterais" das partes. Por isso, o Conselho da UE recebe favoravelmente o recente discurso de Obama no qual definiu que os EUA consideram que as fronteiras prévias a 1967 são a base das negociações.

A União Europeia disse de forma reiterada nos últimos anos que não aceitará mudanças nessas fronteiras salvo que sejam estipuladas por palestinos e israelenses. O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, avaliou nesta segunda-feira que a posição dos EUA e a da UE estejam agora "muito mais próximas" que antes. Para a ministra de Exteriores espanhola, Trinidad Jiménez, as ideias de Obama são "uma boa base para uma declaração do Quarteto que permita relançar as negociações". Segundo Jiménez, a atual conjuntura apresenta uma "boa oportunidade" para incentivar as negociações diretas entre Israel e os palestinos.

Nesse mesmo sentido, seu colega alemão, Guido Westerwelle, ressaltou que agora se abriu "uma janela que pode ser fechada rapidamente" se israelenses e palestinos não aproveitarem. Além disso, a UE sublinhou a importância da reconciliação entre as facções palestinas e lembra a Israel (que vê com desconfiança a reconciliação anunciada neste mês entre Fatah e Hamas) que esse processo "lhe interessa", já que envolveria todas as partes na busca de um acordo de paz sustentável em longo prazo. Jiménez deixou claro que o governo de unidade estabelecido do pacto entre as duas facções palestinas deve renunciar totalmente à violência e reconhecer o direito à existência de Israel.
JL
Saiba mais

Comentários
edelvio coelho lindoso | AM / Manaus | 24/05/2011 01:24

Esgrima entre Obama e Nethanyahu
N - Inegociáveis fronteiras de 67. O - Troquem-se metros .Israel colonizou seus metros interessantes e Palestinos herdarão as urtigas. N - Não aceito vizinho militarizado. O - Nós temos compromisso com a vossa segurança. E palestinos dizem, apois Fum. N - E se o Abbas for à ONU? O - Eu uso meu Veto, que solito vale mais que Voto. E palestinos dizem, e apois Foi? É ai que se vê o Champagne virar vinagre. Quem tem capacidade de mediunizar a visão, enxerga Faraós e Filístios juntos e uma grande geléia-geral de sangue, mais sangue, temperado com ódio, para diminuir esse contencioso acumulado. Uma explosão causada pelo roubo do Senhor dos Exércitos, feito pela dupla, e coligações adivinháveis. A bela desconhece a fera. Não se deve subestimar um fracote que vomita fel pelos desacatos recebidos, e pelo massacre de seus pais, irmãozinhos e coleguinhas de pastoreios. Catástrofe prevista encontra os insufladores de braços tatuados de maldade, cruzados, antegustando uma arena de cadáveres. Que salseiro antes evitável, vai vermelhar os jornais dessa terra combalida, querendo competir com a fúria da natureza também ferida em suas entranhas. Valha-nos Nossa Senhor a do Bom-Juizo. É a vaidade, a ganância e a soberba, a covardia do forte contra o fraco, o deboche satânico regendo este réquiem. Só a brutalidade de uma demência tosca é capaz de engendrar uma luta entre Javé e Alá. Que Lúcifer não fique rindo seu riso enxofrado e sem-vergonha. 

edelvio coelho lindoso - 221213

São passaddos 2A e 7M de todo o visto acima e nada mudou.  O jogo de cena de ontem é o mesmo de hoje.  O único aliado verdadeiro nesta hitória, dos palestinos, é a Rússia.  O resto é lorota feia.

sábado, 21 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - ÉPOCA - DE ÁRABES X EUA, RU E SIONS

23/01/2011 - 09:08 - Atualizado em 23/01/2011 - 09:29
Marina Ottaway: "Regimes árabes não vão se tornar menos repressivos"
Em entrevista a ÉPOCA, Marina Ottaway, diretora do programa de Oriente Médio do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, afirma que o levante popular da Tunísia, que derrubou o ditador Zine el-Abidine Ben Ali, não vai tornar os governos da região menos opressivos
José Antonio Lima



REVOLUÇÃO? Tunisianos conseguiram derrubar o presidente Ben Ali, mas seus aliados continuam controlando o governo
Em 14 de janeiro, Zine el-Abidine Ben Ali, que governava a Tunísia desde 1987, fugiu do país rumo à Arábia Saudita. Era a única saída para o ditador diante da crescente onda de manifestações populares iniciada na cidade de Sidi Bouzid, em dezembro, e que naquele dia chegou à capital, Túnis. Ao deixar o poder, Ben Ali se tornou o primeiro governante da história do mundo árabe a ser derrubado por um movimento popular, um acontecimento que fez alguns analistas vislumbrarem um efeito dominó que marcaria o início de uma era democrática no norte da África e no Oriente Médio.
Essa análise, no entanto, ainda é muito apressada. Quem assumiu o poder no lugar de Ben Ali foi o primeiro-ministro, Mohamed Ghannouchi, um antigo aliado do ditador, conhecido como "Sr. Sim Sim" por concordar com tudo o que Ben Ali dizia. Sua nomeação foi recebida com revolta, e os protestos continuaram. Na primeira tentativa de acalmar os ânimos da população, Ghannouchi nomeou um gabinete com alguns oposicionistas, prometeu liberdade para a imprensa e para os presos políticos e afirmou que todas as suspeitas de corrupção - muitas delas envolvendo a família de Ben Ali - seriam investigadas. Ghannouchi, entretanto, manteve pastas importantes, como Defesa, Finanças e Relações Exteriores, nas mãos de membros do Comício Constitucional Democrático (CCD), o odiado partido de Ben Ali. A segunda tentativa de Ghannouchi para aplacar os ânimos foi fazer com que todos os membros do governo deixassem o CCD. Também não funcionou, e os protestos pedindo a dissolução do governo provisório ainda persistem. Assim, o que a Tunísia vive hoje é um impasse. Atores como os militares, que se recusaram a atacar a população, e os partidos islâmicos, banidos da política, ainda não estão agindo de forma clara, e não se sabe como o movimento popular vai se estruturar daqui para frente.
Nesta entrevista a ÉPOCA, Marina Ottaway, diretora do programa de Oriente Médio do Fundo Carnegie para a Paz Internacional, uma organização baseada em Washington cujo objetivo é formular políticas que possam ser empregadas pelo governo dos Estados Unidos, analisa o contexto do levante popular da Tunísia e as consequências que a crise pode ter para o Oriente Médio. Em sua opinião, o que ocorre na Tunísia não pode ser considerado uma revolução pois não houve troca de poder. Segundo ela, é preciso observar a evolução da organização dos movimentos populares para saber se eles se transformarão em um desafio à altura do Estado policial que foi deixado como herança por Ben Ali.
ÉPOCA – A senhora estuda as transformações políticas do Oriente Médio há anos. Ficou surpresa ao ver um levante popular derrubar um líder que ficou no poder por 23 anos?
Marina – Isso certamente nunca aconteceu antes em um país árabe. As derrubadas de governos que ocorreram sempre foram provocadas por golpes militares, então esse tipo de levante popular é muito raro. Isto posto, é muito importante assinalar que, apesar de Ben Ali ter deixado o país, o regime ainda está lá. Em outras palavras, o levante popular não provocou uma transferência de poder para outro grupo. As pessoas que estão no poder são as mesmas que apoiaram Ben Ali nos últimos 20 ou 30 anos – o primeiro-ministro, o presidente do Parlamento e mesmo os oposicionistas que entraram no governo de unidade nacional são de partidos que tinham permissão de atuar dada por Ben Ali. A oposição de verdade está banida.

ÉPOCA – Os manifestantes seguem pedindo que os antigos aliados de Ben Ali deixem o governo. Isso não aumentaria a instabilidade na Tunísia?
Marina – Se houvesse um governo que não incluísse membros do partido de Ben Ali, a estabilidade seria maior, provavelmente os protestos não continuariam. Mas o problema é: de onde essas pessoas viriam? Como você forma esse governo em um país onde a atividade política foi banida? Não há partidos políticos fortes que produzam grandes lideranças. Esse é o problema com levantes espontâneos como este que estamos testemunhando. No fim das contas, eles não trazem novas lideranças.

ÉPOCA – O fato de Ben Ali ter sido derrubado em um movimento que não envolveu forças estrangeiras foi surpreendente?
Marina – Não me surpreende de forma alguma. Acho errado acreditar que é preciso haver um ator estrangeiro para alguma coisa deste tipo ocorrer. As pessoas estavam fartas e mostraram que tinham perdido a paciência com o governo.

A lição é: mudanças significativas não ocorrem a não ser que haja participação popular. A questão na Tunísia é: há organização suficiente por trás deste movimento popular para produzir uma mudança duradoura? O meu temor é que não haja.

ÉPOCA – Neste momento de tensão, em que há uma tentativa de formar um governo legítimo, qual deve ser o papel dos EUA e da União Europeia?
Marina – Sei que essas ONGs americanas que promovem a democracia e apoiam as eleições em outros países já mandaram observadores para a Tunísia. Se houver eleições, tenho certeza que elas vão se envolver, por exemplo, na preparação dos partidos políticos. O governo dos EUA, por sua vez, deve ser muito cauteloso, por duas razões. A primeira é que os EUA eram considerados um apoiador de Ben Ali. Ben Ali estava cooperando na luta contra o movimento terrorista no norte da África, os EUA estavam satisfeitos com isso e fecharam seus olhos para a violação de direitos humanos e a falta de democracia no país. Como muitos veem os EUA como amigo do regime, o país agora não tem credibilidade para mudar de lado e posar como amigo do levante popular, porque as pessoas sabem muito bem que esse não é o caso. A segunda razão para os EUA, os países europeus e qualquer outro ator externo serem cautelosos é que um dos assuntos principais que vai surgir nas eleições é sobre a participação dos partidos islâmicos. O maior partido islâmico está no exílio e a questão é se eles poderão disputar as eleições. Depois que a Irmandade Muçulmana ganhou 20% dos assentos em uma eleição parlamentar no Egito, em 2005, os EUA são contra a participação de partidos islâmicos nas eleições. Seria horrível para os EUA se colocarem a favor das eleições, da participação popular e depois deixar claro que não querem os partidos religiosos no pleito. É importante a administração Obama decidir até onde quer ir e qual posição vai tomar antes de criar uma situação constrangedora.

ÉPOCA – A partir do que está ocorrendo na Tunísia, quais lições os EUA podem aprender para usar em sua iniciativa de promover a democracia no Oriente Médio?
Marina – Os EUA tentam promover a democracia a partir do topo, a não ser no Iraque, onde provocaram a mudança de regime, e no Irã, onde claramente apoiam uma mudança de regime. Mas nos outros países, quando os EUA falam de promoção da democracia, não estão falando sobre novos regimes, mas sim sobre convencer os atuais governantes a fazer algumas mudanças, a se tornar um pouco mais abertos, mais apresentáveis em termos de suas credenciais democráticas. A lição é: mudanças significativas em um país não ocorrem a não ser que haja participação popular. A questão na Tunísia é: há organização suficiente por trás deste movimento popular para produzir uma mudança duradoura? O meu temor é que não haja.


Saiba mais
ÉPOCA – A senhora não acha que o movimento popular da Tunísia vá conseguir produzir novos líderes?
Marina – Neste ponto ainda não temos informações suficientes para avaliar o que está acontecendo dentro deste movimento. O que sabemos por outras experiências é que eventos em que jovens se reúnem e convocam outros por mídias sociais para as manifestações são muito úteis e efetivas em um estágio inicial, mas não são suficientes para construir uma organização. Com uma tuitada você pode juntar pessoas na rua, mas não pode criar líderes e desenvolver estruturas. Até hoje não vimos um caso de sucesso de um movimento espontâneo, organizado principalmente pelas mídias sociais, que tenha obtido um impacto duradouro. Eu dou dois exemplos. O primeiro é do Líbano, do que as pessoas chamam de Revolução de Cedro, que não é uma revolução na verdade, não mais do que é a da Tunísia até aqui. Logo depois do assassinato do primeiro-ministro Rafik Hariri [em 2005], os libaneses foram para as ruas em grande número para protestar contra a morte e principalmente contra o sistema político. Isso levou a eleições alguns meses depois, o pleito foi disputado pelos mesmos velhos partidos e personalidades e no fim nada mudou. O outro exemplo é do Egito, primeiro com o movimento Kefaya [já chega], nas eleições de 2005, e mais recentemente com o movimento 6 de abril, organização que surgiu para apoiar a candidatura de Mohamed El-Baradei para presidente, que não chegaram a lugar algum em termos de criar uma nova organização.

ÉPOCA – Pelo que a senhora observou até aqui, qual é o desfecho mais provável para a crise na Tunísia?
Marina – A curto prazo, o que pode ocorrer é que os manifestantes não fiquem satisfeitos com esse governo de unidade nacional e ocorra uma intervenção militar. O Exército declarou que não iria atirar na população mas, se a desordem continuar, pode intervir, e intervir contra os grupos que estão sendo chamados de milícias, mas que na verdade é a guarda presidencial de Ben Ali. Se o Exército tomar o poder, certamente vai convocar eleições logo, e o que podemos ter é uma situação parecida com a da Argélia, na qual há um governo civil muito influenciado pelos militares. Estou pessimista quanto à possibilidade de um processo democrático genuíno, sem a presença dos militares, justamente porque os partidos políticos são tão fracos.

ÉPOCA – Em um artigo de 2007, a senhora argumenta que os regimes árabes estão cientes de que o empobrecimento da população pode levar à agitação política, mas que ao mesmo tempo não entram em consenso a respeito do papel das transformações políticas na revitalização da economia. A senhora acredita que o levante na Tunísia vai modificar essa percepção?
Marina – O levante vai fazer com que os governos da região fiquem preocupados em não deixar os preços aumentarem e tentem tomar medidas para criar empregos. Mas eu duvido muito que vá convencê-los a se tornar menos repressivos, até porque estarão com muito medo do que pode ocorrer. A possibilidade de esse movimento se espalhar ou não por outros países vai depender dos grupos locais e de como eles vão agir. Se houver grupos que decidam tomar a liderança e fazer uma investida como essa da Tunísia, o movimento pode se espalhar. Mas, repito, isso vai depender da iniciativa local.

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Comentários
edelvio coelho lindoso | AM / Manaus | 24/01/2011 14:53
A xerifança na Tunísia
Os EUA em declínio não acredita nisso, continua com a velha mania, está em todas. O mundo inteiro sabe disso, e os árabes, são cegos ou não acreditam? Os americanos gostariam de levar seu modelo de democracia para os outros, todos os outros, sua religião, seu jeans, seu tenis e até seu sabonete, mas se conformam com a servilidade, mesmo que parcial. São intrometidos natos, são poderopatas. Quanto mal, em termo de guerra, em perda de vidas, em sangue inocente derramado, por essa vontade de ser "sobre", de ganhar todas, de se auto-cegar prá não perceber que seu Império ou divide poder e se arrebenta de vez. Bem explicitado o texto dessa reportagem, quando mostra o exíguo espaço de manobra para eles na Tunísia, mas eles crêem no poder da sua super-vaselina, no seu shazam. Podem chamar seu servo, o Reino Unido, só não deve é incluir no pacote, o reizinho Israel, ai já é demais prá uma Cartola só.

edelvio coelho lindoso – 211213


A Tunísia está servil.  A Líbia está com a mula domada.  No Egito a tela está quente e a doma está dfÍcil.  Democracia não é uma peça à venda que se compre, se leve e se adapte onde se queira.  Não é um dom e nem tem poderes mágicos.  A verdade dos paises arábicos e do OM é que as suas riquesas os estão matando.  A ganância que está sendo levantada pelo trio hegemônico EUA, RU e Sionistas tendem e trabalham para subjugá-los e explorá-los naquilo que os interessa, a energia do petróleo e mais nada.  Democracia é um rótulo para desviar a atenção de quem queira e possa perturbar o processo  de dominação.

DEVANEIOS - DE MAIS RENAN

     Eita Renan.  Oh Brasil da má memória.  Há pouquíssimo tempo ouvíamos a história do Presidente  do Senado com o Representante do AM montados em avião da FAB indo para BA, para o casamento de parentes de um dos dois.  Flagrados, não se envergonharam;  pagaram as despesas estimadas para a peraltice.  Hoje os jornais clamam outra história deprimente e assemelhada, sempre esgrimindo contra a nossa aviação militar e do mesmo modo num arremedo de postura falsa de poder e com a vaidade inflando o peito de um pavão que incomoda. Renan, o belo, embarcado com mais três pela FAB, de Brasília à Recife, para que o Capo semeasse dez mil capilares na sua velha cabeça.  Vaidade das vaidades.  Como se não fosse identificada a falsidade da marquise do viciado em requerer direitos que não tem.  Assim são os Serguei carioca, o Acadêmico maranhense, ou será amapaense, e o El Cid cearense.  Quanto pavão na nossa política.  Desta vez, como da outra, o alagoano que tem um filho encarapitado na deputação federal, provalvemente se aprimorando para vôos futuros, repetiu a façanha já conhecida do que "se colar, colou", novamente  reconheceu a satanagem para devolver trinta e dois mil reais que divididos por quatro dão apenas oito para cada um.      Esses feitos mesquinhos não atrapalham nunca a ascenção política desses marotos, afinal cada povo tem o governo que merece.  Quem não se lembra que nas Alagoas determinado político em determinado tempo justificava despesas pagas com bois que nunca existiram,  em pastos que nunca foram?!  Também com cervejas de indústria de quem nunca foi cervejeiro?!


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - ÉPOCA - NÀO QARADAWI, SIM MURSI

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18/02/2011 - 12:41 - Atualizado em 18/02/2011 - 12:52
Youssef al-Qaradawi: o que este homem foi fazer no Egito?
Youssef al-Qaradawi, figura divisiva conhecida por suas ideias antissemitas, voltou ao Cairo após 30 anos. Sua atuação pode ser problemática para o futuro do Egito e de todo o Oriente Médio
José Antonio Lima

FESTA Centenas de milhares de pessoas tomaram a praça Tahrir, nesta sexta-feira, para celebrar uma semana sem Mubarak
Desde o início das manifestações populares que provocaram a queda do ditador Hosni Mubarak, uma questão vem sendo levantada: poderiam os fundamentalistas islâmicos sequestrarem a revolução secular iniciada em 25 de janeiro e tentar transformar o Egito em uma teocracia? Nesta sexta-feira, os que respondem sim a esta questão ganharam argumentos fortes, depois que um líder ultrarradical comandou as orações de milhares de pessoas que se reuniram na praça Tahrir, no Cairo, para celebrar uma semana da queda de Mubarak.



INFLUENTE Youssef al-Qaradawi é visto como uma "figura paternal" da Irmandade Muçulmana. Em  2002, o grupo pediu a ele que liderasse o movimento no Egito, mas Qaradawi recusou a oferta
O líder em questão é Youssef al-Qaradawi, que há 30 anos vive exilado no Catar e cuja entrada foi banida pelos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido. Qaradawi comandou as orações desta sexta e fez um discurso surpreendentemente conciliatório. Segundo o jornal espanhol El País, ele começou agradecendo a juventude pelo “papel protagonista” que teve no movimento que derrubou Mubarak. “Se os jovens querem, podem, e a vontade deles é a vontade de Deus”. Sem seguida, Qaradawi afirmou que cristãos e muçulmanos se uniram para “vencer o sectarismo reinante” e elogiou o fato de seguidores das duas religiões terem se unido nas orações e defendido uns aos outros diante da resposta violenta do regime.

Aparentemente, o discurso de Qaradawi foi bem recebido na praça Tahrir, mas ainda assim sua presença é vista com preocupação. Qaradawi é uma figura polêmica e que divide as opiniões dos árabes sunitas (como a maioria dos egípcios), público para o qual se dirige. Enquanto Qaradawi falava, o Twitter fervilhava com um debate sobre suas posições. Alguns o criticavam, outros o defendiam, sempre com argumentos fortes. A origem da polêmica são as posições do clérigo – a revista alemã
Der Spiegel o definiu como “ele mesmo e o oposto dele mesmo, dependendo da perspectiva [de quem o observa] e das circunstâncias”. Qaradawi foi obrigado a deixar o Egito quando Mubarak assumiu o controle do país e tentou abafar o discurso religioso mais inflamado. Qaradawi se estabeleceu no Catar e, a partir do pequeno emirado no Golfo Pérsico, fez crescer sua influência. Há 15 anos ele apresenta todos os domingos, na rede Al Jazeera, o programa Sharia e Vida, no qual debate como a lei islâmica deve ser aplicada ao cotidiano. Na TV, Qaradawi fala de todo o tipo de assunto, desde o futuro dos palestinos até a masturbação feminina. Ao mesmo tempo em que elogia a “revolução da era da informação” promovida pelo ocidente, ele pede a Deus que “mate todos os judeus sionistas”, classifica o Holocausto como um “castigo de Alá à corrupção dos judeus” e classifica terroristas suicidas de "mártires em nomes de Deus". Sua visão canhestra do mundo ficou clara quando, em um de seus sermões, defendeu direitos iguais para homens e mulheres. Segundo ele, uma mulher não precisaria pedir permissão ao marido para se explodir em um café israelense.
Saiba mais
Explicar as condições em que o retorno deste homem se deu, ainda é impossível. O certo é que ele foi patrocinado pelo Exército. Segundo a rede Al Arabiya, militares fizeram a segurança da Qaradawi em seus caminhos de ida e volta até a praça Tahrir. Sua aproximação com os militares ficou clara em seu discurso. “Me disseram para não confiar nos militares”, disse. “Mas o Exército mostrou que é o braço do povo”, afirmou. Qaradawi ainda pediu que as Forças Armadas “livrem” o Egito de elementos que fizeram parte do governo Mubarak e pediu a libertação dos presos políticos. Por fim, repetiu a mensagem que o Exército vem emitindo há uma semana. “A obrigação do povo egípcio é trabalhar agora mais do que nunca para levantar a economia do país”, disse. “Nós que fizemos e apoiamos a revolução devemos estar atentos à deterioração econômica do país”, afirmou.
Ao autorizar a volta de Qaradawi, as Forças Armadas do Egito podem ter dado um passo arriscado. Se neste primeiro discurso ele mostrou uma inesperada razoabilidade, sua presença no Egito pode inflamar o discurso da Irmandade Muçulmana. Diversos líderes do grupo vem falando em democracia e em manter os acordos de paz com Israel em nome da estabilidade do Egito. Mas em 2002 esta mesma Irmandade Muçulmana pediu a Qaradawi que ele assumisse a liderança do grupo. Ele recusou, por considerar que sua atuação ficaria limitada às causas da Irmandade. As Forças Armadas são consideradas a principal barreira na sociedade egípcia contra o crescimento de uma tendência religiosa fundamentalista e, por isso, agora precisarão manter Qaradawi sob controle. Nos próximos meses, caso se confirme a liberalização da política egípcia, a Irmandade Muçulmana deve se tornar um partido político. Assim, será obrigada a definir, diante do público, qual sua posição a respeito da democracia e da política externa egípcia. Se a visão de Qaradawi se sobressair diante do discurso moderado de alguns líderes, o Egito terá problemas gravíssimos no futuro.

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Comentários
Paracelso San t Anna | RJ / Rio de Janeiro | 19/02/2011 15:48
Riscos: EUA e Teoracia
Vamos todos prestar muita atenção ao que escreveu o leitor Edelvio Coelho Lindoso em 19/02/2011. Está ali todo o diagnóstico do futuro do O.M. e suas consequências para o mundo. Cabe aos Estados Unidos decidir qual será sua atitude.

edelvio coelho lindoso | AM / Manaus | 19/02/2011 01:35
Riscos:EUA e Teocracia.
O retorno de Qaradawi aponta para sismos não desejáveis na redenção para um novo Egito. A incompatibilidade do secular e do sagrado relembrando as Cruzadas e a Inquisição, as lutas entre Cristãos e Islâmicos, históricas, não recomendam regimes Teocráticos. O outro risco contra a paz egípcia é o reaprochego americano, figura daninha e renitente. Nem bem destrepou do arrimado ditador Hosni, já quer rosetar no seu substituto, sem sequer saber quem será, não importa que a mula manque. Seus interesses não são convergentes com a nova ordem. Eles querem a paz e segurança do seu genérico, no OM, Israel. Os egípcios queren sua própria paz, o brio e o orgulho dos livres. O trabalho de sapa e corrupção tão íntimo dos EUA já começou, com a oferta de US$150 milhões para a economia ameaçada, e a continuação dos US$2 bilhões, isca reluzente para corruptos passivos. Essa é uma ação de prostíbulo onde o macho compra favores, e que tem sido funcional, ao longo dos tempos. Vamos ver a força moral que terão o Exército, a Fraternidade, o Nobel e os jovens políticos recem nascidos egípcios. Vamos ver essa capacidade vencer um intrujão calejado nas manhas desprovidas de tratos civilizados, na expressão correta deste termo. E que o vencedor receba os louros na plenitude de um herói. Quer paz, ai está ela em seu tamanho exato. Aquela mercância será conseguida com outras alianças de melhor moral e mais fidelidade, acreditem e vão à caça. EUA e Sion se entenderão em outros caminhos, aguardem.

edelvio coelho lindoso – 201213

Passados exatamente três anos dos fatos e escritos acima, enxergamos o ianque já montado e rosetando a nova mula, corruto passivo procurado e achado no meio do Exercito, como previsto.  O Presidente eleito democraticamente, vindo do seio da Irmandade, não o Qaradawi, cumprindo os compromissos acordados, agora em prisão e com risco de imolação, acusado pelo mesmo Exército que lhe deu a garantia do voto livre, com acusação de traição à Pátria e outras variações a mais, por cutucação de…

Essa Santíssima Trindade, anglo-americano-sionista é a unha encravada de qualque árabe, no OM.  Querem a Paz? ceguem esse trio com muitos reflexos de espelhos, para que trombem entre si e morram envenenados pela peçonha que cada um tem.  Que pena, a ganância de um homem só, apátrida, fere os brios de uma Nação inteira e garante as consequências mórbidas impingidas por esse trio estrangeiro e de má catadura.  Que Mursi seja iluminado por Alá.

DEVANEIOS - ÉPOCA - DE NOTA DA DEMOCRACIA BRSILEIRA

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17/12/2010 - 13:31 - Atualizado em 17/12/2010 - 13:48
Qual a nota da democracia do Brasil?
O Brasil ficou no 47º lugar no Índice de Democracia da Economist Intelligence Unit graças a notas ruins em critérios que dependem mais da sociedade civil que do Estado
José Antonio Lima

A consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), ligada à revista britânica The Economist, publicou nesta sexta-feira (17) a terceira edição de seu Índice de Democracia e o Brasil aparece na nada honrosa 47ª posição, atrás de seis latino-americanos, quatro africanos, e do Timor-Leste, um dos Estados mais jovens do mundo.

No 47º lugar, o Brasil caiu no grupo considerado pela EIU o das “democracias imperfeitas”, que abarca 53 países, onde vivem 37,2% da população mundial. O primeiro grupo, das “democracias plenas”, tem 26 países, a maioria deles da região do Atlântico Norte, onde os regimes democráticos nasceram e floresceram com mais facilidade, além de países como Austrália, Coreia do Sul, Japão e Nova Zelândia, onde os mesmos ideais foram adotados há décadas. Na mesma lista de democracias plenas houve espaço para dois latino-americanos – Uruguai (21º colocado) e Costa Rica (24º) – e para um africano – Ilhas Maurício (também em 24º).

O terceiro grupo é o dos “regimes híbridos”, onde aparecem Bolívia, Líbano, Turquia e Rússia, por exemplo, e o quarto é o dos países autoritários, onde estão quase todos os países do Oriente Médio, a China e a Coreia do Norte, está a última colocada entre os 167 países e territórios pesquisados.

Na elaboração do ranking, a EIU analisa diversos aspectos dos países em cinco critérios – processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis. A boa notícia é que, em dois desses critérios, a nota do Brasil é excelente. O primeiro é o processo eleitoral, que teve nota 9,58 (em uma escala de 1 a 10), igual à da Suécia, a quarta colocada no ranking. Os 9,12 pontos no critério liberdades civis, que leva em conta aspectos como liberdade de expressão, de imprensa e religião, entre outros, são iguais aos da Áustria e da Alemanha, 12º e 13º colocadas no ranking.


O MAPA DA DEMOCRACIA Em azul escuro, as democracia plenas. Em azul claro, as democracias imperfeitas, o grupo do Brasil. Em bege, os regimes híbridos. Em marrom, os governos autoritários
No critério “funcionamento do governo” o Brasil teve a nota 7,5, que se não é igual aos 9,64 de Noruega, Islândia e Dinamarca – os três primeiros do Índice de Democracia da EIU – está acima da República Tcheca (16º colocada) e próximo da Irlanda (12º lugar).

O que derruba a classificação do Brasil são os critérios que dependem tanto, ou mais, da sociedade civil quanto do governo – a participação política e a cultura política. Segundo o relatório da EIU, uma “cultura de passividade e apatia, e cidadãos obedientes e dóceis, não são consistentes com a democracia”. O relatório prossegue afirmando que a “participação também é um componente necessário, pois a apatia e a abstenção são inimigos da democracia”, mas reconhece que os eleitores “são livres para expressar sua insatisfação ao não participar” dos processos democráticos. “No entanto”, diz a EIU, “uma democracia saudável requere a participação ativa e livre dos cidadãos na vida pública, e a democracia floresce quando os cidadãos estão dispostos a participar do debate público, eleger representantes e se unir a partidos políticos”. Por fim, a consultoria afirma que “sem essa participação ampla, que se sustenta, a democracia começa a perder a vitalidade e se torna benefício de pequenos e seletos grupos”.

Baseada nesses critérios, a EIU avaliou a participação política do Brasil com a nota 5, menor que a de países de “regimes híbridos” como Tanzânia (92º lugar), Venezuela (96º), Iraque (111º). No item “cultura política” a situação é ainda pior. O Brasil recebeu a avaliação 4,38, inferior à da maioria dos “países autoritários”, como Etiópia (118°), Egito (138º), Síria (152º), Líbia (158º), Turcomenistão (165º).

edelvio coelho lindoso | AM / Manaus | 18/12/2010 12:11

Pobre Brasil.
O brasileiro, na generalidade, tem mêdo da polícia, descrê na justiça e tem ogeriza à política. Se é negro, baixo e feio que nem boi do Piaui, que é pequeno, brabo e chifrudo, corra da polícia. Há risco de extorsão ou pancadão. A justiça é chegada a casuismos, i.é, subjetiva mais que objetiva. As demandas são ganhas ou perdidas, à sorte ou ao azar do juiz que se atravessou no seu nariz. A política conseguiu desmoralizar a alviçareira lei da ficha limpa que tanta esperança levantou nos trouxas eleitores. Fala-se de uma netinha que argumentou com o vovozinho que era direito dele indicar o namoradinho dela para uma vaga de emprego, não de trabalho, porque o vacante vôou socialmente, portanto estava ela ali vindicando o que lhe era de direito. Poxa, num cenário assim estabelecido, difícil é não acreditar que nota pior não tivesse o Brasil, no seu currículo Democracia. Não queremos caudilho nem queremos pelegos, precisamos de políticos com vocação e estatura moral para nos alentar e tendo derrubado essa aberração de obrigatoriedade do voto, voto aos dezesseis anos e outras especiarias, de moto próprio e vontade civil, as urnas recebam o que para qual foram criadas, com fé e ardor. Assim, viva a democracia consciente e racional.

Edelvio coelho lindoso – 201213


Hoje, exatos três anos depois, que terá mudado?  Estaremos já num quadragésimo sexto lugar de uma democracia imperfeita?  Que pena que perdemos o seguimento deste levantamento nestes três anos.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - ÉPOCA -DE INVASÃO INVISÍVEL

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14/03/2011 - 16:45 - Atualizado em 14/03/2011 - 17:54
Bahrein: a invasão que ninguém viu
Em meio a protestos contra o governo local, militares da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos entram no Bahrein. Oficialmente, para "proteger o governo local"
Redação Época
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Nas últimas semanas, os governos das principais potências mundiais têm debatido, em diversas instâncias, o que fazer diante da situação de guerra civil em que a Líbia se encontra. Preocupações como viabilidade, custos e riscos de uma operação militar, bem como possíveis reflexos no mundo árabe e na legitimidade das leis internacionais têm pautados as discussões, transformando a Líbia em uma interminável polêmica internacional. Enquanto isso, os emirados e reinos do Golfo Pérsico, pouco ligados às nações de lei internacional e legitimidade vigentes no mundo ocidental, decidiram tentar resolver uma crise semelhante no Bahrein de forma bem mais pragmática e simplista. Nesta segunda-feira, tropas da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos (EAU) invadiram o Bahrein – a pedido da família real barenita – para conter os protestos contra o governo iniciados há um mês.

A ação militar se deu na manhã desta segunda-feira (14), quando um comboio de 150 blindados e outros veículos do Exército saudita cruzaram a ponte que divide a Arábia Saudita do Bahrein, levando pelo menos mil homens para o país vizinho. A intenção oficial, segundo disse um membro do governo saudita ao jornal
The Wall Street Journal, era “ajudar a proteger pontos estratégicos” do Bahrein em meio aos protestos contra a família. A mesma justificativa deu o ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, Anwar Mohammed Gergashnwar Mohammed Gergash. "Os Emirados Árabes Unido assegura que esse paso representa a personificação de seu compromisso com os irmãos do Conselho de Cooperação do Golfo", disse Gergash ao jornal local The National. "Isso também expressa evidentemente que a segurança e a estabilidade regionais requerem de nós, neste momento, união para proteger conquistas, deixar a luta sectária de lado e colocar as bases para o futuro".
O Conselho de Cooperação do Golfo citado pelo ministro árabe é uma organização multilateral que reúne, além de Bahrein, Arábia Saudita e EAU, Kuwait, Omã e Catar. Em comum, além da localização geográfica ao redor do Golfo Pérsico, todos são monarquias hereditárias, que não têm a menor intenção de ver a "onda democrática" que passa pelo norte da África chegar ao golfo. Por enquano, o Bahrein, onde reina Hamad ibn Isa Al Khalifa, é o país mais afetado pela onda entre os membros do conselho. Desde 14 de fevereiro, a população protesta contra o governo e pede o fim da monarquia da família Khalifa. Por trás das manifestações populares, há insatisfações com a economia e a falta de liberdades civis. Soma-se a isso, o tempero sectário do conflito no Bahrein. Al Khalifa e a elite do país são sunitas, e tentam controlar há déadas uma população majoritariamente (entre 60% e 70%) xiita, o que torna o Bahrein um país altamente instável. Como fizeram Zine El-Abidine Ben Ali, na Tunísia, e Hosni Mubarak, no Egito, Al-Khalifa aposta na violência contra sua própria população para se manter no poder, mas vem tendo dificuldades para conter o levante. Foi assim que surgiu a necessidade de intervenção estrangeira.
Como não podia deixar de ser, a oposição barenita criticou duramente a ação militar. "Nós consideramos a entrada de qualquer soldado ou equipamento militar no reino do Bahrein como uma flagrante ocupação", disse o partido xiita Wefaq, em um comunicado. Nabeel Rajab, do Centro de Direitos Humanos do Bahrein, foi pela mesma linha. "Este é um assunto interno e vamos considerar isso como uma ocupação", afirmou ele à rede Al Jazeera. "Este passo não é bem-vindo pelos barenitas, não é aceitável. Temos um regime repressivo apoiado por outro regime repressivo", afirmou.
O Bahrein, que abriga a Quinta Frota Naval dos Estados Unidos, é um dos principais aliados americanos na região. Durante os protestos, a Casa Branca vem apoiando a família Al Khalifa ao mesmo tempo que pressiona o rei a atender algumas demandas da população. Nesta segunda, o secretário de Estado assistente para assuntos do Oriente Próximo, Jeffrey Feltman, disse que o governo Barack Obama estava "definitivamente preocupado" com a invasão e que o Bahrein precisava de uma "solução política, não militar".
Apesar das negativas de Bahrein, Arábia Saudita e Emirados Árabes, é possível crer que ação militar dos países do golfo é uma tentativa de suprimir de uma vez por todas o levante barenita. O que conta a favor dessas famílias reais, é que suas preocupações coincidem com as dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais. A primeira é que o Irã aproveite a instabilidade no Bahrein e consiga cooptar a população xiita local, deixando a situação ainda mais caótica. A outra é que o levante se espalhe para o golfo e ameace o grosso da produção de petróleo mundial, especialmente na Arábia Saudita, colocando toda a economia em risco. O que contraria o Ocidente é o pouco apreço que as monarquias do golfo têm pelos direitos humanos. Mas com Estados Unidos, França e Reino Unido mais preocupados com a Líbia, e agora, com a crise nuclear no Japão, é bem possível que as monarquias árabes consigam conter a oposição barenita sem atrair críticas da comunidade internacional.
JL

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edelvio coelho lindoso | AM / Manaus | 16/03/2011 12:08

Concelho do Golfo, contra insurretos
A. Saudita e EAU invadem com mais de mil o Bahrein, a pedido do Rei. Esses atalhos são usados pelos EUA, no caso da Líbia, quando pediram aos mesmos sauditas, que repassassem armas americanas, aos insurgentes. Captam-se ai as digitais do Império. É neste país que está ancorada a 5ª frota naval americana. O Concelho de Cooperação do Golfo é uma corporação de seis, sob a batuta de Tio Sam, e a salvo das leis internacionais: A. Saudita, Bahrein, EAU, Kuwait, Omã e Catar. Vamos ver a réplica em inglês, do pedido de exclusão aérea na área, e a frota naval americana inverterem a ré pela proa, sinalizando a legalidade moral do ocidente? Que Eua, França e RU estejam preocupados com direitos humanos bahreimitas, é peta.

Edelvio coelho lindoso – 201213


Tudo ai acima ocorreu há 2ªA e 9M e dai pra cá mais nada se falou.  Presume-se que o CCG resolveu internamente as pendências e insatisfações.  Quantas mil chupetas ali foram distribuidas, não se sabe.  Sempre digo que as minorias é que governam sempre.  O silêncio é fúnebre e impera até na mídia.  O Poder anglo-americano é incontestável sabe-se lá por quais magias.  As finanças fortes são dos Árabes, mas o Poder bélico é dos cow-boys.