segunda-feira, 30 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE AMORES DE SALOMÃO E SULAMITA (300614)

1981-Manaus-AM-(eu)-edélvio  e Glauce, ambos com 46 a, e Rico  há 35 anos atrás
Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo do Cigarro Astoria
TER FAMA NÃO É TER QUALIDADE

CÂNTICO DOS CÂNTICOS - 7.1/10
Ou Cantares de Salomão.  É a glamurização do amor carnal de um casal apaixonado, Salomão e Sulamita, exposto na Bíblia, com descrição na verve do Sábio-Poeta, filho do Rei Davi e Betsabá, ex-mulher de Urias, General hebreu mandado ao campo de batalha mais açodado, para morrer.  O Rei Salomão tinha entre mulheres e concubinas no harém, mais de mil beldades, mas mais uma, nunca era demais.
VERBALIZAÇÃO DO AMOR
Sulamita, bela camponesa, que belo são teus pés...  As juntas dos teus músculos são colares feitos  por artistas...  Teu ventre é monte de trigo em cerco de lírios...  Teus dois seios são dois cervotinhos, filhos gêmeos de uma gazela...  Teu pescoço, uma torre de marfim...  Teus olhos são piscinas...  Teu nariz, a torre do Líbano...  Tua cabeça, o monte Carmelo...  Teus cabelos, a púrpura, uma trança com fitas...  Quão formosa és, ó caríssima...  Tens a estatura de uma palmeira e a tua boca tem o cheiro da maçã...   Teu umbigo, um cálice com vinho...

Naturalmente ai, numa tradução de hebráico e do aramáico, contando as ousadias de Salém e Babilônia,, nos privando de rimas e do vocabulário hodierno, nos parece sim uma grande baboseira;  além de não ser, também não é permissão bíblica para não falar Divina, de licenciosidade.  Isso é simplesmente a transcrição cultural de uma época, e nesse campo, nem tanto diferente, já lá se vão milênios.  O comportamento humano na intimidade do sexo, lá ou cá, no Palácio do Rei ou nos lupanares sobre os muros das cidades, vide o comprometimento de Josué e de Calebe com a prostituta traidora dos cananeus;  é herança comportamental dos filhos de Deus, nesse mundão.




domingo, 29 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE FIAPOS DE POESIA

1980-Manaus-AM-(eu)-edélvio e Glace, ambos com 45a
Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que futebolista Usava Casquete
QUANTIDADE É ANTÔNIMO DE QUALIDADE

SÉRGIO BITTENCOURT
Jornalista, morto aos 38 anos, letrista memorável poli-premiado, homenageando o Pai recém-falecido.
JACÓ DO BANDOLIM

"NAQUELA MESA ESTÁ FALTANDO ÊLE"


Naquela mesa êle sentava sempre e medizia sempre o que é viver melhor.

Naquela mesa êle contava histórias que hoje na memória eu guardo e sei de cor.

Naquela mesa êle juntava gente e contava contente o que fez de manhã,


e nos seus olhos era tanto brilho que mais que seu filho, eu fiquei seu fã.

Eu não sabia que doia tanto, uma mesa num canto, uma casa e um jardim

Se eu soubesse que não doia nada essa dor tão doida, não doia assim.  

Agora resta uma mesa na sala e hoje ninguém mais fala do seu bandolim,

Naquela mesa tá faltande êle e a saudade dele tá doendo em mim

Fiapos de poesia voejam na saudade espalhada de um rosto, de um canto, de um vento, de um cheiro, de uma voz, do roçar ligeiro de folha contra folha, de uma furada fina na alma agoniada de "não sei o que".  Da infância distante, da inocência perdida, das perguntas sem respostas, da confiança integral e de preço baixo, como o esfregar o nariz no nariz da Mãe, de saltar do alto nos braços do Pai.  Da segurança do comer, da água fria da quartinha, do agasalho da flanela do pijama que a Mãe costurou.  Tudo isso o tempo levou.  

Me resta agora, no fundo da minha cosciência, puxando por minha memória, levantar o palco da fantasia, fingir uma colcha de retalhos coloridos, trazer pra junto de mim os contos da carochinha, e Pinóchio e o Gepeto, o Gulliver que me presentearem quando criança, o cheiro do Lifeboy e do sabonete Eucalol, os postais de mitologia que Seu Edgar me dava;  ouvir o matraquear dos tamanquinhos de madeira no calçamento de paralalepípedo da rua sem automóveis, só crianças que não paravam de correr e das mães sentadas em cadeiras nas calçadas. Era 1940, a guerra do outro lado do mundo.  Bricávamos, como anjos ali colocados, de "passar o anel" , de ficar na "berlinda", e de "manja", tudo isso com gritos agudos e risadas e como se estivessemos num Céu, insultando o cansaço avalista de um sono em Paz.  

Não havia televisão, nem novelas, nem nada que corrompesse o comportamento de ninguém;  existiam músicas com voz humana cantando, cada som uma história;  cantigas de carnaval, de São João e de Pastorinhas, no Natal;  cada coisa no seu lugar. Cigarro Yolanda pra quem fumava, extrato pra quem gostava de trocar cheiro, óleo Glostora no cabelo e muita sáia engomada, paasada por ferro em brasa.

SE SE PUDESSE FAZER O SONHO SER REAL E O REAL TER A COR ROSADA DE UM SONHO.  AH, SE SE PUDESSE REVERTER A VELHICE EM INFÂNCIA, E VIVER EM AZUL!






sábado, 28 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE NÃO CONFUNDIR CONVICÇÃO COM FIXAÇÃO (2800614)

1980-Belém-PA -(eu)-edélvio, aos 45 a. e Rico.  Há 36 anos atrás
Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Topete Era Trunfa
A MAIOR DOR É A DOR DA HORA

Alienação parental é um crime previsto no Código Penal e se refere à rotulagem de um membro familiar, na intenção de  desqualificá-lo, privando-o da boa aceitação pelos outros, provocando-lhe às vezes distúrbios de auto-apreciação, até crises profundas de depressão.

Como acontece?  Um determinado membro da congregação parental, com algum  grau de crédito real, ou não, em muitos casos induzido por uma influência religiosa beirando a superstição, convicta de um mandato divino que está mais para fixação, elege um outro membro, para azar seu com indícios razoáveis para receber cutiladas morais, e espalha à meio-mundo uma biografia depreciativa do tal indivíduo, que pode chamar-se de prato-feito, que o macula como faz a ferragem em animais, uma tatuagem no seu comportamento, de forma vitalícia.  

Mais tarde, quando o infectado se apresenta pela primeira vez à alguém que foi presenteado com informações à seu respeito, esse ator, mesmo estando vis-a-vis com a infamada vítima e não conseguindo enquadrá-la no modelo que o tão estimado informante lhe deu, prefere desqualificá-lo.

Imaginem as dores e desconfortos que este tributário adquire, sem socorro ou piedade, se estiver navegando em uma congregação ai pelos mais de cinquenta e menos de cem congregados.

Vamos situar essa congregação num meio evangélico, chamado de Cristão, onde se faz profissão de fé
e se alardeia que em cada um deles habita o Espírito Santo.  Isso é uma verdade, uma convicção ou uma puta de uma farsa?  Esse Espírito Santo que o habita não teria o poder de imunizá-lo peremptoriamente contra esta fixação desordeira e perniciosa que castiga perenemente, um irmão sem poder de defesa?  Gente que me lê, essa pessoa assediada malignamente esperneia e se descabela gritando e pedindo socorro em nome de Jesus e vocês congregados, será que também estarão contaminados pela falsidade de não entender o chamado de um afogado porque vocês estão impermeabilizados às vontades da santidade que lhes habita, ou isso não é mesmo verdade!  PENSEM.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE IMPULSOS INCOMPATÍVEIS COM A FELICIDADE (270614)

1981-Manaus-AM-(eu)-edélvio aos 46 a hÁ 35 anos atrás
Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Para Se Namorar Precisava-se de Uma Corta-Jaca
A PAZ É O ESPAÇO ENTRE DUAS GUERRAS

Estou aqui solidário com a dor de Luiz Suárez, salvador e herói da seleção uruguaia num momento, e no momento seguinte, seu bandido.  Impulsos são traiçoeiros e mensageiros de sofrimentos e prantos. As lágrimas copiosas vistas na TV, sobre o ombro amigo de alguém do seu meio, me comoveram;  mas há quem levante a possibilidade de um choro nobre, se de arrependimento, ou mesquinho se pelos castigos a cumprir adiante.

Vi também a efusão da recepção na madrugada em um saguão de aeroporto, no Uruguai, depois de uma viagem de retorno , em soledade e angústia aflitivas;  o vi no alto de seu sobrado com os filhos criancinhas, dois e pude medir o grau de desconforto desse ex-herói e  indigno-me com quem seja capaz de sacudir-lhe pedras nesse momento extremo.

Ele tem que ir para a Inglaterra ouvir a disposição do Chelsea para ampará-lo durante ausência em nove jogos e mais quatro meses sem nada produzir para seu patrono.  Pode receber perdão, pode ser dispensado.  São situações não definidas que causam dor e humilhação.  Não queiram, irmãos que me leem, ser juízes de tão nebulosa causa.  Claro, ele pensa no seu futuro, na sua responsabilidade e amor pela família, num descrédito profissional, numa depressão que se anuncia, no minguar de condições físicas, na soledade de não poder se aproximar do ambiente desportivo que tanto ama.  Se não for pedir muito, vocês que têm alma e coração, que acreditam em Deus, intercedam por esse jovem conturbado.

Ele precisa de ajuda, não sei de quem;  se de psicólogo, se de psiquiatra, se de padre, de pastor, de sua mulher, dos filhinhos, de algum amigo, de sua própria consciência, de pai, de mãe;  ele precisa se tornar menino, de sentir aconchego e agasalho.  Moralmente e virtualmente nos sintamos com esse poder e intercedamos ao Pai Criador que o acolha.

Que nos sirva de exemplo e que saibamos nós domar impulsos irracionais, usando como "tag" mental esse episódio tão constrangedor.  

Oremos em favor de Luiz Suárez, e essa oração boomerang voltará sobre nós, como agradecimento.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE 300 CONSELHEIROS AMERICANOS NO IRAQUE 250614)

Jorge-Jane-(eu) edélvio

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Defecar Era Obrar
É PRECISO MORRER UM BURRO PARA ALEGRIA DE UM URUBU

O Primeiro Ministro do Iraque, Malik recusou a proposta americana, levada pelo segundo mais poderoso doa EUA, Jhon Kerry, para incluir no Governo dessa Nova República, todas as representações religiosas ali viventes.  Este acha que esse modelo mesmo não dando certo no Líbano, País conturbado e cheio de choques políticos com assassinatos de governantes e em toda a sociedade, poderá ser uma panaceia ali, neste momento.

Antes de pousar ali, esteve no Curdistão onde vivem os Curdos, povo sem terra, habitando os confrontos das Turquia, Armênia, Iraque, Irã e Síria, sem o "status"de uma Pátria.  Por Que esse patrono não abraçou essa causa como fez com a causa israelense?  Por que  como alto representante da UE nunca vindicou pela aspiração da Turquia que tem um pedacito de seu território implantado na Europa?  Porque o que vale são os valores do momento que estão na linha dos seus interesses.  O fato é que a resposta do Presidente curdo foi, não.  Se até ali, seus interesses nunca foram da simpatia dos confrontantes nem desse hiper-herói intrometido em todas as encrencas  que existem no mundo, ële vê uma saída para sua causa pela via sunita e é por ai que ele vai.

Esse Iraque desapegado a brios hoje, desmoralizado pelo empenho Bush filho, covarde, terrorista. imoral e satânico, pela fome que sentiu pelo imenso cabedal petrolífero que ali existe, ainda chegou vergonhosamente a pedir ao seu algoz perpétuo que bombardeasse os jihadistas que já passaram das ameaças, na verdade estão se consolidando em suas terras já adonadas. Obama, para desgosto de seus patrícios e de seu congresso, não quer aventuras militares por ali.  Promete-lhes 300 conselheiros para 600 ouvidos, é pouco ou querem mais?  Já lá estão chavecando, cerca de 40 e o Kerry, que é de briga, está sentindo comichões no ponto G, e já se aproxima em uma oferta de drones que matam sem critérios, brancos, negros, mulheres, velhos e crianças e tudo que tiver a má sote de estar ali.  Obama quer aliança com Teerã, na cara-de-pau por ser um açoite permanente sobre aquela brava gente perseguida desde os albions até os infames filhos de Clark Kent.  Que eles atuem contra os alauitas da Síria, se juntem aos xiitas do Iraque e se americanizem um pouco e ganhem suas bençãos.  Ora, agora os jihadistas já ultrapassaram a fronteira en Iraque e Síria, onde querem criar um enclave com vida própria, em aliança com Al Qaeda; são 7 mil homens ali e 6 mil na retaguarda.  Por que o Obama não convence Israel a ir nessa guerra, em vez de ficarem infernizando pobres palestinos esgotadas pelo cálice que a vida lhes oferece?  

Os EUA estão em Bruxelas importunando seus 28 aliados da OTAN, cria sua, como é a ONU, também.  Será que conseguirá convencer esses otários a brigar uma briga sua no quintal alheio?ss  Por que em vez de fomentar guerras e guerrilhas, não deixa esses povos se entenderem entre si?  Por que querer cristianizar todo o mundo, democratizar quem não quer e nem sabe o que é isso?  que têm que ler seus gibis, ver seu cinema, dançar sua abestações, mascar seu chicletes e brincar de bang-bang?  Vazem de onde estão e o mundo será mais feliz.

A BOCA QUE BEIJA É A MESMA QUE MORDE, disse Suarez

terça-feira, 24 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE "TATOOS" (240614)

1981-Manaus-AM-(eu)-edélvio, aos 46 anos e Jorge Há35 anos

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Aos 30 Anos, mulher Sem Casar Tinta Dado Três Tiros Na Macaca
O PODER CORROMPE;  OPODER ABSOLUTO CORROMPE ABSOLUTAMENTE

Fala-se de grafiteiro e esses sociólogos avançadinhos deu-lhes um "status" de artistas, coisa absolutamente falsa, quando a partir dai estes vocacionados de meia-tigela assumiram esta postura e danaram-se a emporcalhar a paisagem urbana.  Você vê  um grupo, majoritariamente jovem e quase sempre nas sombras das noites, armados com esses lança-sujeiras, escalando alturas de prédios públicos ou privados, para grafar seus autógrafos, enfeiar a cidade e enlouquecer as pessoas de bom gosto, impondo sua "poiquerias".  A Prefeitura faz seu trabalho pintando o  plano de seus viadutos, deixando-os muito bonitos na unidade da cor, parecendo uma grande lousa e esses espíritos daninhos são atraídos para ali despejar os seus dejetos.

Que bom já houvesse os CCA para castigá-los e educá-los, apreendendo-os como infratores, com penas administrativas de perda da liberdade numa ordem pedagógica de tempo dobrado à cada apreensão.  O prejuízo levantado ou estimado para deixar a paisagem no modo anterior, dividido pelos insultantes, divididos pelo SM e indicando o tempo extra de privação de liberdade ou indenização completa aos prejudicados.

Mas eu quero falar sobre a grafitagem  no próprio corpo, esta onda sem conserto e até uma afronta de ordem religiosa.  Aqui, apenas uma lucubração de ordem moral, sem infratores nem criminosos, já que assumidos por vontade própria.  Significa somente uma falta de bom-gosto total, de valor estético nenhum, antes a feiurice e o espetáculo da desfiguração do que a natureza lhes deu.  Começa com a loirice desconcertante de negros e mestiços, a grafitagem com tinta preta em pele escura dando uma impressão lodosa e de sujeira que cobre dos ombros até os pulsos, que horror.  se aloja em pescoços panturrilhas, coxas, espáduas, peitos, e acho que até na mente desses desafiadores do Doador da vida e do aparelho que as há de carregar.  O nosso herói, o Jr, completamente fascinado pelo Daniel, péssimo mestre para anomalias estéticas.  Todos dois loiros, com cortes extravagantes das melanhas, e pichações corpo à fora.  Uma roupa com grife esquisita usada pelo Messi, foi copiada pelo Alves;  como pode a ausência de crítica numa olhada ao espelho, ser verdade!  Inda bem, que nossos super-heróis não tatuem suas almas.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE DUO DE ESPÍRITO /ALMA -01/31

1981-Manaus-AM-(eu)-edélvio e Glauce, ambos com 46 a.  há 35 anos atrás

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Não Se Sendo Católico Era-se Bode
CASAMENTO É LOTERIA, DESDE O TEMPO DE LABÃO;  JACÓ RECEBENDO LIA, PEGOU APROXIMAÇÃO 


Deus é Espírito em sua quintessência, abrindo mão dos cinco sentidos que deu de presente à toda a sua criação animal.  O gerenciamento do Universo é feito através da Lei Suprema panaceica:  À CADA AÇÃO CORRESPONDE UMA REAÇÃO.  Vejam a sabedoria Divina na contensão desse texto.  Nada O fará se desviar de sua Lei;  nem choro, nem vela, nem rodopios, salvo a sua misericórdia.  O Bom resulta no Bem.  O Mal resulta no Ruim.  Não tem Livro, nem Capítulo, nem Versículo.  AMÉM.

terça-feira, 10 de junho de 2014


DEVANEIOS - DE DUO ESPÍRITO/ALMA

Nove netos-virada de ano- na segurança de um lar(?)-Alto `a E  edélvio(eu)-descoberta:TALITa

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo  Em Que Evangélico Era Crente
"SIVES PACEM PARABELUM"-QUERES A PAZ, PREPARA-TE PARA A GUERRA

A carne gera a carne, mas o Espírito não gera Espírito, estes se afinizam.  O Pai Criador, a Natureza, permite na concepção que o Espírito Livre, se imobilize como Alma, para ser a chama de vida daquele corpo qie lhe empresta os Sentidos para se orientar e aprender e fazer os consertos acordados na véspera da encarnação. Cunprido o tempo do "script", o corpo se decompõe, a Alma retoma a Liberdade na condição de Espírito e retorna `a Casa do Pai para prestação de contas e recebimento de prêmio ou de castigo, conforme tenha débito ou crédito.  A grandeza de Deus está em nunca permitir um recuo do degrau onde esteve na passagem anterior.  

O valor conferido por Deus a sua criatura humana especial está na igualdade que ela tem com todas as outras criações que têm vida:  aves, pássaros, peixes e híbridos, que respiram oxigênio em engenharias próprias e bebem água, da mesma forma:  que vivem sobre e sob as águas, as terras e os ares, cada um nos espaços específicos.  Como os homens, todos são tubos que comem e descomem, que se alimentam e dejetam.  A diferença em favor da criatura que comandará o restante é a Razão e o Juízo que o homem tem e a que chamam de livre-arbítrio.  Com esses dois valores ele tem a força do animal mais bravo ao seu redor, penetra as águas mais profundas que há na Natureza e se alça a alturas imensuráveis além de onde possa ir o pássaro mais afortunado.  

Por isso aquelas criaturas são as mesmas hoje, que as de zilênios atrás, na escuridão dos tempos.  A formiguinha distribui bitocas mil vezes nas vias de ida e de volta;  Os ursos polares na gelidez do inverno branco perdem peso, produzem sua parição, amamentam e  ao fim da neve voltam aos rios para repetição dos mesmos ritos combinados.  Patos selvagens com seu longuíssimos pescoços consomem distâncias descomunais, depois de ligado o piloto automático, dormindo com aqueles adereços sobre o corpo, sendo avisado quando há um começo de discrepância de itinerário, e ele num rápido olhar  de uma altura de nove dias. reconserta a rota olhando o seu mapa de memória, infalível.

A língua de comunicação desses animais é a mesma de todo o sempre, sem sotaques e sem modas.  Sabem  dos seus viveiros, dos seus lagos, dos dias de idas e de voltas, sem trocar uma vírgula no "script".  E a todas as suas necessidades, Deus proverá.

Aos homens Deus cobra responsabilidades.  Têm mil idiomas, mil humores, mil religiões;  podem ser ternos, mas também sanguinários, flutuam entre o bem e o mal, comovem-se e choram como aniquilam perfidamente viajores iguais como essa vasta variedade de outros filhos de Deus.  Estão destruindo sua fontes de água e de alimento em busca de mando e de discórdia.  Impermeabilizaram todas as cidades e estradas com o betume que Moisés recebeu em seu cesto para encantar o Egito.  O corpo da terra perdeu a porosidade que engolia as águas chovidas, as filtrava e devolvia em fontes inusitadas no frescor dos verdes das matas e tornando as estepes apropriadas para cultivo de alimento, de achado de remédios e de algodão  e linho para se vestirem.  Como se vê, as aparições de Deus aos olhos humanos, via os seus quaternos, a água, o ar, a terra e o fogo, amarrados na síntese de éter e ser percebido com Temor religioso que se traduz em Respeito, não é assim que a insolência humana interage com o seu Criador.  Em resposta, Deus usa suas identidades na forma mais terna e mais branda até as explosões de água, fogo e vento e a rutura do solo que segura tudo, em catástrofes de terremotos e de enterração de homens, animais e produtos.  Pois creiam e temam o Comando de Deus na brisa branda, no calor aconchegante do fogo do sol, com luz ou disfarçado em arco-íris, na chuva como se fosse uma cabeleira penteada brincando de volteios;  na terra firme suportando seus pés ou nas areias fofas cedendo e sibilando num barulhito quase inescutável.  Deus transforma esses carinhos numa volúpia indomável de incêndios, de borrascas, de tufões cônicos de alturas abismais arrasando tudo em seu caminho ou no abatimento de uma avalanche aterradora.





domingo, 22 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE EGITO E EUA (220615)

1979-Belém-PA-(eu)-edélvio e Glauce, ambos com 44 a.  Há 37 anos atrás

Tenho Cara De Antigamente, Sou do Tempo Em Que Quem não Tinha Um Braço Era Cotó
TUDO VALE A PENA QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA

Tintoretto

Estamos no Egito há duas semanas do Governo de Al Sisi, lá posto por uma engenharia americana em que passou de General para Marechal, tendo sido derrubado o mubarak depois de quarenta anos de preciosos serviços prestados aos "states".  O primeiro Governo democraticamente eleito no Egito durou apenas um ano, até 03 de junho de 2013, deposto e preso por uma Junta Militar.  

O Secretário de Governo dos EUA, John Kerry, segunda maior autoridade deste País, assim falam as manchetes de jornais, dando a impressão que é real, do poder de mando que têm sobre esta Nação.  As penas de morte feitas às centenas e no atacado, com 1.500 mortos e quinze mil prisões neste último ano; O ex-presidente Morsi é um dos que estão com pena de morte decretada.  

Obama está levando, porque não quer ser crucificado como mentor dessa convulsão, por conta dos US-1.500 bilhão de ajuda militar, US-517 milhões e mais dez helicópteros Apache.  Imaginem, o Al Sisi foi eleito com 96,9% de votos, como(?).

Com essa nova paisagem, que o mundo espere a calma por ali, porque não existe melhor abano contra o calor, que este leque de dólares que sabe Deus como serão fatiados.

Na Guerra Fria, chamar-se alguém de subversivo era o mesmo que hoje tacar-se o epíteto de terrorista, a uma pessoa ou a um grupo.  É morte certa.


sábado, 21 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE AMERICANO NÃO TEM BUNDA (210614)

1980-Manaus-AM- Glauce-(eu)edélvio-ambos com 45 a. HÁ 36 ANOS ATRÁS

Tenho cara de Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Legal era Batuta
PRIMEIRO TE IGNORAM, DEPOIS TE COMBATEM, E POR FIM VOCÊ GANHA

(M E M Ó R I A S)

Era uma vez em 1942, eu com sete anos, e o missionário Harold Schaly chegando a Recife e indo morar   no bairro das Graças com a família e Dorothy, a filhinha, pouco mais ãova que nós, os quatro irmãos, de seis, sete, oito e nove anos.  A D. Áurea, professora do Admissão no CAB, afro-brasileira namorando o "seu" Jorge, um português caixeiro de uma livraria na rua Nova, nem sei porque e como, em nossa casa, para apagar o assanhamento em quatro, ansiosos para brincar com uma criancinha americana, previamente nos passou um carão:  pra não falarmos "bunda", na casa da gringa.  Não dormi, querendo e precisando me explicar como era uma pessoinha sem bunda.  Estava certo que eram assim , os americanos.  Que zelo excessivo da nossa pedagoga, hein?  Não lembro se em nossas incursões, em algum momento foi preciso invocar essa incômoda companheira, mas tive o cuidado de examinar, com a vista é claro, se a menininha tinha uma, depois examinei seu pai, com muito respeito, e a família toda.  Eram todos sãos e até hoje acredito nisso.

Não sei porque quando essa gente chegava, tinham postura de reis e nós brasileiros fazíamos o papel de servos.  Era guerra, e um dia ei vi meninos, eu vi, já que toda a parte de cima do casarão era habitada por D. Elisabeth, inglesa, e o marido Dr. John Mein;  em baixo, no jardim, dois capitães-médicos, um com a farda do exército brasileiro e outro com o garbo da farda ianque.  Não sei se um, ou os dois, fumavam, mas o cheiro era maravilhoso e como se tratava de uma infração religiosa, vista por mim, me fascinava,  Um deles era o Bob, o outro não lembro, porque o Davi eu ainda não conhecia e o Gordon, Diplomata, foi metralhado e morto por um guerrilheiro, na Guatemala;  mas isso já foi depois da guerra.  Lembro-me, já que àquela idade eu andava solto para onde queria ir, que o Diretor do CAB, o Dr. Menezes, morava numa casa dentro da grandiosa amplitude daquela antiga chácara, tudo no estilo radical americano.  Dos fundos do corpo do ginásio com seu internato masculino, saia uma calçada a perder de vista, toda coberta por um telha vermelha, cinematográfico, passava pela casa do Diretor, com janelas e portas duplas pregueadas de telas de arame fino pintados de verde, onde se abria uma porta, entrava-se, a fechava pelas costas e em seguida abria-se a segunda para adentrar o lar, não brasileiro.  Fora isso muita hera verde grudada às paredes externas e muitos badulaques redondos, balançando com plantas e trepadeiras.  Eram umas sete da manhã de um calendário em férias, e eu, livre como uma borboleta, vi o Diretor aspirando sonhador, um cigarro.  Eu, inspirado, já sabia o que poderia falar ou não, dos meus flagrantes.  O serpe corredor continuava até o enormíssimo salão onde meu Pai, fora das férias, era lector. Naqueles dias do mês junino ele servia para reuniões anuais da Junta Evangelizadora,

Outra, na casa do Dr. Hayes missionário pai do Tame e do Cristóvão, esse colega da mesma idade que eu que corria pelos nove anos mais ou menos. Era um toró de marinheiros americanos de fardas brancas, gravatas pretas e boinas redondas também brancas.  Era dezembro e a casa do meu amigo estava assim, ó;  todos, barulhentos na algazarra parecendo uma trempe de colegiais, empregando suas energias na ereção da enorme árvore de Natal, com bolas coloridas, tudo "parecidin" com os filmes de época.  Na casa havia um bauzão enorme de tampa abaulada, e lotado de maços de cigarro chesterfield, look-strick, camel e não me lembro de outras marcas.  O Cristóvão pegou um deles e fomos para um pomar na parte baixa do refeitório do internato do CAB;    tinha ali, manga, sapoti, goiaba vermelha e da china, caju, pinha e era um cheiro estonteante de contos infantis e de inocências extasiadas com belezas que são para ser vividas.  A exceção, o vil tabaco, mas só para nós da terra.  Trepados numa goiabeira fumávamos, ríamos e o Cristóvão era um menino como eu, sem diferenças.  Ele se entendia comigo em seu português, sem protocolos.  Me despedi e rumei para casa.  Espremia sob os pés os "ficus Benjamins" , mas erã bem melhor se tivesse calçado. Desci aquela alameda sombreada, ultrapassei o altíssimo portão de ferro, embiquei no Tabuleiro da Baiana, atravessei a rua e entrei em casa;  Pra quem às sete estava na traquinagem, e agora estava pelas onze horas, dei de cara com Papai, ele farejou e bingo, sentiu meu belo bafo de fumante;  ele tinha que pegar leve, o cigarro era americano;  não era assim o contrato explícito dessas arruaças!  Que nada;  me olhou com o seu estrabismo divergente, transpirou Novo Testamento e falou em grego, já que era professor dessa língua morta;  palrou:  lava essa boca e no caminho de volta trás a palmatória de escovar minha gabardine.  A alegria do leãozinho aqui, como ele me chamava, desmilinguiu-se;  as palmadas valentes soaram pra não se deixar ouvir nenhum pedido de socorro.  Aprendi e hoje sei que americano tem bunda, sim senhor.

DEVANEIOS - DE MEUS 9 ANOS - (1) 03 /52

1980-Manaaus-AM-Glauce-(eu) ambos aos 45 a
Tenho Cara de Antigamente,  Sou do Tempo Em Que Bacana Era Batuta
EU DEVO TANTO, QUE SE CHAMAR ALGUÉM DE MEU BEM, O BANCO TOMA

DEVANEIOS - DE MEUS 9 ANOS (2)


Estão vendo aquela rua lá?  Ela se chama Joaquim Nabuco, mas bem poderia ser rua do  Sem Fim.  Prestem atenção no que os fotistas chamam perspectiva, a profundidade da paisagem, nas paralelas que se encontram no infinito.  Ali, seis dias da semana, com um pesito de nove anos eu ia e voltava até a padaria e não aguentava de canseira.  Barganhava com Deus e dizia:   Meu bom Deus, vamos fazer um negócio?  Eu tenho que ir e vir, num é "mermo";  ai dava um pulinho e um semivolteio, e agora estava com as costas na ida e a frente na vinda e falava:  Se eu fizer assim eu já estou de volta com pão e tudo;  legal?  Não, respondeu o Senhor;  menino esperto hein?  E deu três toques no meu juizo.  Enfadado e vencido encetei viagem e comigo estava aquela irmã chata que me puxava o cabelo;  dei-lhe um beliscão nas costelas e segui.  

Logo ali adiante ia encontrar o meu destino, como se tivesse dado três pancadinhas em alguma madeira, segundo Saramago.  Era o aramado de frente de uma casa, longuíssimo e armado de florzinhas pequenininhas e azulzinhas;  era na verdade um buquezinho destas florinhas que eu chamava de nuvens e eram muitas.  Enxerguei por entre as brechas que uma branda brisa buliçosa deixava entrever, um rostinho lindo de viver, branquinho e redondinho com dentes pequenininhos que com algum acanho se escondiam.  Os lábios rosados enmorrecentes formavam a linda boquinha que guadava aqueles dentes.  Para aumentar a paixão louca que de mim se apossou, a lindíssima donzela passou uma ingua cor-de-rosa, só a pontinha entre os dentes e a liberdade, e a luz que dali se espargiu, iluminou pequeninos pontos de sardentos pretos sobre o branco, que me perfilou sereno!  Estava apaixonã d-o-dó.  Só não dançei porque a implicante puxadora de cabelos estava defronte de mim, mas mesmo assim dei-lhe um chute na canela.  Ela que se comportasse e não atrapalhasse meu casamento que nóis ia se casar.  

A bela santa cujos olhos cintilavam perguntou como Marta perguntava a Jesus de Nazaré:  Como é o seu nome?  E eu respondi; aceito sim Senhora.  Eu queria casamento pra já.  Eu delirava e minha irmã espalhafatosa me segurou pelo nariz e sentiu que eu estava com febre, porque me conhecendo como conhecia sabia que minhas explosões de amor eram essencialmente narigais.  Gioconda foi o nome que dei à minha namorada, mas eu já a  chamava de de Gioca e ela gostava.  Se aproximou e passou a sua dextra na minha face cavilosa;  ficaram duas listras brancas no meio da sujeira que me acompanhava.  Desmaiei, mas antes dei dois beliscões nos dois pequenos peitos de minha antipática irmã.  E com vergonha do desmaio, pedi desquite e me separei para nunca mais voltar.

Fumos, pegamos o pão e regredimos pela calçada contrária para não haver recaida.  Quando passei defronte do cobertor de nuvens, virei o rosto pra parede que me acolhia e assoviava com estridência com espírito de zombaria;  minha testa estava na parede mas meus olhos reverteram-se para trás e nada enxerguei porque estava olhando para dentro de minha caveira;  como eu tinha medo de caveira, disparei na carreira com a bestada atrás de mim, e cheguei em casa antes dela.  Miserável, gritava eu, me deixaste viuvo antes mesmo de me casar.  Vou te rogar uma praga:  hás de casar com o primeiro jumento da vizinhança que por aqui aparecer pedindo teu casco em casamento.

DEVANEIOS -DE MEUS 9 ANOS - (2) 03 / 43

1977-Belém-PA-(eu)-edélvio-aos 42 a hÁ 39 ANOS ATRÁS

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Se Falava Oxente, Oxe, Oxe, Oxe
TUDO É RELATIVO, EXCETO ESSA ASSERTIVA

(M E M Ó R I A)

DEVANEIOS - DE MEUS 9 ANOS (2)



Estão vendo aquela rua lá?  Ela se chama Joaquim Nabuco, mas bem poderia ser rua do  Sem Fim.  Prestem atenção no que os fotistas chamam perspectiva, a profundidade da paisagem, nas paralelas que se encontram no infinito.  Ali, seis dias da semana, com um pezito de nove anos eu ia e voltava até a padaria e não aguentava de canseira.  Barganhava com Deus e dizia:   Meu bom Deus, vamos fazer um negócio?  Eu tenho que ir e vir, num é "mermo";  ai dava um pulinho e um semi-volteio, e agora estava com as costas na ida e a frente na vinda e falava:  Se eu fizer assim eu já estou de volta com pão e tudo;  legal?  Não, respondeu o Senhor;  menino esperto hein?  E deu três toques no meu juízo.  Enfadado e vencido encetei viagem e comigo estava aquela irmã chata que me puxava o cabelo;  dei-lhe um beliscão nas costelas e segui.  

Logo ali adiante ia encontrar o meu destino, como se tivesse dado três pancadinhas em alguma madeira, segundo Saramago.  Era o aramado de frente de uma casa, longuíssimo e armado de florzinhas pequenininhas e azulzinhas;  era na verdade um buquezinho destas florinhas que eu chamava de nuvens e eram muitas.  Enxerguei por entre as brechas que uma branda brisa buliçosa deixava entrever, um rostinho lindo de viver, branquinho e redondinho com dentes pequenininhos que com algum acanho se escondiam.  Os lábios rosados  formavam a linda boquinha que guardava aqueles dentes.  Para aumentar a paixão louca que de mim se apossou, a lindíssima donzela passou uma língua cor-de-rosa, só a pontinha entre os dentes e a liberdade, e a luz que dali se espargiu, iluminou pequeninos pontos de sardentos pretos sobre o branco, que me perfilou sereno!  Estava apaixona d-o-dó.  Só não dancei porque a implicante puxadora de cabelos estava defronte de mim, mas mesmo assim dei-lhe um chute na canela.  Ela que se comportasse e não atrapalhasse meu casamento que "nóis" ia se casar.  

A bela santa cujos olhos cintilavam perguntou como Marta perguntava a Jesus de Nazaré:  Como é o seu nome?  E eu respondi; aceito sim Senhora.  Eu queria casamento pra já.  Eu delirava e minha irmã espalhafatosa me segurou pelo nariz e sentiu que eu estava com febre, porque me conhecendo como conhecia sabia que minhas explosões de amor eram essencialmente narigais.  Gioconda foi o nome que dei à minha namorada, mas eu já a  chamava de de Gioca e ela gostava.  Se aproximou e passou a sua destra na minha face cavilosa;  ficaram duas listras brancas no meio da sujeira que me acompanhava.  Desmaiei, mas antes dei dois beliscões nos dois pequenos peitos de minha antipática irmã.  E com vergonha do desmaio, pedi desquite e me separei para nunca mais voltar.

Fumos, pegamos o pão e regredimos pela calçada contrária para não haver recaída.  Quando passei defronte do cobertor de nuvens, virei o rosto pra parede que me acolhia e assoviava com estridência com espírito de zombaria;  minha testa estava na parede mas meus olhos reverteram-se para trás e nada enxerguei porque estava olhando para dentro de minha caveira;  como eu tinha medo de caveira, disparei na carreira com a bestada atrás de mim, e cheguei em casa antes dela.  Miserável, gritava eu, me deixaste viúvo antes mesmo de me casar.  Vou te rogar uma praga:  hás de casar com o primeiro jumento da vizinhança que por aqui aparecer pedindo teu casco em casamento.



DEVANEIOS -DE MEUS 9 ANOS (3) 03 / 22

1977-Santarém-PA-(eu)-edélvio aos 42 a
Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Perfume Era Extrato
AS PALAVRAS TÊM PODER

terça-feira, 6 de maio de 2014


DEVANEIOS - DE MEUS 9 ANOS (3)

1940/1945 (1942)

Olhem a sombra ao pé do casarão onde morei durante seis anos;  Pode ser onze horas ou treze horas, mas era o ano de 1942 e eu tinha nove anos.  No lado da sombra estava a porta de entrada;  na frente ensolarada, três janelões num quarto imenso onde dormiamos quatro crianças e duas primas; No primeiro andar, Dr. John Mein, americano e D. Elishabeth, inglesa.  Ali curti dos seis aos onze anos, tempo da Guerra.  

Minha irmã Marlu tinha uma amizade grudenta com a Sônia Correia Lins, irmã de Sílvio;  gordinha, baixinha, miopezinha e educadazinha;  morava no bairro de Espinheiro, mais ou menos próximo de nós,  lugar chique em casa com paredes externas cobertas de hervas trepadeiras verdíssimas e vinha todos os dias `à tarde, de bicicleta, fruta rara e capaz de abrirem-se todas as janelas de uma rua para apreciá-la.  Não existindo as expressões de hoje, como legal e bacana, dizia-se batuta.  Não tinha luxo e me deixava ficar naquela calçada em sombra, indo e vindo com a sua máquina quando minha altura pouco dava para lhe sustentar os dois  guidãos.  Em tempos de guerra, ali era tempo de paz;  não havia riscos quanto aos bondes nos seus trilhos,  não havia malfeitor nem ladrões. Como pode o comportamento das gentes em setenta anos mudar de ótimo para péssimo, de se ver a maldade das almas expluirem assim para infernizar um antigo céu! A Sônia hoje é uma Dentista ai no Sul e a Marlu, uma pedagoga aqui no Norte.  E a vida surpreendendo `à todos.

Naquele tempo ainda havia a praga da tísica que ceifava muitas vidas ainda jóvens.  Dizia-se de gente perguntadeira, que tinha ouvido de tubrculoso.  Era uma doença tão marcante e tão temida pelo medo de contaminação, pelo nojo que causava o catarro amarelento do escarro que era um sofrimento moral bravo de quem tinha  a má sorte de possuir  esta doença.  Porisso ficavam de orelhas espertas e em pé para verem se estavam sendo notados e discriminados.  Minha querida Tia Maria, irmã de meu pai, casada com um homem boníssimo de alma e coração, o Tio Luiz, saiu do Pina e foi pra nossa companhia naquele casarão;  Ficava conosco os seis meninos naquele imensidão de quarto, com minha mâe como enfermeira e sua auxiliar, d.Maria da venta-chata, negra da antiga escravidão, de carapinha inteiramente branca, queridíssima de todos nós, nas aflições e nas alegrias.  O meu querido Tio Luiz também tinha uma bicicleta e na garupa um enorme cesto quando ele chegava diariamente carregando uma infinidade de verdes para amada mulher, num amor mais próprio daqueles tempos.  Assim foi e se mudaram para Vitória de Santo Antão de clima apropriado para estes males.   Quente como é o Nordeste, mas ao cair da tarde, repentinamente a temperatura desaba para bate-dentes comuns naquelas plagas.  Viveram muito os dois e num momento voltaram para sua casa, no Pina;  num outro momento ambos atropelados por um auto se despediram juntos, deixando órfãos seis filhos queridos.

Enfim meu queridíssimo Tio Amaro, irmão da Tia Maria e do meu Pai.  Modesto, no nosso casarão, num mês de junho chuvoso, com cheiro de pólvora e enorme fartura de milho verde, de canjica, de pamonha e de balões hoje proibidos, numa enorme belezura.  No quintal de nossa casa, um mundão de mangueiras, Rosa, Espada e manguitos comuns cheirosos como se fosse um fruto-copo cheio de refresco.  Que infância maravilhosa. Meu Pai, o Pastor Lívio, fechava um pouco os olhos contra a sua ranzinzice religiosa  e até uma fogueira em qualquer São João, fizemos.  Numa algazarra meio torta, parecendo festa junina e também festa natalina, enchiamos frasquinhos pequeníssimos de extrato que era o nome do que hoje é perfume, então passávamos extrato em vez de "sprayar" perfume, com papel crepom de várias cores, que a qualquer toque de água coloria o conteudo dos frasquinhos que estavam amarrados nos galhos secos de mangueira, para quem quisesse levar, e alegrar os coraçõezinhos de nossa fraternidade infantil, pelo reconhecimento das gentes grandes de que nós existiamos.  Meu Tio Amaro, de pouco falar, de uma predileção especial por mim, desde eu depois de casado e já com sete filhos, ele nos visitando, fazia desenhos com um garrancho na areia dura em redor da fogueira, sempre de rostos em perfil, como só os egípcios sabiam fazer.  Meu amado tio, um dia deitou alegre junto de sua Nicinha e acordou pela manhã, morto.  Não incomodou ninguém na sua passagem, era homem de bem.



DEVANEIOS - DE JESUS, O CRISTO (210614)

1977-Olinda-PE-Suzzie, Gil, Rico, Fernando, Jorge e de boné, (eu)-edélvio aos 42 a há 34 anos atrás

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que G "Ô  gente" Era 0xente
AQUI SE FAZ, AQUI SE PAGA

Ao contrário do que se pensa, cristo em vez de ser um sobrenome, é um aposto explicativo e também vocativo.  É uma palavra depreciativa, de puro deboche, dada pelos hebreus(judeus) a um Jesus, nome muito comum naquele tempo,  como escárnio por estar se apresentando como Messias, que significa Enviado por Jeová.  Cristo, tem o sentido de escrachado, esfregado, maltratado ao modo de escravo.  É um epíteto desfeiteante.  Essa infâmia gritante e constante colou-se ao nome de identidade do Jesus, e incorporou-se.

Isso só aconteceu no seu retorno à Jerusalém, quando tinha já trinta anos de idade, pois aos oito anos, quando já discutia com os doutores no Templo, menino prodígio que ele era, sumiu-se.  Passou vinte e dois anos ausente e documentos apócrifos apontam que esteve congregado a uma seita Essenica, nas proximidades, mas a Igreja Romana que compilou os Evangelhos(notícia, boa nova), não confirma isso.  Essa Comunidade que o aceitou, só recebia homens, se abrigava sob cavernas rochosas e faziam, isolados, exercícios espirituais.  Um grupo permanecia no internato para cuidados domésticos e outro, o de Jesus, chamado de terapeuta, os que curavam com as mãos, faziam esse trabalho piedoso onde fosse solicitado, extra-muros.  Dai, possivelmente, os tantos milagres com as mãos que notabilizaram Jesus, agora chamado de Cristo.  

Fosse hoje, seria identificado como Sensitivo, haja vista o episódio com uma mulher hemorrágica, no ruge-ruge de uma multidão compacta que O acompanhava, quando Ele sentiu que lhe roubavam alguma virtude e repreendeu a tal mulher. Curada, Ele a abençoou e ela chorou.  Durante esses três anos na volta, Êle sarou corpos e almas, criou uma Igreja e rendeu-se no Calvário, reintegrando-se à origem, cooptado ao Pai, na essência de Seu Espírito.

Jesus Cristo, semelhando às mitologias antigas, principalmente a grega, seria um semi-Deus, parido normalmente  por uma mulher, seguindo todo o ciclo humano de desenvolvimento, e o lado Divino aflorando na desenvoltura de uma criança especial, com Mistérios de desaparecimento e retorno inexplicáveis, além do prodigioso labor rodeado de milagres também sem explicação, e a rutura da vida humana com dor e exclamação, como se de medo, ao Pai, .na mesma hora em que prometia perdão e redenção ao Dimas, ladrão recém-convertido, numa cruz ao Seu lado.  O Cefas, outro fora-da-lei, do mesmo modo crucificado, não O aceitou e ali ficou.  Sintam, num só momento ali, local do suplício, os gestos cambiantes de homem e Deus.

O Deus-homem, com furor incontrolável, na frente do Templo, de açoite na mão, castigou os vendilhões de aves e animais que iriam ser sacrificados, como se presenciasse a crueldade daqueles atos, e os proibindo definitivamente.  Em outra vez, no mesmo lugar, poderosamente irritado, verberou contra os fariseus  hipócritas, comparando-os aos dejetos pútridos dos sepulcros.  Eis ai o Homem-Deus,





















































sexta-feira, 20 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE NOVAS LEIS E ELEMENTAIS - 4/35 (200614)

1977-Obidos-PA-Rio Tocantins-(eu)edélvio aos 42 a.  Há 39 anos atrás

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Filme Era Fita
NÃO IMPORTA QUE A MULA MANQUE, BOM É ROSETAR

sexta-feira, 28 de março de 2014


DEVANEIOS - DE NOVAS LEIS E DOS ELEMENTAIS

Novas Leis para consolidação da Paz Social
Crime contra agente público acrescida de um quarto da pena, e de agente público contra civil, idem;    redução em até um quarto da pena, por doação de órgãos;   ajuda para combustível igual  à  média válida do taxímetro, ida e volta dos endereços mais próximo e mais distante, só para dias úteis de trabalho, tendo ou não, automóvel;    Residência obrigatória na cidade onde presta serviço;   Nada de base eleitoral, já que o voto não é obrigatório e a atividade política é registrada pelo voto aberto e impressa obrigatoriamente nos três DOs onde trabalham esses serventuários;  suspensão de bolsas de qualquer espécie;  retificação do valor das aposentadorias, com restituição imediata do furto involuntário em seu valor que deverá ser sempre especificado em numero e fração do SM, bem como a anulação da infame lei que desvinculou o uso de tal referência para concessão deste benefício ou de qualquer outro;  (continuem nos abastecendo com sugestões para novas leis com esse espírito)

Dos quatro elementais é a Terra o palco onde se desenrola as ações da Água, do Ar e do Fogo.  A Terra sustenta os mais de setenta por cento da Água do Planeta.  Em área descoberta é alcançada pelo Ar em todas as suas representações, do sopro sutil até a tromba hostil e destruidora.  Suporta a ação do fogo ralo, em atrito de raios e em volume avassalador sobre todo tipo de vegetação, desde a gramínea até frondosas e altaneiras árvores.  Ela é lodo, é areia, é lama, é pedra, é rocha, é frouxa, é compacta, é sugante, é açoite, é gelada, é escaldante, alimenta e amortalha, produz riqueza e energia, é abrigo e relento, acolhe lágrimas, urina e fezes e transforma isso em fertilizantes,  constantemente é pisada, removida, entulhada mas cumpre sempre sua missão de mãe natureza.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

DEVANEIOS - DE VÂNDALOS, VOLTANDO OU CONTINUANDO(?)

1978-santarém-PA-(eu)edélvio aos 43 a.  Há 38 anoa atrás

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Enxerido Era Metido
AI  DO MEU DEDO , SE ADOECESSE E NÃO DOESSE

Mmemória dos vândalos de um ano atrás.  Tinham dado uma trégua e agora rerudesceram.  É uma tristeza e uma desmoralização na área da Segurança Pública.  Se eu fosse miudamente relacionar os remédios que recomendei já há três anos antes, também nem iria me aguentar.  De lá pra cá, sempre nas fases agudas de retornos, muitas manchetes, muitos lero-leros e nenhuma inovação, nenhuma ousadia e parece que só a vontade de fazer a turba se calar.  Nos fatos de ontem, 180614, uma réplica do que foi no começo dessa novidade;  movimento popular de reinvidicação de qualquer coisa, moda de direitos da qual o governo se auto-elogia de respeitar, e de repente, fazendo parte do espetáculo constantemente, os tais mascarados, antiga juventude transviada, rebeldes sem causa, dando prejuizos incalculáveis a patrimônios público ou privado, e pasmem, o que aconteceu no dia anterior;  dez mercedes-Benzs, veículos de alto luxo, depois da exposição rebentada, êles totalmente destruidos.

Minha recomendação foi de um Ministério de Segurança Pública imediatamente, após a deletação de no mínimo 26 ministerinhos.  O Ministério da Justiça não tem afinidades com esse.  Ficaria no topo do Governo Federal, aglutinando todas as Secretarias Estaduais do mesmo ramo, com uma porosidade de cobertura de toda a geografia da Federação, homogeinizando o "Modus Operandi" da área que é tão importante como as de Educação e Saude.  A Dilma se fizer isso agora, estará dando uma bordoada nos concorrentes  à  sua Cadeira, daqui a pouco.  Crie-se leis, com urgência, quando faltarem, para serem ágeis nas medidas imediatas.  Pois bem, os mascarados da hora, que só por esse fato, legalmente já seria indiciado, foram todos soltos, maiores e menores, para responderem judicialmente, repousando em seus redutos.  A maioria não tem reuneração necessária para pagar uma porta arrancada, no seu divertimento macabro. Quanto custa uma Mercedes daquelas?  Pois que se pegue o valor exato ou estimado do prejuizo, divida-se pelo números dos anistiados;  divida-se pelo valor do SM e se terá além do quanto para idenização aos prejudicados, com uma taxa a ser explicitada, que ficará com o Estado, o tempo de reclusão de cada periguete no caso de não estar esse dolo inscrito no CP, ou entre as duas, o Juiz opte , obrigatoriamente pela apenação de maior tempo de perda de liberdade.

Toda essa dinheirama gasta com Copa daria talvez para levantar fisicamente os CCA(Complexo de Casa de Apenados), um em cada Estado e no DF, e futuramente mais um segundo em cada segunda cidade mais populosa de cada Estado, num total de 53.  Estará resolvido o problema carcerário vergonhoso do Brasil e que é uma necessidade para a Paz Social.  Abrigará criminosos e infratores, maiores e menores de idade, homens e mulheres, sem promiscuidade, em celas de 2.5mts de alto, largo e fundo, indevassáveis e individuais, para cumprimento integral da apenação, na qualidade de Cidadãos Especiais, nova categoria civil provida por Lei.  Em cada CCA um Forum de Justiça funcionando em três turnos de 8 horas, cada.

Prestem atenção Srs. Deputados e Senadores e Sra. Presidente da República.  Isto é trabalho pra homem macho e mulher macho, também.  O problema carcerário, apenas êle,  está sendo estudado no Instituto Innovare, pelo período de um ano, partindo de agora, dada a excepcional importância do Tema.  Temos lá presentes o Dr. Gilmar Mendes do nosso STF e o Sr. Ministro da Justiça.  Espero que juntem forças, já que isso é da alçada política, e lancem um toró de idéias, muito melhores que as minhas, para fazer do Brasil um Jardim do Éden.

Dois exemplos de DEVANEIOS que se tornaram atos no âmbito político.  Um são e outro muito doente.  Juscelino criando Brasília na sua dualidade, numa loucura de Anjo.  E Collor se tornando Presidente do Brasil, montado num partidinho criado por ele e o resto, no grito.  Uma satanagem com ar de milagre.  A cada ação uma reação.  Sou minuncente e tenho essas minúncias em um livro de 325 páginas, tudo com relação `a esse Éden, mas não tenho padrinho para editá-lo.  Gostaria de lançá-lo no saguão do Congresso e que cada Excelência adquirisse um, mas que não fosse lido como não se lê a Bíblia.  As idéias eu as dou de graça a quem queira liderar e seja apto para isso, com uma única exigência, que seja probo.


DEVANEIOS - DE CHUVA COM SOL (190614)

1985- São Paulo-SP-(eu)edélvio aos 50 a. Há 31 anos atrás

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Inserido Era Enxerido
POR QUÊ A MATA É VIRGEM?  PORQUE O VENTO É FRESCO

"Chuva e sol, chuva e sol, casa raposa com seu Rouxinol".  Essa cantiguinha de criança acompanhava cada chuvinhada com sol claro;  era o delírio multicor de uma cortina de água semelhando uma cabeleira molhada com marrafa correndo de alto a baixo, toda bem penteada.  Seriam os cabelos da Virgem Santa?  Reflexos rosa e azul-claro, roxo brando também, branco às vezes, reluzentes sem empanar a luz do sol.  Apareciam os riscos dentados do pente e se ondulavam ora à direita, ora à esquerda, ora jogavam uma perna à frente,ora a outra e era esse espetáculo que Deus me dava.  Algum chuvisco me beliscava a cara;  eu queria mais, além das cores, dos movimentos e do terma, quando vi aquela paredinha fina como uma tela descer até o chão duro da terra;  subiu uma fumaça se sorrindo, o solo amarelo foi se empretecendo, estava matando a sede e absorvia a água colorida, muito alegremente;  foi ai que senti o cheiro de terra molhada, fraquinho, mas foi tomando e  eu o aspirava profundamente.  Deus motorava meus sentidos.  Resolvi ver melhor o sol brilhando e devagar para não partir a linha do pano-água, com os dedinhos de leve,os abri e olhei de frente o sol morno mas não ardente;  ele olhou pra mim e se riu, despremeu os lábios e sorriu;  que dentes brancos;  eu também sorri e acenei a mão; ele marotamente me piscou um olho, encheu as bochechas e assoprou;  balançou a cortina corrente e ela remexeu alegremente, como agradecendo a brincadeira, e ai, meninos, eu vi;  os cabelos do sol eram loiros e ele os balançava pra cima e pra baixo, dos ombros até a cabeça.  Juntei tudo, o cheiro da terra, o mormaço do sol e recuei deixando aqueles cabelos me açoitarem;  os meus, amarfanhados, foram pregados na minha cabeça e no rosto.  Delirei com aquele presente e me assustei com o grito esganiçado da mãe! -- menino, sai da chuva que tu vai se constipá.  Mas eu, nem ai;  queria mais era brincar com Deus, com a chuva miudinha e com o deboche do sol;  ah, ia me esquecendo;  com o ar cheiroso que entrava de venta à dentro.

Hoje, quando chove, fecho a janela;  se venta, levanto as abas e se o sol me quiser dizer alô, taco uns óculos "ribânio" em cima dos olhos, agora já azulando;  não cheiro o ar, o nariz tá entupido.  Por quê as crianças sempre estão perto de céu e nós no nosso outono, complicamos tanto esse achego?  Ah pureza, inocência, carinho, riso-frouxo, confiança, tristeza de criança que faz adulto chorar.  Se as crianças não crescessem, se fossem sempre um menino Jesus;  se ficassem um pinóquio com seu grilo falante;  se parassem como o Pequeno Príncipe regando suas plantinhas!  Ah, se fosse assim!