sexta-feira, 16 de junho de 2017

DEVANEIOS - DE HOJE O QUE JÁ FOI ONTEM (080615)

ALGUMAS LINHAS QUE NÃO SE POSSAM LER, CLIQUEM DUAS VEZES, NO FINAL.

segunda-feira, 8 de junho de 2015


DEVANEIOS - DE HOJE O QUE JÁ FOI ONTEM (080615)

Tenho Cara De Antigamente, Quando "Vôtes" Significava "Sai Pra Lá"
ISSO AI EM CIMA SÃO BOBICES QUE ME AGRADAM
Bambual Japon

Há exatamente um ano atrás eu cometi um ensaio com o título de "De passados se forma o hoje", que estou replicando agora para quem gosta de  replicância, que a temperança é o melhor remédio para educar filhos pequenos.  Vão devagar, não os podem demais ou os aleijam.

DE PASSADOS SE FORMA O HOJE

1963-edélvio(eu)aos 28 anos
Tenho Cara De Antigamente, Sou do tempo Em Que Cigarro Bom Era O Belmont
REI MORTO, REI POSTO

Olho meu retrovisor e vejo:  Cigarros que fumei - Yolanda, Astória, Continental, Belmont e Asas.  C. Americanos-Chesterfield, Camel, Look Strick.  Tecidos que usei-S-120(Linho Inglès, década de 1950) e ainda Linho Diagonal e Taylor, todos da mesma origem e brancos, e quanto mais machucados, mais lindos e a excelência da coisa era o prazer de distinção que causava.  A gazemira ou casimira, sempre marrom e o Tripical azul claro ou escuro, de vinco seguro , como nos outros tecidos, e tudo era um luxo só.  Só sabe qem os conheceu, os sentiu e os usou.  Os tênis-Ki Chute, Bamba, Conga e Pão-doce.  Tá ai, coisinhas prá deixar saudades.

Não existia "jeans" nem lojas com confecções industrializadas;  em compensação existiam os alfaiates e camiseiros, hoje raríssimos e artistas artesãos de prêço caro para satisfazer e enganar circunferências e latitudes um tanto exageradas.  E a moda era "americana";  camisa americana quadrificada ou de cores berrantes e espalhafatosas;  aniversário americano, pelo tal do "ponche", uma enorme terrina com suco de frutas e que cada um ao redor que pegasse um copo e uma concha enorme para se servir.  Essa papagaiada americana de chapéu com cone na cabeça, também inveção vinda pelo cinema americano, ainda não tinha chegado aqui;  graças à Deus.  Mas Swing e Boogie Woogie jã estavam nas rádios abafando o noso zabumba.  A primeira versão do Boogie Woogie deu muito dinheiro à Elza Soares, ao Silvinho arrastando as sílabas e outros mais, e fazia parte da "política da boa vizinhança" no programa de colonização americana, aqui no Brasil-macaco.  

Nas matinés dos domingos, cheiro forte de "bidubin" crocante e cozinhado, na primeira fila de bancos onde a meninada  gritava endiabrada torcendo pelo "mocinho", pela "mocinha", pelo "doidinho", pelos tiros de bandidos e xerifes abilolados, fazendo um salseiro barulhento e feliz, como são essas aglomerações de crianças, na pura inocência de ver as figuras na tela, de baixo prá cima, sem peocupação com o roteiro ou que história lhes estivesse contando, e ali estava eu.  Como sempre, só, no meio da multidão, cirtindo entre um riso e outro, o clima de pecado que me apavorava. Pecado já era o antro cinema.  Quanto perdão eu pedia a Deus pelo infausto, ainda mais sentindo minha hipocrisia de já estar antegozando o pecado do próximo domingo.

Perdoa-me Pai, eu ainda te peço hoje, nas vésperas dos oitenta anos, pelas lições de dissimulações que aprendi, na ânsia de apenas querer ser feliz.  Temperança na hora de educar é ainda a melhor medida para ensinar.  Não assustem suas crianças nunca, principalmente usando o nome de Papai-do-Céu.  A candidez de um menininho é o estágio que Deus escolhe para Êle próprio bincar de Criança.  O crescimento, o amadurecimento vai aos poucos tornando opacos essas cores celestes.




Nenhum comentário:


Nenhum comentário:

Postar um comentário