Tenho Cara De Antigamente, Quando Pobreza Desumanizava
POBREZA E MISÉRIA ERAM A MORTE EM VIDA
Genro-James e (eu)-Edélvio Aos 84 anos
domingo, 6 de março de 2016
DEVANEIOS - DE VIDA SEM LIMITES
Tenho Cara De Antigamente, Quando "De A Vera" Era Briga De Cascabulho, pra valer
ERA, NA VERDADE, O QUE É O GURI NO RS
Relógio Entre Flores (?)
Limites para a vida é essencial, a falta deles indica um despropósito e infelicidade que não cabe sequer, em animais. O viver à toa, ao léu, no sereno é impraticável, a não ser como castigo de uma má sorte e ou a perda do abrigo de Deus. O vagamundo carece do respeito do outro e causa medo ou repulsão por não ter a mínima aparência que se espera de um homem normal. Se tem fome e não tem recursos, o último lugar a procurar será um restaurante. La será repelido, com certeza. Mesmo podendo pagar, sua impressão de maltrato e sujeira o aconselha não recorrer à isso.
Graça Da Inocência
Triste de quem cai nessa situação, seja por desviar-se dos costumes corriqueiros, seja por entregar-se à vícios como droga e bebedeira. Sua presença é indesejável tanto quanto a de um leproso com deformações. A virtude como a caridade desaparece do cardápio do crente. A sensibilidade dos cinco sentidos repele com violência a quem carrega essa postura. Essa vítima tem que sustentar sua cruz na solidão sem sequer saber usar sua auto-compaixão nem exibir a convulsão de um choro à muito ressequido em seus olhos. É lixo, é entulho a ser chutado nos caminhos da vida.
Lembremos dos migrantes das guerras, ora desvalidos passageiros por outros países que não o seu. Dos migrantes das secas no nordeste do nosso Brasil. Do horror que causa sua falta de higiene, do mal cheiro que exala pela falta de banho, Das nódoas nas roupas nunca lavadas e das manchas nela impregnadas pelos dejetos humanos naturais mas só pensáveis na intimidade que eles não têm. É claro que são olhados como se não tenham almas, e se tiverem, a dúvida é se elas também não sejam sujas!... O mais santo homem não empresta seu banheiro à essa insolência de projeto.
Seguram o frio no peito arrodeado pelos magros braços só com a pele. Ficam com os andrajos molhados e ensopados porque nus, não podem ficar. Expectoram pus vindos do pulmão, sem o lambedor antigo que a mãe fazia, denunciando a tuberculose fora de moda que encontra ali abrigo certo. Teto para o fragor da noite enregelante, não tem. Abriga-se puxando os matos sobre si, mal sentados e com as costas numa parede coberta de vegetação viscosa e insetos picantes. Sofre dores mas não podem impor o cessar da vida, poi não são Deus. Viverão essa morte até o fim.
Postado por Edélvio Coelho Lindoso às 23:56
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