Tenho Cara De Antigamente, Quando Sanurai Fazia Harakiri
TAMBÉM HAVIAM OS PILOTOS KAMIKASES
Bandeira Brasileira Sobre Ipê Amarelo
PIOR VELHICE
Sou velha e triste. Nunca o alvorecer
De um riso são andou na minha boca!
Gritando que me acudam, em voz rouca,
Eu, náufraga da Vida, ando a morrer!
A Vida que ao nascer,enfeita e touca
De alvas rosas a fronte da mulher,
Na minha fronte mística de louca
Martírios só poisou a emurchecer!
E dizem que sou nova... A mocidade
Estará só, então, na nossa idade,
Ou está em nós e em nosso peito mora?!
Tenho a pior velhice, a que é mais triste,
Aquela onde nem sequer existe
Lembrança de ter sido nova... outrora...
A UM LIVRO
No silêncio de cinzas do meu Ser
Agita-se uma sombra de cipreste
Sombra roubada do livro que ando a ler,
A esse livro de mágoa que me deste.
Estranho livro aquele que escreveste,
Artista da saudade e do sofrer!
Estranho livro aquele em que puseste
Tudo o que sinto, sem poder dizer!
Leio-o e folheio, assim, toda a minha'alma
O livro que me deste é meu, e salma
As orações que choro e rio e canto!...
Poeta igual a mim, ai quem me dera
Dizer o que tu dizes!... Quem soubera,
Velar a minha dor desse teu manto!...
ALMA PERDIDA
Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinóis, alma de gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou.
Que se fundiu na dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou
Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minha'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...
Mais Muito Choro EMuita dor De Florbela
PIOR VELHICE
Sou velha e triste. Nunca o alvorecer
De um riso são andou na minha boca!
Gritando que me acudam, em voz rouca,
Eu, náufraga da Vida, ando a morrer!
A Vida que ao nascer,enfeita e touca
De alvas rosas a fronte da mulher,
Na minha fronte mística de louca
Martírios só poisou a emurchecer!
E dizem que sou nova... A mocidade
Estará só, então, na nossa idade,
Ou está em nós e em nosso peito mora?!
Tenho a pior velhice, a que é mais triste,
Aquela onde nem sequer existe
Lembrança de ter sido nova... outrora...
A UM LIVRO
No silêncio de cinzas do meu Ser
Agita-se uma sombra de cipreste
Sombra roubada do livro que ando a ler,
A esse livro de mágoa que me deste.
Estranho livro aquele que escreveste,
Artista da saudade e do sofrer!
Estranho livro aquele em que puseste
Tudo o que sinto, sem poder dizer!
Leio-o e folheio, assim, toda a minha'alma
O livro que me deste é meu, e salma
As orações que choro e rio e canto!...
Poeta igual a mim, ai quem me dera
Dizer o que tu dizes!... Quem soubera,
Velar a minha dor desse teu manto!...
ALMA PERDIDA
Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinóis, alma de gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou.
Que se fundiu na dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou
Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minha'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...
Mais Muito Choro EMuita dor De Florbela
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