terça-feira, 23 de setembro de 2014

DEVANEIOS - DE TIGRÃO

Tenho Cara De Antigamente, sou Do tempo Em Que Vomitar Era Lançar
EM RECIFE, DO CÁIS DE SANTA RITA, AVISTA-SE A PONTE GIRATÓRIA

Gaza-O Desespero Do Nada
Gaza-Palestino-Páginas do Corão
Gaza-Palestino, Tempo Longo, Vida Curta

Gaza-Palestinos-Meninos-Homem Carregam Seu Defunto

1. A dor da solidão, do nada, do desprezo, do não-ser, do ir pra onde?, do com quem?, do dar um tiro na esperança.

2. Jovem Palestino recolhe folhas do Corão, sua crença, sua fé, do seu motivo, de uma razão para aquecer a vida e fazê-la fluir aos tropeções.

3. Chegando um paciente.  Longa vida, tempo curto.  No campanário nem choro prospera.  É a lei do Cão, o império da cadelagem, a grande onda do momento.

4. Meninos-homem carregam seu defunto, sem conversa, sem choro, sem vela.  Moribundo pobre cheira mal e mais depressa.



Eis ai quatro passos da vida severina, quando se morre de morte matada e nunca de morte morrida.  quando se sente o desconforto da alma ontem casada pela vontade de viver, e hoje sòzita, tresloucada, andando aos arrancos, com medo do escuro e do terror da claridão.  Cê duvida?  experimenta e lança atoamente  com gastura, com muita pena de si mesma, tão pequena que se esconde no punho de um camisão  É a guerra, a brutalidade do mais forte, os dentes de tigre escondidos pela barbicha de um bode brinclhão.





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