sábado, 27 de dezembro de 2014

DEVANEIOS - DE PINGALHO E PÃO SOVADO

Manaus-Am-Querido Neto Gilvan Thompson

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

DEVANEIOS - DE PIINGALHO E PÃO SOVADO

Mais um tico de Tio Artur

Da minha memória anterior, o meu Tio Artur que tinha na ação de Compoltor sua via remunerativa, que viajava constantemente da Capital ao Sertão e vice-versa, creio que conhecia os caminhoneiros da época e de vez em quando conquistava uma carona que favorecia sua bolsa tão parca.  Contou dessa última viagem, só não sei de qual sertão, que veio sobre uma carga de mamona(carrapateira), sob sol intenso, dai a versão de ter cozido os rins, o que provocou a intersecção urinaria até o óbito.  Me contava histórias do arco da velha, eu deitado em seu colo e recebendo os perdigotos de sua animação, coisa e linguagem nunca consentidas por meu Pai, de um caçador com uma espingarda que deu um tiro no cu de uma onça, que lhe saiu pela boca, na disparada.  Eu vibrava, nos meus nove anos, e como já conhecia essa história, repetia labialmente toda a linguagem, como se estivesse insultando meu pobre Pai, por me proibir tamanho prazer.

De Pingalho e Pão Sovado

Vizinho ao terreno da Igreja da Capunga e com a frente na mesma direção para o CAB, havia uma vendinha que tinha um cheiro ácido e acre de aguardente  pelo hábito de sua clientela, pés-inchados, derramarem ao chão a parte do santo, no costume.  Se chegava, como acontecia nas viagens que meu Pai fazia e nunca voltava só, irmãos que sempre estavam vindo à grande cidade pela primeira vez (o Casarão sempre parecia uma pensão), ora para tratamento de saude, ora para estudar e por qualquer necessidade,  esse novo inquilino era sapateiro meia-sola  de profissão;  então alugava um espaço no Pingalho e aliviava sua precisão.  Ali, além da aguardente tinha om pão sovado macio, cheiroso e a parte de cima de um vermelho escuro molhado que apetitava quem para ele olhasse.  Que gostosura.

Na casa nos fundos da Igreja, moravam a zeladora, um neto rapaz, seu pai ,Iinvestgador de Polícia, que numa despedida ao filho que dormia, viu a arma no coldre axilar disparar e atingi-lo.   Foi um pandemônio, mas com bom final.  Havia ainda uma filha da zeladora, a Angélica que conheceu o Pedro Jofile, um sargento do Exército, gaucho, e pintou um casamento.  E assim foi e assim ficou.


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