sexta-feira, 16 de setembro de 2016

DEVANEIOS - DE VAZIOS (030315) ((100316) (

Tenho Cara De Antigamente, Quando Entender O Berço E O Túmulo Era Impossível
HOJE, APESAR DA CERTEZA, CONTINUA SENDO
Anjo Da Inocência

quinta-feira, 10 de março de 2016


DEVANEIOS - DE VAZIOS-(090315)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Os  Vazios Eram feitos Para Serem Preenchidos
ÀS VEZES COM APENAÇÕES PRETÉRITAS

Regendo Aves

Tenho Cara De Antigamente, Quando Babaca  Era Basbaque
DE MEROS VAZIOS SE CONSTRÓI O RECHEIO DA EXISTÊNCIA HUMANA

Palestinas Numa Paz Fugaz Compram em Gaza 

(Esta é uma história de uma pessoa feia, feiíssima que escolheu esse modus de vida para se reabilitar diante de Deus.  É maltratado sem dó por todos e resolve se meter num socavão de calçada para fugir dos assédios dolorosos.  Meio suicídio.  Para compreender perfeitamente os fados que engolfam pessoas aflitas, recomendo lerem a continuação com o título de "Feiurinha", amanhã, dia "10", com o padecente na glória de Deus, num corpo espiritual lindo e suas contas em dia.)


Um sopapo, um peteleco resultam em tufos de cabelos esvoaçantes que cobriam a inteligência débil de um pouco feio, agora feio total.  Um rabo de olho enviesado, outro piscar de deboche direto agredindo a soledade de um vazio de vida indica que nem o arreglo de um chapéu de mau gosto o fará arregar do   recheio apelativo de uma zombeteira morte.  Selado está o fim.  Seu escopo é um escopro de metal pesado açoitado á marteladas abrindo a fenda por onde há de meter-se para se esconder da vida que o persegue e entregar-se á morte que não o quer.

Já se despediu mentalmente da urupema em que espremia diuturnamente seu mingau de milho, seu último amor na terra.  Da fenda que pra si abriu, numa esquisitice ridícula, espreita os passeantes sem ser visto, na esperança impressentida de uma salvação de última hora, mesmo contra a sua vontade, porque apesar de querer, não quer ver a Inesita e o Zé Rico de tão perto assim.  É assim a agonia dos loucos, dos cegos, dos deserdados, dos sós, dos que têm frio, dos que nem a morte os quer.  Junte-se à todas essas misérias o que ele vê e sabe através da brecha que é só sua, da intimidade que quase esfrega sua cara aflita num mísero meliante do Partido Progressista.  

Mulher não tem, amigos tão pouco, crença e fé em igreja alguma jamais o contemplou.  Pobre torto, um todo troncho da vida, um despedido da festa sem lá nunca ter entrado.  Quer sair de onde entrou e vê que de lá nunca sairá;  sobre seu pé, um pedraço do tamanho da lage que tampava a tumba do Senhor.  Suor frio, urina e desespero acompanham a despedida desse esquecido de todos.  Um breque de carro é ouvido, uma poeira   impertinente se espreme e se cola sobre ele como um cobertor de presente, á última hora.  A danação e o horror impressos em sua alma quando uma enxurrada de água suja e mal cheirosa lhe cai chapéu abaixo.  Esse é o seu prêmio, morte por asfixia numa profunda aparentemente rasa.  

Santo Deus, como pode um ser assim, desprovido de toda e qualquer coisa que lhe possa ter dado a chance de uma alegria passageira e um sorriso por não sei o quê, morrer só e sem padrinho, espantado e sem explicação, doente e sem remédio, numa infâmia só digna dos Progressistas.  Pai Celeste, nesse centésimo de segundo que caracteriza a morte,mas que é a verdadeira vida, quando a alma se espiritualiza e ganha liberdade no espaço e volta correndo para origem de onde saiu, está a Tua glória.  Nosso Feiurinha se sentirá pago de todo o horror que o acoitou na passagem por esse planeta e reconstituído numa beleza celestial de luz intensa, ei-lo redivivo.  Abençoa-o e abraça-o, coisas que ele nunca sentiu nessa experiência descrita.

GLÓRIA À DEUS NAS ALTURAS

VADE RETRO SATANÁS



















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