domingo, 8 de fevereiro de 2015

DEVANEIOS - DE VERGONHA DA MÃO

Tenho Cara De Antigamente, quando Crente Era Nova-seita
E NOVA-SEITA TAMBÉM PODIA SER BODE
Manaus-Am-Glaucinha (Filha de Gil e Neta)

Que vergonha para o pobre faz a mão estendida e desdenhada.  Ele a recolhe, a repreende e a esconde com medo do zumbido do gargalhar da miunçalha.  O negador da mão honrada, no fulgor de sua brancura e cor brilhosa, o que sente?  Talvez o pinicar infinito ao espreitar a queda moral que provocou no insolente fazendo-o ver a mão mesquinha que tem e o lugar social que lhe cabe, se não for atrás das costas.

Oh, insensata cearença que chamuscastes meu pavio sem acendê-lo, pelo fato de despertares  em mim a indevida admiração por usares pena e tinta com tanta capacidade de hipnotizar quem a leu.  Rabiscastes o "Memórias Que A Vida Conta" de um contra-lado de onde eu estava e eu lia o que se passava em Fortaleza como o que estivesse vendo o acontecido na mimha Olinda e logo depois no meu Recife, do casarão pintado aqui em baixo.  Essa rua cuja perspectiva a faz encontrar-se e toda a parte baixa do sobrado tomou o nome que eu lhe dei, de rua do sem-fim, em vez de Joaquim Nabuco.

 Parque do Amorim, 1501, Boa Vista, Antes, Capunga, Em 1940, Tinha Eu Seis Anos. até 1945, aos Onze Anos

O teu sabonete Regina ressoava cá no meu banheiro de criança;  teus cadernos com retratos dos marechais de fartos e brancos  barbas e bigodes, eram os mesmos daqui;  e os lápis Faber, coloridos e cheirosos, com jogadores de basquete, coisa que aqui nem existia, começavam com a guerra o processo colonizador americano;  chicletes em tiras,  cigarro chesterfield, música da "boa vizinhança";  marinheiros de boina branca redonda;  água de colônia em litro;  Gessi-Lever e Colgate-Palmolive, sufocando nosso Eucalol. Os dircursos na Praça do Ferreira do seu verboso Pai exaltando o quinto evangelista, o Kardeck.  Fiquei fissurado com seus escritos e melequei-a com meus elogios.  Esqueci que o real é sempre um constante opositor do virtual.  

Conta-se do maravilhoso Carlitos que dirigia crianças em seus anunciantes filmes preto  e branco de sua genialidade inesgotável, que tinha atroz dificuldade no trato com os filhos, que foram muitos.  Assim as virtudes do cinema constratavam com o real de sua vida.  A nossa cearença, que adotou as siglas que os americanos touxeram e passou a ser AAC, a Taica, deve ter tido influência de o bairro de Fortaleza onde ficava o Posto de Comando militar do nosso Brasil, fosse respeitado pelos milicos americanos e transformado em Picí, até hoje.  Qualquer garota hoje, nesta capital, não mora no Picí, certamente optam por Aldeota.

O fato de a Taica ter-me repudiado e de ter-me como invisível apesar de alguma insistência minha em querer ser identificado por quem exatamente sem querer me  renega e envergonha ante mim mesmo, me choca ao ponto de amputar as duas mãos recusadas e esconder seus tocos atrás das costas.  

A AAC de Fortaleza e o edélvio de Olinda e Recife são a nobre e o devasso, com a certeza de que no Céu onde as almas se reunem por afinação, juntos nunca ficaremos.  Sábio Pai que tendo várias Casas
elimina um problema que só os humanos conhecem.  Que a endeusada letrista nunca se afogue na sua sopa de sílabas e eu que consiga nadar mesmo sem as mãos, e encontre salvação numa ribanceira de aveludada grama verde e enxergue no Alto imagens que o conhecido não tenha estragado.  Amém.










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