domingo, 14 de agosto de 2016

DEVANEIOS - DE DÚVIDAS (140814)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Palestinos jamais Pensaram Estar Sendo Traídos
30  ANOS ANTES DO ESTADO DE ISRAEL ESSE PROJETO JÁ EXISTIA
Crianças Palestinas Bombardeadas Em Escola Da ONU Em Gaza

quinta-feira, 14 de agosto de 2014


DEVANEIOS - DE DÚVIDAS (140814)

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Após O Ginásio Se Escolhia Entre Clãssico e Científico
VIVER É UM HÁBITO
Palestininho, Futuro Miliciano
Nós comandamos a vida ou a vida nos comanda?  Ontem estava feliz com a escolha do Eduardo, moço pré-cinquenta, com linda família, com currículo brilhante e sem mácula, incomum em políticos, e repentinamente a vida nos arrebata um sonho.  

Assisto impotente o massacre arrebatador de vidas no atacado numa faixa de trezentos e sessenta quilômetros, de um povo pobre, tolo quando recebeu em seu meio antigos parentes, ladinos, verdadeiros cânceres ambulantes.  É uma vida inócua, sob outra vida maligna, sob ainda uma terceira vida com o título de primeira, num "imbróglio";  o mandante, o mandado e a vítima, alimento final na cadeia.

E então, temos um comando ou a vida se comanda só?  Morremos de morte morrida ou de morte matada?  É verdade que um manda e outro obedece?  É verdade que três interrogações sempre pede uma quarta?  Por quê os humanos, primeiro na cadeia da criação é tão inconfiável?  Por quê a alta inteligência  sempre anda junta com a alta indignidade?  Os valores se medem pela quantidade ou pela qualidade?  Ser bom é romantismo ou é um desmanchador de projetos maiores?  A força é maior que a razão?  A vontade sobrepõe o desejo?  A ganância sufoca a cobiça que sufoca a ambição?  É essa a sequência que leva vitória?  Posso ou devo parar de perguntar?

Quero ver o Palestino que amo, na sua serenidade de semeador de oliva, cercado de filhos respeitosos e mulher amantíssima, rindo dançando pandeiro quando está alegre, e suando bravamente sobre um ypslon de madeira bruta para cavoucar a terra, oxigená-la e lhe dar em troca boas colheitas.  Ao fim da lida jogar o mais novinho do ninho sobre os ombros fortes, sacudi-lo e ficar feliz com com os seus gorjeios.  Isso é vida boa, é benção de Deus, é o sono justo que sobrevém ao cansaço.  Que Deus proteja os Palestinos e que dê aos hebreus o que eles merecem.  Aos americanos o que sobrar dos judeus.  Quero chutar as dúvidas pro alto; quero a certeza mansa do campo e um vento morno pra dormir.  Quero o aconchego da Paz, o sorriso da criança, o calor da mulher que ama.

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