segunda-feira, 15 de agosto de 2016

DEVANEIOS -DE "MANDAS TU, OU MANDO EU..."

Tenho Cara De Antigamente, Quando Pérsia E Média Eram O Antigo Irã, Próximas à Passárgada
TAMBÉM ALI NASCEU O MANIQUEÍSMO
Pássaros Desconhecidos-Mãe  Alimentando Filho

Porque o ser-humano tem duplo controle?  Ora um se sobrepondo sobre o outro.  Sem falar num terceiro, que tem autonomia durante o sono e atua nas sombras da invencionice, ou será desenterrando memórias de locações e relações pessoais e ainda situações, que num bom juízo nunca conhecemos!  Será que um desses dois com poder de controle é bom e o outro é mau, ou simplesmente essa disputa é pelo prazer de comandar, numa atitude completamente egoística e sem responsabilidade?  Quando um mando é dividido em discórdia, sempre haverá tropeços.

O fuxiquento sempre anda malandramente vestido de sapatos brancos, terno braco e chapéu branco e parece que somos indiferentes mas, o bom do brinco é essa tomada do bastão que devasta nossa vida em comum.  Saí de casa hoje, num dia molhado e com meu sapato como o dele, também branco.  Cuidado com as poças, o meio-fio e outras porcarias.  Páaaa, piso numa poia de cachorro que só fede  quando é pisada .Fecho a mão e digo p... Na beirada de um alagado amarelento vou esfregando a sola do sapato mas o sinto mergulhando, ó miséria, e o couro mal-curtido se afoga.

O rosto de meu pé está molhado, os entre-dedos melequentos, e um mal-star nojento.  Te esconjuro espírito-do mal que estás a me tentar.  Vou passar o dia fora de casa nessa agonia e tu, seu zé-mané, zombando de mim. Onde estou que não dou um peteleco nesse teu chapéu de bamba!  Por que invisível és.  As horas não passam, as passadas andam com um pé atrás, tudo é ao contrário, é no invertido, nada dá certo.  Tai quando dois não vale meio.  No fim desse malvado dia volto pra casa acabrunhado, com a cabeça estalando e com raiva de mim mesmo.  Só me alegra o filhinho.  

Dia seguinte me dói tudo;  de cima até em baixo. A língua grossa e o mundo rodando. A mulher me assistindo e eu quase desencarnando.  O fuxiquento de alma ruim querendo tomar o volante de mim mas eu não o seguro com as mãos, me faltam forças, o engalfinho com os braços, do cotovelo até os dedos, mão lhe dou esse gosto.  Durmo, sonho, enfebrecido, com a mulher e a criança, nós três sugados sem dor para a eternidade.  Adeus vida complicada.  Quero viver quando eu for eu, e só os queridos possam ser nossos, todos com as mãos pra trás para prevenir o desejo de possuir o outro. 

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