segunda-feira, 10 de novembro de 2014

DEVANEIOS - DE ÁGUA E ÓLEO

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Padre Náo Andava À Paisano
RECLAME DE 40
TODO MAGRO QUE ENGORDAR, TODO GORDO QUER EMAGRECER
PARA O GORDO NÃO TEM QUE FAZER, PARA O MAGRO BISCOITO PILAR

São incompatíveis, não se juntam.  A crise de água no Brasil é coisa séria e conversa de gente grande.  A fonte prima da nascente do Velho Chico secou, escafedeu-se.  O curso desse único rio inteiramenete brasileiro, agredido por todas as formas, está por enquanto garantida pelos seus afluentes de qualquer importância, além do olho dágua, mas inapropriando o belo rio para a navegação que era sua vocação.  A sua embocadura no Atlântico perdeu força de tal maneira que em vez de dulcificar por alguns quilômetros água à dentro o oceano e as lagoas ribeirinhas, recebe o refluxo marinho à  distâncias invisíeis, salinizando o que era doce.  Seu volume baixou, no litoral, e a constância dos bancos de areia fazem tremer de medo as caraças das famosas proas.  Parece que a história de sua transposição gorou e virou palavrão.  O homem competindo com Deus e querendo modificar a natureza sem sapiedade é uma grande satanagem, é cadelagem de primeira, é o mesmo que estar chamando o Cão para desafinar as noites enluaradas à beira do Sao Francisco.

Água demais, água de menos num desacerto infernal.  O Quarteto Divino chamado Natureza, com os Elementais Água, Fogo, Terra e Vento parecem desorganizados porque alguém está metendo a mãoe onde a seara é de Deus.  Pixe excessivo nos mundos urbanos e nas ligações terrestres chão àfora, entre bairros, cidades, estados e paises, destorcendo a agenda celeste de vaporizar águas excedentes, nublá-las e autorizar os ventos a espalhá-las,  aqui e ali eletrizando-as e permitindo que fogos iluminem o cenário  de alto à baixo, e novamente a Gea sugando para o seu interior esse Elemental que é 77% da grandeza de Téo.  Nesse curto excerto pintei a face de Deus na Natureza.

Asfixiaram o humus, êle não respira e quem não respira, morre.  Água em chuva, que cairia de volta sobre olhos de água perderam o rumo, estão desnorteados.  O que secou jamáis se revigorará.  Alimentos piscicos perdidos, fome, economia combalida, terra seca, estorricada, coberta de erva braba, incultivável.  Movimentos migratórios no rítmo dos fugitivos das secas, dos flagelados, dos retirantes, do choro, dor, fome, frio, cansaço, calor escaldante, desânimo, mortandade e muito mau-hálito.

Se, sempre o se;  surgisse uma tecnologia para encravar em placas de betume, furos quadrangulares que ao mesmo tempo que recebesse as águas pluviais desse-hes acesso à terra sem prejudicar os costumes modernos de viabilidade motora em todas as faixas cobertas de asfalto, penso que 50% desse grande problema estaria solucionado.  Mas, ainda, o mais inteligente é que deixem os quatro elementais se entenderem, com o mínimo, quase nada de intromissão humana à perturbá-los.

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