sábado, 1 de novembro de 2014

DEVANEIOS - DE EXPEDICIONÁRIO

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Letra Poderia Ser Garatuja
CARRAPATEIRA ANTES DE SER ÓLEO DE RÍCINO SERVIA  PARA GUERRA DE CRIANÇAS
Domingo, 7 de julho de 2013
CANÇÃO DOEXPEDICIONÁRIO
Guilherme de Almeida

Você sabe de onde eu venho?  Venho do Morro, do Engenho, da Selva, dos Cafezais, da boa Terra do coco, da Choupana onde um é pouco, dois é bom, três é demais. Venho das Praias sedosas, das Montanhas alterosas, dos pampas, do seringal, das Margens crespas dos rios, dos Verdes mares bravios, da minha Terra natal.

Eu venho da minha Terra, da Casa branca da serra, e do Luar do meu Sertão. venho da minha Maria cujo Nome principia na Palma da minha Mão, braços mornos de Moema, Lábios de mel de Iracema, estendidos para mim.  Oh minha Terra querida, da Senhora Aparecida, do Senhor do Bonfim.

Você sabe de onde eu venho?  É de uma Pátria que eu tenho, no bojo do meu Violão, que de viver em meu Peito foi até tomando jeito de um enorme coração.  Deixei lá atrás meu Terreiro, meu Limão, meu limoeiro, meu pé de jacarandá, minha casa pequenina, lá no alto da colina, onde canta o sabiá.

Venho de além desse Monte que tanto azula o Horizonte, onde nosso amor nasceu, do Rancho que tinha ao lado um coqueiro que, coitado, de saudade já morreu.  Venho do verde mais Belo, do mais dourado amarelo, do Azul mais cheio de Luz, cheio de estrelas prateadas que se ajoelham deslumbradas, fazendo  o sinal da Cruz!

Por mais terras que eu percorra não permitas, Deus, que eu morra, sem que volta para lá, sem que leve por divisa esse "V" que simboiliza a vitória que virá.  Nossa vitória final, que a mira do meu fuzil, a ração do meu bornal, a água do meu cantil, asas do meu iddeal, a glória do meu Brasil.




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