terça-feira, 18 de novembro de 2014

DEVANEIOS - DE PROLEGÔMENO E VOZ

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Do Cashemere Bouquet
CAIÇARAS NO BEIRA-MAR E RIBEIRINHOS NO BEIRA-RIO

PROLEGÔMENO DE UM BRASIL COM PAZ

    Devaneio ou divagação, palvras compostas de  um radical chamado VÃ, que quer dizer vanidade, coisa abstrata, não real.  Ora, todo ato real provém de um devaneio ou de uma divagação, pois eu vos convido, quem está me lendo, para devanear.  Se quiserem, conversem comigo pelo email edelviocoelholindoso@gmail.com, trocando ideias sobre o tema, acrescentando ou decrescendo pontos e enfim, difundindo o assunto e me animando a continuá-lo.

    A construção de um Complexo de Casa de Apenados (CCA), em espigões verticais, com celas de 2.5MTs por 3, com economia imobiliária, com serviço Médico completo em toda a sua hierarquia e Forum da mesma forma, tem como foco final, a retirada de criminosos e infratores da lei, na proporção mais volumosa possível, de modo que os homens de bem suplantem os do mal, chegando-se à tal Paz Social.  Novas Leis serão criadas para dar suporte a essa mudança.  Os consumidores de droga, essa praga moderna, serão enquadrados como infratores, por exames imediatos após a apreensão, no IML de Plantão e serão apenados administrativamente, de forma legal, num sistema chamado de privação de liberdade pedagógica, em períodos de tempo sempre dobrados, de 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256  dias, equivalentes 511 dias, durante nove intervenções com perda de liberdade, o segundo maior bem do ser humano, antes de ser configurado criminoso.  Nessa situação, já valendo a maioridade aos quinze anos, a chance de reabilitação de um adicto que só pode recuperar-se sendo seu próprio instrumento, usando a sua vontade, tendo na soledade da pena o poder inquirir-se a si mesmo sobre o valor de ser livre ou de ser recluso em troca de um capricho ou uso da má conduta.

  Um criminoso, tendo cumprido integralmente a sua pena, terá a nesma chance de se  tornar recuperado socialmente.  Estes, do mal, retornando ao convívio social, terão um pouco de dificuldade para se adequar ao comportamento imprescindível para manter a liberdade;  o fato ter êle se auto-censurar constantemente para ter o comportamento padrão fará com que sem se perceber tenha metamorfoseado seu ser.


Mais duas Leis, com essa anterior, formarão a trilogia antidroga:  O bandido contraventor de drogas configurado como atacadista, pelo volume de comércio, será apenado com sessenta anos de Prisão , tamanho é o estrago social que esse bandido inflige à Sociedade.  O configurado como varejista, será apenado com trinta anos de prisão.

    Temos a intensão de implantar no território Nacional, cinquenta e três complexos destes, assim: um em cada Capital e Distrito Federal, e mais um em cada segunda cidade mais populosa de cada Estado da Federação, que são vinte e seis.

    A outra Mudança imperiosa para implantar a paz Social, será uma mudança, na Carta Constitucional, indicando a obrigatoriedade de os cargos eletivos nas três instâncias federativas, só serão permitidas aos bacharéis em Ciência


 Política, Curso Superior a ser criado, para provimento desse fim.  Teremos Profissionais qualificados assim como são os nossos Embaixadores.  Acabar-se-á de vez com essa classe política de capitanias hereditárias e de coronéis.  Será uma mudança radical.  Sangue novo e a juventude, por opção preenchendo esses espaços, com muita galhardia.



Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que Escrivaninha Era Birô
QUANDO FALO ÉGIDE, FALO ESCUDO

A PAZ

    Nos tempos do Rádio a voz era apreciada por seu valor;  O dono da voz, tinha sua imagem acoplada à mesma, depois de vista em jornais e não alterava em nada a impressão anterior.  Maldita Televisão que alterou totalmente este acordo.  Foi inventada a carnavalização e o espetáculo que anulariam o valor da voz.  Penduricalhos, gestos, cores, empostações destruiram o enlevo, o aconchego, o vibrato e o dom que são a magia do som.  A partir dai, tudo que não fosse som, era o mais importante. O prato feito substituiu o exercício da imaginação.  Asmúsicas de Carnaval, de São João, de Natal,  eram lançadas seis meses antes do evento, e quando estes chegavam elas já estavam prontinhas na memória do Brasil inteiro. Que maravilha.  Hoje só um baile de requien é o que merece os estragos que este instrumento da modernidade  causou de modo irreversível aos saudosistas.  Não tem reconconserto, não tem retrocesso.  Nos anos oitenta foram apresentadas as últimas baladas, as últimas harmonias com sua marcação compassada, com letras líricas, com inteligibilidade de poesia.  Substitutos?  As baterias, sinônimo de zoada, as guitarras para competir com elas e estraçalhar os nervos dos bons ouvintes e o zabumba ensudecedor.  E chamar isso de música.?!  Adeus, adeus, adeus.
    
    Que venha os funks e seus acólitos, uma zoeira gritante que só exige garganta, não tem ondeios, parece uma conversa cuspida, é irritante e de tão ruim, até atrai sangue, bofetadas, abufelos, parece um rinque de luta, se se entender a fala, ouve-se chulices, é na verdade um convites a coisa chãs.  E os gestos obcenos que excluem a ternura e o encontro de pares para namorar?  O encontro que há é um encontro animal, por causa das "poiqueiras"que se ouvem, com risotas, empurrões, dedos e mãos atuando numa imoralidade suja e mal cheirosa.  Preparem o féretro para essa imundície.

    "Quanto riso, quanta alegria", Olha pro céu meu amor", As Pastorinhas", Carnaval, Junho, Autos de Natal, tudo sepultado por causa da invenção da maldita televisão.  Evolaram-se as canções ritimadas, dois corpos colados volteando num bolero, os cheiros do outro tão perto, uma brisa no calor do rosto, tudo isso perdido.  Quanto vale a bagunça de um furdunço, o fervor de uma droga assassina?  O ricocheteio suarento vale mais que um suave bate-coxa bem comportado e consentido?  Vade retro satanás.

    Aceitem meu protesto e tragam-me de volta o que me roubaram.  Trinta anos de prisão para quem pariu tão feio parto.  Que fique sem água e sem mingau, sem roupa, num chão frio, para sentir quão feio foi a sua atitude leviana de trocar uma sonoridade sonhadora por um batuque infame de senzala.  Forca, guilhotina pra você, asno sem rabo, sem focinho e sem embornal.


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