terça-feira, 25 de novembro de 2014

DEVANEIOS - DE NÚMEROS (1 E 2)

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Em Que "Sinha" Era Feminino De "Seu"
GARDÊNIA É UMA FLOR PERFUMADA SÓ CONHECIDA EM CANÇÃO
1985-Guarulhos Frigorífico Da  Swift - edélvio, Sem Bata
Por Estar Com Luva De Gesso E Interditado De Entrar

Números e Nomes são minha dificuldade de memória. Aqui vão lembranças de ticos dc vida que compõem o croché do bem ou do mal viver.  São dois ensáios de julho de 2013 de fatos de 1985, há vinte e nve anos atrás, nos meus 50 anos.

segunda-feira, 22 de julho de 2013


DEVANEIOS - DE NÚMEROS (1)

FRASES E DITOS
Mais espetáculo, menos verdade
Rei morto, Rei posto

    Números Lúdicos:  um, dois, feijão com arroz;  dois, três, pinto pedrês;  três, quatro, perna de pato;  quatro, cinco, pé de pinto...  Números Mágicos:  um, a unidade divina de Iavé, Deus de Israel.;  dois, a dualidade na criação Divina captada por Maniqueu, cientista persa, no bem e no mal, no ponto e no contra-ponto;  três, a Santíssima Trindade cristã, o três em um, que mais complica do que explica; que parece replicar o fenômeno mitológico greco-romano com seus inumeráveis deuses, restritos para três, Zeus, Hades e Posêidon, irmãos, enfim firmando no topo da hierarquia a Zeus;  quatro, a teologia quadrangular dos Evangelhos, de uma seita cristã protestante;  cinco ou Penta, sacralizado nas competições e atletismo e na forma física da construção do Pentágono do Governo Norte  Americano;  seis, carimbado por uma peça de teatro argentina, "Os seis irmãos";  sete, são os dias da semana;  dez, respeitado pelo sistema decimal aritimético;  doze, o número de Apóstolos de Cristo, e a sua idade em que se consagrou doutor no Templo de Jerusalém;   treze, número relacionado ao azar;  quinze, idade debutante para meninas em sociedade;  vinte, com destaque no povo americano do norte, com o título de "teenage" para o início  da juventude e que vai até os vinte e nove anos;   vinte e quatro, no Brasil, a numeração do jogo de bicho referente ao veado, com interpretação chula;  vinte e cinco, o equilíbrio no centro da quadra dos vinte anos;  trinta, no Brasil o princípio que coroa a idade de responsabilidade;  trinta e três, a idade do fim do Ministério do Cristo;  quarenta, a consolidação, no Brasil, do que se chama meia-idade;  cinquenta, a verdadeira meia-idade;  sessenta, o início da decrepitude, e a quadra da despedida de outros coevos;  setenta e oitenta, o declive do fim e o início de uma longevidade;  noventa, a decretação da senilidade;  cem, centenário de várias coisas,e muito raramente, da idade de alguém;  mil, de milênio e por aqui encerro essa monótona numeração.

    O povo indígena brasileiro não contava, esprimia por gestos a noção de volume.  É pelos números que se entende num Exército a qualificação de uma tropa;  de um grupo de combate, de um comando de assalto, de uma esquadra, de uma esquadrilha e assim por diante.  
    Você sabe a diferença de uma bunda e de uma banda?  então lá vai, e desculpe a irreverência.  A bunda tem duas bandas, e a banda tem muitas bundas. E assim caminha a humanidade.
    Lembro-me que aos seis anos, em 1941, entrei, como de praxe em todo o Brasil, no primeiro ano primário.  Não existia esses penduricalhos, de pré infância, creche, pré-primário e não sei mais o quê.  Fui alfabetisado ao som do "God Bless América", cantando o que ouvia e como entendia, isso para toda a classe, até 1944, aos nove anos.  A Miss Cozzens, que mal grunhia o português, ABRIA UMA CAIXA PERFEITAMENTE QUADRADA, PUXAVA UM ALTO-FALANTE COMO SE FOSSE DE UM PESCOÇO INTEIRAMENTE DESDOBRÁVEL;  TORCIA UMA MANIVELA E COMEÇAVA A COLONIZAÇÃO DA GURIZADA.  NUMA QUADRA DE MEIO DE ANO HAVIA UMA TAL DE EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS MANUAIS, QUE EU ADORAVA;  LÁ IA TESOURA, COLA, CARTOLINA, RÉGUA E UMA SARAIVA


DA DE OBJETOS E ERGUIAMOS PALIÇADAS DE ÍNDIOS APACHES E PELE-VERMELHAS. SERIA ISSO INGENUIDADE DESSES SANTOS MISSIONÁRIOS, NOS IMPINGINDO UMA CULTURA ESTRANGEIRA, UMA RELIGIÃO ESTRANGEIRA E UM LOUVOR AO HOMO ESTRANGEIRO?  DIRETOR, PROFESSORAS, PAIS E DITADOR DA NAÇÃO, O GORDUCHO  PAI DOS POBRES, GG, GETÚLIO VARGAS, QUALQUER UM DESSES NÃO VIA TAMANHO "BISURDO"?  AOS DEZ ANOS, 1945, FIM DA SEGUNDA GUERRA, ESTAVA NO QUE SERIA O QUINTO ANO, COMO É HOJE, MAS SE CHAMAVA DE CURSO DE ADMISSÃO AO GINÁSIO.  AH, SEU HADAD, QUE BELA COISA ERA AQUILO, E COMO ERA FUNCIONAL, E QUE SAUDADES DA MINHA CRESTOMATIA.  SE ALGUÉM SOUBER COMO POSSA RECUPERÁ-LA, PARA REMEMORAR E COMPLETAR O POEMA QUE VOU GRAFAR AQUI ADIANTE, E CAIU NO ESQUECIMENTO.  "EU TIVE UM CÃO, CHAMAVA-SE VELUDO, E PARA DIZER NUMA PALAVRA TUDO, FOI O MAIS FEIO CÃO QUE VI NO MUNDO.  RECEBI-O DAS MÃOS DE UM CAMARADA, NA HORA DA PARTIDA E O CÃO, MAL GRADO SEU NÃO ME QUERIA ACOMPANHAR POR NADA..."  SOCORRO, AJUDEM-ME, QUERO RECUPERAR O QUE ME ROUBARAM, AS SAUDADES DA INFÂNCIA.  ERA A MINHA PROFESSORA, A NEGRA, HOJE TERIA QUE DIZER, A AFRO-BRASILEIRA, D.ÁUREA PINTO, E ERA GENUINAMENTE BRASILEIRA.  UM COLEGA, QUE NÃO ERA NORDESTINO E SE CHAMAVA ANIBAL, O TENHO NA MEMÓRIA, COMO NUM FOTOSHOP, CONVERSADOR AUTO CONVENCIDO E QUE TINHA A "PRONUNÇA" DE "CULÉGIO", QUE EU ADOTEI, POR COLÉGIO, NO NOSSO SOTAQUE.  TINHA NA SALA, O ELISAFAN, COM UMA CABEÇORRA ABSURDAMENTE AGRANDALHADA, QUE EU DESCOBRI HÁPOUCOS DIAS NA NET, COMO ADVOGADO, FILHO DE UM MISSIONÁRIO BRASILEIRO QUE ESTAVA COM TODA A FAMÍLIA, HOSPEDADO EM MINHA CASA; ISSO ERA MUITO COMUM PARA ;MEU PAI, O PASTOR LÍVIO LINDOSO, PROFESSOR NO SECUNDÁRIO E DO SEMINÁRIO TEOLÓGICO  BATISTA DO NORTE DO BRASIL, ONDE LECIONAVA GREGO-CLÁSSICO.  A IRMÃ ADOTIVA DELE, DA TRIBO KRAÔ, DE GOIÁS, TAMBÉM ESTAVA NA MINHA CASA E COMO ELE, ESTAVA NA SALA DE D. ÁUREA, NO CURSO DE ADMISSÃO; TINHAMOS TODOS, DEZ ANOS DE IDADE.  O NOME DA INDIAZINHA ERA ICRÁ, E CAUSAVA CERTO DESCONFORTO NA SALA, POR TER O COSTUME DE DESENHAR E OFERTAR AOS COLEGAS, CALUNGAS DE ÍNDIOS MACHOS, NUS E COM AS PARTES MOLES EXPOSTAS, E ISSO ELA FAZIA COM UMA NATURALIDADE MAIOR DO MUNDO, SEM NENHUMA AFLIÇÃO.  A PROFESSORA PORTOU-SE MUITO BEM NESSA SITUAÇÃO, E ÉRAMOS FELIZES, COM O AMBIENTE TOTALMENTE PERFUMADO PELOS OITÍS ABUNDANTES NAS CERCANIAS E DENTRO DAS CARTEIRAS DUPLAS QUE USÁVAMOS.

    MEUS CAROS, AMANHÃ CONTINUAREI ATÉ COBRIR TODO O GINÁSIO.  TÉ LOGO PROCÊS.
CONTINUAÇÃO

terça-feira, 23 de julho de 2013


DEVANEIOS - DE NÚMEROS (2)

SEGUNDO GRAU
    De 1941/1950 - Dos onze aos quinze anos - Pós-Guerra. Ver a chegada dos pracinhas, entre eles, Silas Munguba, sargento e estudante de medicina, e Jeziel Norberto, interno no CAB, baiano e futuro dentista e cunhado de minha irmã.  Colega de classe de Ebna e Auzênio, no terceiro ginasial.  Minha lembrança alcança Marcos Leal, irmão de Márcia e Marcio-"Orelha De Lebre", família de empreendedores na área imobiliária; encontrei o primeiro há dias, na NET e no mesmo ramo.  Manoel, o vi várias vezes depois de adulto e por fim, sumiu.  Deu-me uma vez uma caneta automática, invenção recente, naqueles idos; o corpo parecia madrepérola;  tinha, na lateral uma haste de metal, que a gente comprimia, puxando para fora, uma bexiga estreita, parecendo uma lagarta, no interno da mesma, mergulhando a pena no tinteiro Nankin, e a tinta sendo sugada por um orifício na mesma pena;  cabeça e corpo eram então atarraxados; a pena escarrapichava e o estoque de tinta durava pouco; morou?  Ester, era minha companheira, dividindo uma carteira dupla, no quarto ano, aos quatorze anos.  Era 1949.  Subiamos da parte baixa para a parte alta do colégio, sob uma alameda de Ficus-Benjamim, cojos frutinhos não comíveis, profusos, eram esmagados pelos nossos pés, em agradáveis estalidos. 
PROFESSORES
    Alcides Bundão, Censor, pré-seminarista,  diciplinava a classe nos entremeios de duas aulas.  D. Alberta, americana e professora de inglês.  A Professora de francês, tinha lábio leporino, dedurou-me a meu pai, porque eu estava filando numa prova, o que me valeu uma surra de cinto.  Dr. Antônio Marques Dorta, meu profesor de latim.  Professor Castro, português, ensinava História Geral, todo tempo de perfil e de olhos fechados.  Dr, Arnaldo Poggi de Figueredo, professor de química, médico, tinha só um pulmão.  Dr. Rubem Carneiro Leão, pastor, professor de matemática, andava numa moto Harley Davison.  Devo estar esquecendo alguns. D. Míriam, era a dedo duro que me massacrou. Nosso terror eram as provas mensais, orais.  Que grandes saudades de minha formação.

    1950 - Primeiro ano clássico, à noite.  Dai pra frente foram dez anos, sem apetite para estudar, mas sempre me matriculando em um colégio diferente e nunca concluindo o ano em curso.  Gostava muito  era de ler; sempre andava com um livro no ônibus.  Comecei a trabalhar, concursado, como mensageiro, no antigo IAPI.  Meu Pai me dava abrigo, comida e nada mai;  esse era o acordo.

    Quem não tem história pra contar, ou não tem memória pra guardar, deve ser muito triste.  Comecei a trabalhar neste mesmo ano de 50, anos dourados, até me aposentar.  Mais história.



Nenhum comentário:

Postar um comentário