quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

DDEVANEIOS - DE DECIFRA-ME OU DEVORO-TE

Tenho Cara De Antigamente, Quando Tremelique Era Chilique
RABO DE MACACO, TIPO ESPIGA COM COBERTURA DENSA E MACIA DE COR RUBRA PARECENDO SANGUE PISADO, ERA FLOR
1980...Manaus-Am-Jonathan-Clícia e Jorge(Neto-Nora e Filho)

Era em Tebas-Grécia;  Láio seu rei foi morto, involuntàriamente, por seu filho Édipo.  Hades, deus do Inferno mandou para a cidade um monumento enormíssimo com rosto de mulher, corpo de leão e assas de águia que assustava as pessoas e causou muitas mortes.  Apresentava a seguinte proposição:  O que é que até o meio -dia caminha com quatro patas, até o crepúsculo caminha com duas patas, e na noite caminha com três patas?  Decifra-me ou devoro-te, e muita gente sumiu.  A estátua se chamava  Esfinge e o enigma causando cáos.  Édipo respondeu, homem criança, homem adulto e homem velho;  a Esfinge desordenou-se, lançou-se num abismo e sucumbiu.  Jocasta a rainha viuva fez  do filho desconhecido o Édipo-Rei, doada que foi, como prêmio à quem afastasse dali tamanho satânico

Isto faz parte das histórias míticas que as várias civilizações passavam boca-a-boca ou em papiros e que até hoje empolgam e despertam a curiosidade de nossos coevos. A origem desse conto está no Egito  e como não havia direitos autorais àquela época, todos copiavam um e acresciam ponto no contraponto, enriquecendo a orgia das fantasias.  À altura dessa novela que não era global, Hades já era Plutão.  E era assim:  o triunvirato grego, entre seus doze apóstolos dignificava três.  Deus do Ceu, Deus do Inferno e Deus do Mar:  eram Zeus, Hades e Poseidon.

Muito tempo depois, o nosso Deus que sempre obrou assim, colocou na Pérsia um homem de gênio, que capta as inspirações Divinas, chamado Maniqeu, que deu origem ao maniqueismo, a afirmação da dualidade em tudo;  o que existe na terra já existe no Céu, de há muito.  Portanto o belo e o feio, o bem e o mal e por ai em dante.  Os "tags" de um trajeto são as expectações frustadas, como a memória de uma música é a trilha sonora de um fato passado, seja do mal, seja do bem.  

Suponhamos uma Deusa bela, com os pés feios, do cão, entronchecidos para dentro como pés animalescos, exposta graciosamente, sentada num pedestal, toda de branco em tecido de "voil", com o colo alabastrino digno de sua untuosidade.  Trejeitos feminis, lábios de coral, cabelos esvoaçantes, negros e com reflexos, seios em conchas e de rigidez macia, estômago batido e bacia delicada e, à altura das pernas sob a abertura da veste um cuidado inusitado e exagerado para que fique contido.

Eis a destoação do dual obrigatório;  não há perfeição completa.  Não há tudo feio, não há tudo belo.  Pode haver a conjunção de uma moral inabalável com uma feiurinha mèdiamente aceitável, e também ai a istura do abstrato com o concreto.  O físico e o espiritual mais misturados que suponhamos.   Ás vezes os valores bem combinados, como feio e ruim, ou bonito e muito bom.  Lamentemos ou louvemos, a vida é assim.  Cada um pegue seu dom maior e o exalce à grandes magnitudes para que o que não nos agrade, por grande que seja, sempre pareça minúsculo.

Quando nossa tombeta chamar, que estejamos atentos, que nossa alma, agora espiritualizada, desapegada do corpo que nos ajudou ou atrapalhou, retorne sem erro à origem e lá prestemos conta de nossa contabilidade;  crédito ou débito?  Como fizemos com o acordado?  Vamos, Deus é justo e nos dará o que valemos, dentro de sua regra de "à cada ação uma reação", nem mais, nem menos do que merecemos.

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