sábado, 24 de janeiro de 2015

DEVANEIOS -DE MODULAÇÕES MORAL E AFETIVA

Tenho Cara De Antigamente, Quando Bulir Nas Meninas Era Mexer Com Elas
O CHILES DO PASSADO ERA REMÉDIO PARA BAFO RUIM
1981-Manaus-Am-Gil (filho)- Cabo no Exército

É o normal no embalo da vida, observando-se em casais permanentes, com visibilidade berrante à cada dez anos.  Na infância com a ternura e inocência próprias;  na pre-adolecência com a consciência se abrindo mas com certo pudor matreiro;  na adolecência com conciência mas sofrendo as marcas das tendências naturais ou assimiladas do conjunto humano ao derredor;  na idade adulta, decisões tomadas se seguem em frente pro bem ou pro mal;  casamento responsabilidades e direitos morais e legais alcochoando a relação paritária com seus primeiros cansaços e bocejos;  na coroa e no início do declínio das energias, assim como se fixam as primeiras rugas se arrefecem os achaques comportamentais.  A conciência é plena mas amortizada como se estivesse presa em gelhas;  

se conhece de casais , na chamada idade madura, em que o homem, o cabeça, na anestesia de não perceber o bom senso, como servidor público, por exemplo, sem respeito ao patrimônio do Estado se adonou do que não era seu e formou uma fortuna espúria que a mulher, também alheia, passou a usufruir fartamente e sem pecado do bem estar fraudulento.  Essa derrapagem de conduta imoral não tem acesso ao seu "grilo- falante", e ao cair por terra se defende com a espada de um gladiador ilibado e reto.  Há uma junção do esquecimento do sexo, para os dois, um abafamento na percepção do certo e do errado, da simbiose da gulodice com a preguiça, do mau gosto da vida como se estivesse comendo um trapo de pano, um cheiro constante de mofo e naftalina enjoativos dando--lhes sinais do pecado pegajoso que eles não conseguem captar.  

Vão à igreja bodejar, sem sensação de culpa;  passeiam no meio dos homens de bem com se tal o fossem, também.  Tudo é uma mesmice, um tal de seu sem graça de vida, um corpo sem alma, um zumbi andante;  engana à todos, só à Deus não engana.

Um dia descamba;  qualquer dos dois pode ser o primeiro;  a morte do corpo sempre é seccionada, um órgão de cada vez.  É uma trabalheira morrer assim, mas assim é.  Devagarinho, com dor ou só com cansaço, mas o mau humor é que não falta.  Com sons indiscretos:  arrotos, resmungos, flatulências, suspiros, fungações, espirros, tudo isso é sinal de vida, mambembe, mas é.  A malemolência abre não do jornal na TV, mas ela fica ligada e ai de que nela mexer.  É uma impaciência pra morte chegar, e ela nao chega.  É uma vida severina, é uma chatice.  Não há amor, não há ternura, é tudo obrigação.

E o passeio ao céu, ele existe ou é enrolação.  Ainda bem que o relaxamento, igual à quem tem gordura no cerébro, não deixa o quase defunto raciocinar, sonhar com esse final.  A misericórdia Divina  cuidará desse final e que assim seja.  Quem pediu ao senhor para falar em modulação moral e afetiva?  O senhor é uma pessoa muito da metida, tá sabendo?  Goodbye.

Quer saber, pare o bonde que eu quero descer.









Nenhum comentário:

Postar um comentário