quarta-feira, 30 de setembro de 2015

DEVANEIOS - DE JÔ

Tenho Cara De Antigamente, Quando Nem Se Sabia O Que Era Caduceu
BASTÃO DE OURO COM O LOGO DE HERMES (MERCÚRIO)

Hermes (Mercúrio)

Vamos falar de Jô, homem de multi-facetas, desde jornalista, humorista, literato, e tudo que seu entrevistado disser que é ou já foi, ele também, que não vai perder a vez de se auto-bajular.  Boçal e chulo em máxima categoria.  Só vive pensando naquilo e usa sua cadeira para transgredir e corromper os bons costumes.  Coisas que todos sabem e têm mas não falam nem mostram ele arreganha num à vontade de fazer dó.  Não respeita o estranho que ali se sentar e se sentir que pode vai desmanchá-lo para ser  sua escada, de maneira vergonhosa.

É de uma inteligência rara, dizem que poliglota de sete línguas, me conformo com a fluência de três: português, inglês e francês, mas nunca ouvi falar de que tenha um curso superior no currículo.  É verdade, leitor e curioso inveterado, conhece desde a infância as Americas e a Europa tendo se educado nesta última.  Bagagem cultural fabulosa mas infelizmente com idiossincrasias perversas.  Cidadão global e tendo participado de jornais e revistas de suma importância, bem como editado até agora dois livros de ficção.

Certamente é famoso e artista valorizado e no mundo televisivo tem cadeira cativa na emissora de primeira linha.  Como seu programa é uma "janela", quem tiver intenção de se projetar, que se insinue para por ali passar.  Se tiver real valor, se se juntar ao alcance daquele instrumento e se não for achatado pelo próprio   titular em razão da ausência de simpatia, ali é o vestibular do sucesso.  Está ai desenhada a figuração do meu adágio, de que o mundo é um feixe de possibilidades.  Esse homem com suas virtudes e defeitos é capaz de catapultar um cidadão anônimo.

Pensemos em outras janelas:  o Roda Viva  e a  Gabi Gabriela.  O primeiro tem uma cara de seriedade enorme mas padece de um defeito:  ali se leva cinco minutos para fazer uma pergunta e dez para explicá-la, que horror.  O segundo conta com a simpatia da apresentadora, que respeita e deixa o entrevistado falar à vontade, sem ser interrompido.  Mas, o verdadeiro lucro é dado pelo inconfiável debochado, pelo espetáculo montado pelo programa, com músicos e auditório a a chance escondida que,  pode ou não, ser apreendida pelo caçador da sorte ali em frente.


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