Tenho Cara De Antigamente, Quando Crush era Uma laranjada artificial contrapondo a Coca-Cola
NA DÉCADA DE 40 ERA O REFRIGERANTE FRATELI-VITA, EM GARRAFA
Raffael-Hermes-Psiqué
De Elis: Sou Música, contrapondo-se ao Músico, como profissional. Seu instrumento ? A voz, a voz é meu instrumento. Respondia a Pimentinha, geniosa que era. Ela era perrrengue, birrenta. E partindo dai, vai que é mesmo. A voz harmoniosa, com personalidade, agradável e que no conjunto dos metais, cordas, teclados, sopros, foles, tem sua hegemonia e tem que ser respeitada, coadjuvada para que entregue seu recado de inteligibilidade, interprete de letra e de poesia, a ouvidos carentes que captam emoções de chorar ou alegrias com lágrimas.
Esse conjunto de instrumentos recebem a voz num envelope de carícias aprontando a reta dos ombros com a harmonia de seios ondulantes de tamanhos contidos conferindo beleza a uma cintura fina de criança-moça sobre quadris competentes e comportados. Não é permitido atropelos aos solfejos cadenciados, aos breques e escorregos sobre ladeiras conhecidas e a voz flui esvoaçante entre e sobre o grupo musical. A Euterpe funciona com atração irrecusável, com luz branda, aconchegante acompanhando o ritmo nos seus baixos e agudos.
Vejam a Elis no compasso das "águas de Março", vejam-na na criancice do Adoniran no seu "Tiro ao Álvaro". Não perdemos uma palavra ou uma frase do que precisamos para entender a história cantada. A voz é instrumento musical que goza do respeito dos outros pelo seu valor primacial. Se ela se perde e no meio os outros se tornam apenas estridências, pode mandar parar, pode descer do bonde, sem direito a retorno. Viagem perdida. A voz bem pertencida custa caro e tem por fim magnetizar quem a ouve, sensibiliza-lo até mil gozos.
A voz bonita embeleza cantores feios. Produz essas mágicas inexplicáveis. Inebriam e criam imagens imantadas bem seguras na memória de quem a aprecia. Quem já não se encantou em falsas paixões por conta de uma letra bem embalada? E foi, e foi , e foi, e nunca mais voltou! É como uma bebedice enxofrada que traz ressacas terríveis das quais pessoa alguma quer relembrar. Isso é uma coisa ruim, no entanto faz rir quando é lembrada e serve de lição para se deixar de ser trouxa. A voz enfeitiçante no meio de outros instrumentos é como um bom-bom doce numa boca amarga.
:
Esse conjunto de instrumentos recebem a voz num envelope de carícias aprontando a reta dos ombros com a harmonia de seios ondulantes de tamanhos contidos conferindo beleza a uma cintura fina de criança-moça sobre quadris competentes e comportados. Não é permitido atropelos aos solfejos cadenciados, aos breques e escorregos sobre ladeiras conhecidas e a voz flui esvoaçante entre e sobre o grupo musical. A Euterpe funciona com atração irrecusável, com luz branda, aconchegante acompanhando o ritmo nos seus baixos e agudos.
Vejam a Elis no compasso das "águas de Março", vejam-na na criancice do Adoniran no seu "Tiro ao Álvaro". Não perdemos uma palavra ou uma frase do que precisamos para entender a história cantada. A voz é instrumento musical que goza do respeito dos outros pelo seu valor primacial. Se ela se perde e no meio os outros se tornam apenas estridências, pode mandar parar, pode descer do bonde, sem direito a retorno. Viagem perdida. A voz bem pertencida custa caro e tem por fim magnetizar quem a ouve, sensibiliza-lo até mil gozos.
A voz bonita embeleza cantores feios. Produz essas mágicas inexplicáveis. Inebriam e criam imagens imantadas bem seguras na memória de quem a aprecia. Quem já não se encantou em falsas paixões por conta de uma letra bem embalada? E foi, e foi , e foi, e nunca mais voltou! É como uma bebedice enxofrada que traz ressacas terríveis das quais pessoa alguma quer relembrar. Isso é uma coisa ruim, no entanto faz rir quando é lembrada e serve de lição para se deixar de ser trouxa. A voz enfeitiçante no meio de outros instrumentos é como um bom-bom doce numa boca amarga.
:
Nenhum comentário:
Postar um comentário