segunda-feira, 21 de novembro de 2016

DEVANEIOS - DE AINDA, PECADOS (201115)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Meu Coração Tremulava Entre O Certo E O Errado
IMPULSADO PELOS MAIS VELHOS ENCALACRADOS DE RELIGIÃO

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

DEVANEIOS - DE AINDA PECADOS
Tenho Cara De Antigamente, Quando Ave De Arribação Era Avoante
E O SONOPLASTA , O ENGANADOR
Mesma paisagem Em Dis Tempos Diferentes


Palestinos Sob Israel

Para fechar a trilogia, mais um fato dito pela minoria, como pecado, o que não passava de um folclore, um espetáculo popular-religioso onde pastorinhas saudavam a próxima apresentação do Cristo-Salvador. Um auto de Natal interessante, lúdico e de fundo maravilhoso que só enaltece o espírito da Divindade. Vinte e cinco mocinhas entre dez e doze anos de idade, com metade vestidas em azul e a oura em vermelho e a Diana vestindo esse duplo. E as canções evocativas de uma religiosidade inocente e muito aplaudida.

Mais tarde, evoluiu para Pastoril com moças de quinze anos, orgulhos de pais e mães, como se fosse um "debut" juvenil, com as duas alas em fileiras desde a mais baixinha até a maior, no final. Músicas de metal, com marcação de ritmo e o perfume dos parentais em prestigioso volume de pessoas. Isso mexia com o ego dos envolvidos e com a vaidade dos projetos de mulher e seus pais em clima de competição de beleza e de apresentação teatral daquela peça. Maldito os que, ainda que por ignorância ou presunção, quiseram macular a pureza das alegrias ali presentes.

O peito do rapazinho de doze anos ali metido como se escondendo com medo de que seus familiares a quem chamavam de "crentes" o soubesse. O sentimento de culpa, a sensação de que estava desagradando o seu Deus, que provavelmente seria um outro Deus ali presente. A aflição desse descompasso, as preces noturnas com pedidos de perdão por tamanho infausto, são coisas para fazer adoecer a alma desse inocente. Nunca deveria haver situações fabricadas assim, capazes de infelicitar caráteres em formação. Coisas de bem ou mal onde realmente não há cabimento.

Eu, esse rapazinho, queria sair um pouco antes de terminar o culto na Igreja, para pegar um bonde e saltar na Cruz Cabugá, sede da PRA-8 e conseguir lugar na platéia da Rádio e ver aquela festa que me emocionava. Nada, não podia, mas de repente, pode. Eu não podia abrigar na minha mente essa discussão, do não poder e agora do poder. Prejudicaria o fartar de minha vista para coisa tão desejada. Sufoquei o não, prevaleceu o sim, e deixei pra depois a ansiedade mortífera que me acompanharia ao adormecer. Até hoje desconheço a força oculta que me favoreceu nesse sonho infantil.



Postado por Edélvio Coêlho Lindoso às 18:35
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