quarta-feira, 9 de novembro de 2016

DEVANEIOS - DE MINHA MÃE (291014) (091114)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Tinha-se 2 Mães:  1 Era Sagrada E Outra Vilipendiada
A MÃE SAGRADA ERA CONSTANTEMENTE INVOCADA
O Homem E A Mulher

quarta-feira, 29 de outubro de 2014


DEVANEIOS - DE MINHA MÃE

Tenho Cara De Antigamente, Sou Do Tempo Do Licor De Cacáu Xavier
A INTERAÇÃO É SEMPRE COM O DISPONÍVEL

D. Tude
Pequenina, tiquinho de mulher, Alma com brilho, profissão:  Companheira.  Paraibana de Guarabira, modelo exportação.  Família donos de terra, de um sítio chamado "Far west", todos conheciam o labor agrícola;  Sairam do campo e urbanizaram-se.  D. Ignácia, ou Nasça, ou Mãe Nascinha, minha avó viuva, Tios Cleodom, o Alfa, tinha a única livraria da cidade, um Cartório de Registro e uma tipografia,  Dalmácio, o ômega,  pai de Maria da Luz, ou Dala, ou Daluz, professora primária do Grupo Escolar, Amália, ou Mala, Enfermeira no Hospital Municipal, Elima, mãe de Cleanto, com o pai Cesário, e Edeltrudes, ou Tude, minha mãe.

Não tinha 1.50 mts., e deu-nos à luz, a Mirtô, Marlu, Edélvio e Élvio, psicóloga, pedagoga, jornalista e pastor, com meu pai, Lívio, pastor, lector no CAB, e doutor de grego clássico e Novo-Testamento no STBNB.  Morreu na quadra dos quarenta e poucos anos, após um AVC, enquanto sua mãe entregou-se aos noventa e seis.

1985-Rivera-Uruguai/fronteira com Santana do Livramento-RGS-BR(edélvio)

Minha querida mãe, de baixa escolaridade, deveria ter tido lá suas dificuldades de relacionamento com meu pai, sem falar na jornada tripla de trabalho que êle carregava, e aos domingos integrado inteiramente à Igreja.  Isto, acho eu, mesmo sem nunca ter ouvido uma queixa sobre esse assunto.  Porisso a alcunho de Companheira, no melhor sentido dessa análise.  D.Maria "da Venta Chata", era uma presença muito constante junto à ela durante todo o casamento.  Era uma ex-escrava, negra e tendo no lugar do nariz uma grande cicatriz pela corrosão de uma doença dita, venérea (sífilis).  Filhas e netas dessa senhora, também nos frequentavam.  Ela tinha uma carapinha branca na cabeça, desde minha memória mais antiga.  Era páu pra toda obra, servindo a todos os elementos da família.  Penso eu, sobre a estreiteza dos assuntos das conversas entre as duas, se bastando num lento alento, quase excluidas do rebuliço social.  Considerando que a verdadeira vida é a do Espírito, já liberto da carnação, que não tem raça nem lingua nacional, que se unem pela afinidade, vejo ai uma grande oportunidade de no sidéreo terem se encontrado para alegria mútua.

Penso merecido delas esse sacrossanto  galardão permitido pelo Pai Celeste


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