sexta-feira, 11 de novembro de 2016

DEVANEIOS - DE FLORBELA "AMAR" (111115)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Amar Era Um Estado De Alienação Temporário
QUEDA LIVRE NA REAL ERA TORTURA NECESSÁRIA
FERNANDO LINDOSO -Casamento De São João - João Pessoa-PB

quarta-feira, 11 de novembro de 2015


DEVANEIOS - DE FLORBELA ESPANCA (4)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Brincar De Estar Na Berlinda Era O Máximo
ERA COMO SER IMPORTANTE, SENDO PEQUENO

Rouxinol Na Escola

AMAR!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar:  Aqui... além...
Mais Este e Aquele,o Outro e toda a gente...
Amar!  Amar!  E não amar ninguém!

Recordar?  Esquecer?  Indiferente!...
Prender ou desprender?  É mal?  É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada.
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca in "Charneca em Flor"

Mais uma vez, Florbela nos esplende misturando razão com sentimento, despeito com ma-criação, sem perder o ritmo nem a rima no fulgor do seu poetar.  Seu lado pequeno mas humano não mancha o vigor nem o lampejo do vate empedernido.  Não tentem imitá-la, é improdutivo.  Ela precisa do sofrer, para criar.  Ela carrega dentro das roupas qualquer espinho.

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