terça-feira, 19 de abril de 2016

DEVANEIOS - DE "OS MUTILADOS"

Tenho Cara De Antigamente, Quando A Auto-Promoção Induz À Mutilação Perpétua
QUE VALORES JUSTIFICAM O ALEIJÃO

Pássaro Se Auto-Protegendo

Todo excesso é contraindicado, mais ainda quando não há possibilidade de retrocesso.  A modernidade da TV multiplica extravagâncias físicas e morais que custam lágrimas capazes de encher picinas.  Considerando que a natureza nos oferta um corpo que no seu conjunto influi no poder de atração, na troca de afetos e na criação de uma família saudável, o deslize imperdoável da mutilação desse patrimônio imputa um castigo também perene, onde o arrependimento só piora a dor de ver um órgão que se deteriora necessariamente, mais enfeiecido pela mutreta.  

Que falta de noção de quem faz uso disso.  Se grafitar um muro exposto, na maioria das vezes resulta em uma porcaria explícita, depois que se teve a má ideia de querer promover isto em arte, a multidão dos arrependidos sem remédio, se avolumou.  Se fazer em verde-fosco ou marrom um arremedo de não sei o que, vindo do ombro até o pulso acima da mão, parecendo uma camisa de pobre, só pode ser um sinal de tremendo mal-gosto deste pecador.  Acha pouco?  Pois ele sapeca o pescoço com setas  e sinais gráficos interferindo no sorriso.  Costas, peito, coxas e panturrilhas.

É um mural ambulante desmoralizando a arte Divina, sem Lhe pedir permissão.  Põe argolas nas narinas, parecendo focinho de porco.  Metal furando a lateral da narina, e maltratando a língua prejudicando a fala e o paladar, dando mau-gosto ao beijo.  Negro com cabelo loiro. trunfas magníficas, e arranjos nas penugens que nem o diabo advinha.  É um indivíduo insultando Deus.  Tal figura desmerece o respeito e vive de alegrias, (...)bem longe de um trabalho formal porque não há patrão que o queira ou empresa que o ampare.

Por enquanto são quase todos jovens mas daqui à pouco vamos ver jovens-velhos querendo se esconder, mais parecendo tábua de compensado molhado, repelente à vista e tendo que curtir sua solidão na casa do chapéu.  Sem emprego e sem tutor, sem beleza e sem amor.  Sem saber promover nos outros, compaixão.  E com o risco de chegar na volta à casa do Pai e lá não ser identificado e ter que dormir no sereno.  Loucos, ímpios, rabugentos, mal-cheirosos, por mais saponizados que sejam.  Meu apelo é para os intocados até agora por esse vilipêndio;  o resto, não tem jeito.

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