domingo, 23 de abril de 2017

DEVANEIOS - DE AMAR PLEONASTICAMENTE

Tenho Cara De Antigamente, Quando, Na Verdade, O Pleonasmo Era Uma Redundância
E A VAIDADE E A GANÂNCIA  SEMPRE FORAM SENTIMENTOS MORTAIS
Alucinações

Está doendo em mim combinar os conceitos das coisas acima insinuadas.  Eita pau...  Plantas auto-nascidas em brechas de calçadas merecem as insônias de lucubrações surdas em noites mal-dormidas?  São matos sem pai nem mãe, são nada, são ninguém.  Podiam ter vindo das gretas de um muro sujo.  Seriam parelhas de uma inutilidade sem poderem provar que vivem...  Não poderiam ser uma assombração e por maldade nos esganarem sem sequer ter permissão?  Por favor, alguém me tire da cabeça essa loucura e nem me venha com choves-não molha. estou em surto de descrença total.

Eu não caluniei pessoa alguma.  Eu procurava uma chanana, que me disseram que era um arbusto, mas nunca falei que era um anão de  árvore com menos de um metro de altura, que Deus me livre e guarde de ofender a qualquer outro!  Não, não estou com chorumelas, mas com medo estou um pouquinho, um pouquinho só, mas nem me leve à sério.  Estou precisando de um milagre e me contaram que a chanana curava, câncer, diabetes, HIV e o diabo a quatro.  Encasquetei de procurá-la, a agarrei e agora ela é minha e nem vem que não tem.

Agora sou "cearenso", tô com o remédio e vou levá-lo para Mundinha, a noiva do tempo, nas paradas da D. Rosinha prá ela fazer lambedô da chanana e tirar as postemas do carnegão que deforma a face do contorno daqueles lindos olhos verdes que olham o Mundaú.  Tem uma menina lá, chamada Taís, mentira dela, tá falsificando o nome de verdade e diz que é judia.  Tirando-lhe as cavilações, se ela quiser presenciar a cura da nunca "mulé" do cabo de "puliça", que venha e vamos juntos pra essa festa.  Ora viva, seu Cruz, venha também o Edmilson e teu querido irmão, Taica, que está vivo.  

Então tamos combinados, não quero mais saber de mato de buraco de parede, num quero mais ter medo nem insônia, quero conhecer o "Apertado da Hora", quero dormir em rede com penico embaixo, quero dançar de roda e comer mingau de milho, lamber rapadura, espiar o candieiro de um olho só no escuro, sentir cheiro de terra molhada, ouvir história da branquinha e rezar pelo cachorro enforcado.   Quero trazer de volta tudo que passou.  Quero ouvir a doutrina de Kardeck na praça do Ferreira e fazer profissão de fé de brasileiro.  Com a Mundinha com o juízo no lugar.                                                                 

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