quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

DEVANEIOS - DE COURO DE BOI E RESPOSTA - 15 (260214)

COURO DE BOI TEDYTEDy/VIEIRA/PALMEIRA++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Conheço um velho ditado que é do tempo dos agais; diz que pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai. Sentindo o peso dos anos, sem poder mais trabalhar, o velho peão estradeiro com seu filho foi morar. O rapaz era casado e a mulher deu de implicar. "Você manda o velho embora, se não quer que eu vá". E o rapaz, de coração duro, com seu velho foi falar. +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++Para o senhor se mudar, meu pai, eu vim lhe pedir; hoje aqui da minha casa o senhor tem que sair. Leve este couro de boi que acabei de curtir, pra lhe servir de coberta onde o senhor dormir. O pbre velho calado, pegou o couro e saiu; seu neto de oito anos, que aquela cena assistiu, correu atrás do avô, seu palitó sacudiu; metade daquele couro, chorando, ele pediu. O velhinho comovido, para não ver o neto chorando, partiu o couro ao meio e pro netinho foi dando. O menino chegou em casa e o pai foi lhe perguntando, pra que você quer esse couro que seu avô ia levando? Disse o menino a seu pai: Um dia vou me casar, o senhor vai ficar velho e comigo vai morar; pode ser que aconteça de nós não se combinar. Essa metade de couro vou dar pro senhor levar. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++RESPOSTA+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Eu sou o filho malvado, que por eu não ter pensado, despachei meu pai de casa. O pobre velho se foi, levando um couro de boi e o coração em brasa. Joguei meu pai no desterro, fiz em vida o seu enterro, oh que grande ingratidão. Sou um filho renegado, este meu grande pecado, ninca mais terá perdão. Depois que se foi embora, meu filhinho sempre chora, com saudade do vovô e me pede , papaizinho, vá buscar meu vovozinho que daqui você tocou. E eu tendo procurado o meu pai idolatrado tive esta informação: Lá na barranca do porto encontraram um velho morto, com um couro de boi no chão. Com o coração em pranto eu entrei no Campo Santo e pedi pro Diretor: Quero que faça uma laje e na cruz bote uma imagem de Deus, Nosso Senhor. Na pedra escreva que jaz, quem era o melhor dos pais e que tão mal pago foi. Quem está neste jazigo, morreu tendo como abrigo um simples couro de boi. Comprei um maço de vela, fui acender na capela, pro meu pai recomendar. Nesta hora eu vi um clarão, dentro dele uma visão que parou nos pés do altar. Era o meu santo paizinho que me disse, meu filhinho, aqui estou, não chore mais. Pelo muito que te amei, teu pecado perdoei, poi um pai é sempre um pai.

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