quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

DEVANEIOS - DE TRAIÇÃO, CONCRETO, RECORDAÇÕES E DE PREÁS - 086

Edélvio Coelho Lindoso

DEVANEIOS

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

DE TRAIÇÃO

    Celso Mello, há Celso Mello, que sensação de covardia, de traição, de ser cuspido na cara.  Eu gostaria de poder arrancar um "ele"do seu mello, para deixar a sua capacidade de melar mais à vontade, e torná-lo um lambuzante.  

    Eu imagino a euforia insensata dos rapinantes com a chance protelatória dada por você, que os levará  até a caduquice da demanda, a alegria geral desses mamutes e o arrependimento pela aposentadoria jamais querida do Inocêncio.  Que vergonha de ser brasileiro;  que zombaria no mundo inteiro;  que desprezo dos EUA por nós, com um contensioso jurídico como o que se está vendo, por estar cobrando respeito por nos estar espionando;  se não estivesse nos bisbilhotando, como tomaria conhecimento dessa apoteose de saber jurídico, que só tem sua equivalência na Águia de Haia, noso pequeno, pra não dizer miudo, Rui Barbosa.    

    Essa corja petista que elegeu uma presidenta, uma ex estudanta e que ela talvez precise de uma generala para protege-la das pancadas morais que a população  possa estar querendo aplicar-lhe.  Só espero que a resposta venha através dos votos na urna.  Que interrompa definitivamente o que houver da era Lula, para que mais não se ouça as asneiras que dizia como, "minha mãe nasceu analfabeta".  E que não sejamos surpreendidos por outro levante de políticos tão perniciosos quanto estes.

    Que se deixe correr o tempo que for preciso, mas que seja breve;  e que de imediato se providencie com toda a seriedade, a feitura de um currículo para medir a capacidade de conhecimento jurídico dos postulantes ao cargo de Juiz do Supremo Tribunal Federal.  Feito  isto, com a mesma rapidez se substitua todo o corpo geral de Juizes e servidores de Poder, em um novo T desse Tempo.  Trabalho em tempo duplo, isto é, dois turnos nesse Tribunal, cada um com oito horas diárias de trabalho, cinco dias por semana. e doze meses por ano, menos um, para férias.  Com remuneração justa pelo mérito do trabalho oferecido, sem penduricalhos de previlégios, e com a seriedade moral que se espera de tais funcionários.  Se eleitos por méritos acadêmicos, independentes serão, para jamais se dobrarem a exigências políticas, de leigos que serão , numa área que não é a sua.

    Vencidos estes degraus, que Viva o Brasil, Ordem e Progresso, e que um novo Pais se erija, se pautando por novos e nobres valores.

Esta é a centézima quinquagésima  terceira  página das 211, do projeto de livro sob o título "Segurança Píblica Igual A Paz Social".  Boa Sorte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Ebdélvio Coelho Lindoso

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DO CONCRETO AO ABSTRATO

    Voltando ao assunto "Mensalão ", o concreto e bem palpável são os gadanhos de seis dedos em cada mão, que avançaram escorregadios em todas as reentrâncias imagináveis, escorregando sempre para bolsos petistas, (neste caso).  Há mais de ano que entope a pauta do STF, donde já entrou e já saiu juizes, alguns recém-entrados, de quem nem conseguimos ainda gravar a imagem, mas que apesar disso não alterou-se o "script " por nós já conhecido.  Luto geral por ver o recheio que veio consolidar a descrença da Nação numa atitude Jurídica séria, forte e dirigida para tatuar uma imagem, a mais próxima que possamos chamar de Justiça.

    Ficando ainda no assunto "Mensalão", o abstrato, discutindo num idioma por nós desconhecido, o juridiquês, com sobes e desces, com artimanhas, com chicanas e com casuismos, com um Juizado mais advocatício que possa parecer e lá se foi de ladeira abaixo o almejo de uma Nação inteira.  A Vitória excomungada daquela trupe de Cavaleiros do Apocalípse.  Com toda a chance para alguns de terem  as demandas caducadas e os defuntos estéreis revitalizados e postos pelo mundo a fazer assombração.  Outros  farão das prisões, dormitórios, e que zorra.  E outros, ainda, a distribuirem bolsas, todos vestidos de azul, para não envergonharem os verdadeiros Papai-Noéis.  Alguns voltarão  a ser Excelências no Congresso, ou orgulharão alguns Ministérios.  Duvidam?  

    Continuo entre o concreto e o abstrato; para baratear a mão de obra não seria mais viável distribuir três palitinhos a cada dos onze, e se apontasse na sorte o destino de cada Cavaleiro, num joguinho que no Nordeste se chama "porrinha"?  Sem briga, sem espalhafato e ordeiramente jogado,. não julgado, e toda a Nação contente, fazendo apostas em listas, e em rodas imensas de amigos, colegas e famílias se congratulando com a verdade de uma sociedade pacata. 

    Cantemos:  eu sou pobre, pobre, pobre, de marré, marré, marré, eu sou rico, rico, rico, de marré, descer.

 

 

 

 

 

 

 

Edélvio Coelho Lindoso
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Sábado, 21 de setembro de 2013-12-05

DE RECORDAçÕES

    De seu Armando, português motorneiro de bonde, nas suas folgas, no bairro da Torre onde morávamos.  Corria 1947 e seu Armando com um galo de briga debaixo do braço corria as ruas olhando através das cercas os quintais dos vizinhos.  Que horror;  Como era costume quase a totalidade das casas tinha sua criação de galinhas e naturalmente um galo em cada terreiro.  O sacana do portuga enfiava seu galo de briga entre as fachinas da cerca e ficava de fora atiçando seu criminoso, torcendo até se mijar, e vendo o galo da terra ser sovado quase até a morte.  Além da briga dos galos o que se via era a briga das mulheres donas de casa, já que seus maridos estavam fora trabalhando.  Era uma gritalhada infernal e as mulheres tinham que abrir uma brecha para o infeliz entrar e recolher o vitorioso.  O português sempre saia na melhor;  era que as mulheres não queriam ver seus maridos metidos em brigas que não sabiam como iriam terminar.  Assim foi e asim era até a próxima folga do motorneiro da Tramwais.

    E briga de canários?  Outra malvadeza.  Era uma procissão de homens, rapazes e meninos com gaiolas duplas separando os machos das fêmeas, e um terceiro gaiolão onde acontecia o MM.  Era uma algazarra, uma torcida arrazadora para ver duas criaturinhas amarelas como gemas, insuflados por suas senhoras  em gaiolas à parte.  Acontecia morte de um dos dois, coisa muito dolorosa, mesmo sem as esporas que os galos tinham.  Os pobres perdedores, abatidos no chão, de papo pra cima e a cabeça já sem controle, sufocados pelos corrimentos nasais, com os pulmões à meia carga dificultando a respiração, e a infernal zoada.  Luta terminada, com uma sentida fêmea quase viuva, dinheiros de apostas sendo trocados entre os participantes de tamanha atrocidade, quando o dono do  perdedor tira o pobre arquejante da arena, semivivo ou semimorto, que importa!  Cabe inteirinho na mão  do salafra;  este o aconchega, levanta o braço muito acima da cabeça e o sacode num rompante de ódio na calçada.  A pobre avezita nesta queda se desmancha inteira, com o peito aberto, os intestinos à mostra e o sangue colorindo o branco da baba da sede que antecede a morte.

    As almas desse galo e desse canário certamente avoejam para o Céu, pro abraço de Deus



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Ed;elvio Coelho Lindoso

sábado, 21 de setembro de 2013

DE PREÁS


    Entre meus seis e onze anos, 1941 e 1946, ai pelo meio.  Parque Amorim, 1501, Recife-PE.  Era um casarão antiquíssimo com térreo onde morávamos, e primeiro andar onde moravam o Pr. John Mein e D. Elisabeth. Tudo ali era antigo, grande e sólido.   Para se por à janela existiam degraus de cimento dentro da casa até a altura de por o busto à  vista.  No quintal, mangueiras copiosas de manga espada e manguito que a família inteira não dava conta de consumir;  nós quatro, cascabulhos, como nos chamavam, vendiamos numa bacia enorme para cada um, aos operários passsantes quue iam para o Cotonifício da Torre. Nunca fomos enganados.  No quintal havia um antigo banheiro, sem uso, cujas bordas davam a parecença de uma banheira;  poi foi ali que aninhamos nossos preás;  não sei de quem ganhamos;  eram azeviches, alvíssimos ou rubros, ou uma média dessas cores;  quase nenhum barulho.  suas fezes não cheiravam mal, pois só comiam enormes folhas de bananeira e capim que iamos buscar até um pouco distante, num terreno baldio com muretas muito baixas. Mas como comiam esses roedores, valentemente e o tempo todo, do mesmo modo como se reproduziam; Os presentes que dele faziamos não davam refresco pela fartura da reposição.  Muito tempo alegrou nassas vidas;  Levantávamos pela manhã e lá estávamos para acarinhá-los, e isso sem canseira;  com uma comunhão de vida entre inocentes e animaizinhos, que creio eu, agradava muito o Nosso Senhor.  Tivemos que nos desfazer deles já que não eram viandas para se digerir, já que esgotaram-se nossos amiguinhos que já estavam com o mesmo problema que nós.  Não me lembro como fizemos, se talvez os tenhamos levado para soltar lá na fonte onde catávamos o seu alimento, mesmo os expondo a perigos de outro animais se alimentarem deles;  Deus deve tê-los provido, como bom Pai.  Está ai, sr. Jil, a vida na infância de seus três tios, ca sua mãe, que numa hora de enfado, quando tentávamos afundar o fundo de uma gaveta grande, atirando-lhe tijoladas, a tal moça resolveu mirar nos meus dedões dedinhos dos pés.  Esmigalhou-me a unha e sobrou para d. Maria da Venta Chata, uma querida negra agregada à nossa casa, com a carapinha branca, branquíssima, parecendo bom-bril, não fosse a cor e o fato de que naquele tempo isso nem existia. Esse Anjo devotado levou-me escanchado sobre os ombros, à pé, ida e volta, do Parque Amorim à Jaqueira, distância descomunal.  Oro por ela, hoje.  Assistiu meu clorofórmio e as denguices que deveriam ser ouvidas pelo pai ou pela mãe. Deus abençoe a todos.

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