sábado, 1 de fevereiro de 2014

DEVANEIOS -DE PROGRAMA POLICIAL NA TV - 064

 

Ed;elvio Coelho Lindoso

Devaneios

De “bulling”de programa de tv

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

    E a vida continua, e o programa policial na TV continua.  A quem serve e a quem desserve, essa coisa?  Serve ao elenco que produz essa bossa. Serve às emissoras que os acolhe.  Serve aos policiais que alimentam suas vaidades em exibição.  Desserve à população inteira, que tem seu lado mórbido espicaçado para prover sua curiosidade, tomar partidos e querer imitar ora o propagador dessa miséria, ora o policial em campo, ou àquele entrevistado, ora o elemento desencadeador dessa notícia;  olha ai operigo. chama-se a isso, mimetismo, e a psicologia explica.

    No dia primeiro deste mês discorri aqui sobre isso com o mesmo título.  O trabalho policial, como o trabalho médico ou qualquer outro, deve ser desenvolvido dentro da discrição, que produz eficiência.  A propagação de notícias dessa área, podem ser veiculadas a partir dos BOs, no dia seguinte aos acontecimentos, de maneira enxuta, sem fotos, sem adjetivos, sem adverbios, sem letras garrafais, apenas com sujeito, verbo e objeto.  Não há como permitir mistura de corpos em ações policiais, a não ser de com bandidos ou vítimas.  A imprensa em sua forma generalisada ficará a mil metros dos acontecimentos, e se a emissora dispuser de ferramentas tecnológicas avançadíssimas, para fotografias ã distância, por exemplo, que as use e assim promova uma disputa natural para definir o melhor.  

    A coisa ruim, do que aqui se está discutindo, é a espetacularização da notícia.  A carnavalização de fatos, na maioria, lamentáveis.  O desrespeito da miséria, por que essa coisa deve ser manoseada com o devido respeito, gera prejuizo aos conceitos sequentes.  A capacidade imantada de atrair curiosos para qualquer cena criminosa ou trágica é exatamente por ser uma ocorrência fora da normalidade. Essa visão não ensina nada, não constrói nada, não enriquece nada.  Pelo contrário, causa estresse, ansiedade e desassossego.

Nota zero para essas aberrações, e que esses impulsivos curiosos sejam contidos.

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