quinta-feira, 9 de junho de 2016

DEVANEIOS - DE MISÉRIAS HUMANAS (1) (090615)

Tenho Cara De Antigamente, Quando A Malignidade Humana Tinha O Mesmo Tamanho De Hoje
SE SE ESTÁ MATANDO É PORQUE ESTÁ VIVO

Gracinha De Criança

terça-feira, 9 de junho de 2015


DEVANEIOS - DE MISÉRIAS HUMANAS (1) (090615)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Substância Era Sustança
 O PHEBO DE ANTANHO SEMPRE É UMA LEMBRANÇA OLFATIVA GRANDIOSA
Andorinha-Angústia Da Viuvez

Em 4 parágrafos ou 24 linhas vou discorrer sobre algumas misérias tipicamente humanas, com doses cavalares de dores e malignidades.  Coisas que não deveriam haver em filhos de Deus, mas lá estão.  Piaui, cidade do interior, brigas por poder político numa província pobre e desconhecida.A malvadeza humana posta em lupa sobre uma mesquinhez insuportável.  Todos conhecidos entre si, antagonistas, algozes e vítima.  Um prefeito e um vice que dividiam um mandato entre dois mandões, em duas partes.  Ambos preferiam comandar sua duas posses, da capital.

Se desentenderam e um teria de ser decapitado e assim foi.  O indiciado viajava para essa cidade quando apareceu um conhecido, (meliante-assassino entre três), e pediu-lhe carona, no que foi aceito.  Esse matador poderia servir tanto a um quanto ao outro antagonista, com sua profissão.  Lá distante outros dois em motos, também conhecidos, se cumprimentaram e seguiram os motoqueiros na frente e a caminhonete atrás, se arredando da urbe e indo ao ermo longínquo.  Entraram numa área de deserto fora da estrada.  A vítima recebeu três tiros pelas costas.

Foi empurrada numa cova lá feita anteriormente, semi-morto, e enterrada com terra fofa, sendo ali deixada.  Inconscientemente se debatia para dali sair, mas entregou a alma por asfixia, no desespero, ficando fora do areal apenas os dois braços que em putrefação, posteriormente, atraíram urubus e depois pessoas, e a trama foi descoberta.  Um dos três entregou-se à polícia e o resto correu fácil.  A irmã do morto o identificou pelas roupas, e também acostumada às lidas políticas daquele nordeste, pelo menos não se mostrava combalida.  A vida continua.

Dentro desse quadro azucrinante, a justiça pachorrenta, lenta desinteressada e desumanizada junta com uma "puliça" matuta que nos remete aos tempos de Lampião, vão cozendo os fios da chacina pra inventar um processo convincente, dentro da amarelice daquelas grotas.  Brasil, Brasil, Brasil.  Que história arrepiante, coisa do tempo do ronca, maldade satânica, estupidez crônica, sarcasmo e deboche  dos tempos do arco da velha, sem choro nem vela, sem uma ladainha de despedida nem lamparina para iluminar os caminhos do defunto que já perdeu sua importância.




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