sexta-feira, 22 de julho de 2016

DEVANEIOS - DE "EU"-FLORBELA SPANCA

Tenho Cara De Antigamente, Quando Sempre Me Fez Doer O Sofrimento Da Alma Do Outro
ESTA POETA PORTUGUESA TEVE 4 CASAMENTOS E SUICIDOU-SE
Eu

Florbela Espanca

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Irmão, Pai E Ela

D'Alma da Espanca Conceição auto-nomeada Florbela Espanca, 081294 - 081230, suicidou-se aos 36a., após o quarto casamento. "EU", Obra-Prima no volume "Charneca em Flor" é de um desespero, baixa-estima, que no seu  último aniversário se despede desse mundo.  Filha de pai casado com uma pessoa estéril, em consenso heroico, o pai procria com outra pessoa, o par de irmãos abnegados, que proximamente morre.  O pai e a sua consorte os acolhe num gesto de grandeza inaudível.  O amor familiar desses quatro não cabe numa explicação.  Aos nove anos comete sua primeira poesia para não mais parar.  É assim que o dedo dos fados escrevem a vida de algum abençoado de pendores, embora mesmo, sem ser um depositário de felicidade.  Gloriosa mulher burilada pela dor.  Nós podemos orar à Deus em seu favor.  Tai, Michiles, faça contato com Café História e solicite se associar aos admiradores da Florbela.  Você vai se apaixonar.

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