DEVANEIOS - DE QUATRO ESPAÇOS

Tenho Cara De Antigamente, Quando O Chico Esperneia, sempre Morre Alguém

PODE SER ARTISTA DA GLOBO, PODE SER POLÍTICO EMPEDERNIDO

Veja A Obesidade Do Tronco Desse Pé De Flores

Vamos falar de Chico e do Presidente (ex).  Vamos para Sertânia e Monteiro, na PB,  lá a festa é grande e segundo Dilma o lucro é do Lula.  O Chico Buarque é o terceiro mosqueteiro do trio.  Já houve um acidente numa das artérias desse rio falso e no rompimento de uma barreira, 2/3 de um represamento inundou as terras do sertão e foram por ela absorvidos, não sei com qual consequências. Sei que o rio São Francisco é um ser vivo que vem sendo espichado, mutilado e desviado de sua natureza e de onde se tira e não se bota, o resultado é morte.

Esse rio que está sendo tão judiado, que se vingou matando um galã de novela, está perdendo sua força de vazante e não é mais aquele valente que se intrometia kms. mar à dentro conservando a doçura do seu lombo.  No vai-vem o mar respondia ao inverso, vadiando com seu sal por kms. sobre o leito do amigo.  Abraços da natureza, os dois virando maré com abundância de peixes, mariscos e frutos do mar.  Está acabando,  o volume de águas não mais existe, mexendo com o turismo, a navegação e as serenatas noturnas.

Ele, nesse vilipêndio, está vendo os outros dispersando seus bens pelos áridos afora até o norte e ouvindo línguas tão diferentes.  Ele será um rio até onde e daí, exibindo sua magreza, vai virando um espantalho, contra sua vontade definhando até o último suspiro.  Está dando aos outros o que os outros estão esperando dele?  Ou ele vai devolver o trono ao Lula, novamente, sem sequer ser petista?  Oh, Brasil ingrato!  Está mesmo com a cara de um grande sindicato trocando favores e fazendo negócios dos quais nem o diabo gosta.

O rio não tem mais espaço, vive correndo com esforços não seus no meio de duas paredes de cimento, sem peixes, sem os corpos das mulheres que nele se banhavam, sem lavadeiras falantes, sem enxergar as enormes cabeças das embarcações tão conhecidas.  Parece rio de fundo de quintal, uma latrina mal cheirosa pra molhar bico-de-pé.  Nem fundura o pobre tem.  Muito sol no seu cachaço e seu corpo se evaporando.  Quem lhe vale?  Quem enxugará seu pranto?  E a mãe d'água onde andará?  SERÁ QUE AQUI CHOVE, PRA MOLHAR O MEU CALOR?