Clipping
de Relações Internacionais
30/03/2011
Para
Rússia, coalizão não tem o direito de armar rebeldes líbios
Rússia
– BBC – 30/03/11.
O ministro das
Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse nesta quarta-feira que a
coalizão de forças internacionais que está lançando ataques na Líbia não tem o
direito de armar os rebeldes que lutam contra as forças do líder líbio Muamar
Khadafi.
A declaração
aconteceu depois de o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e outros
líderes da coalizão que realiza ataques na Líbia indicarem que essa é uma
possibilidade que está sendo analisada.
Lavrov disse ao
canal de TV russo Rossiya 24, em Moscou, que a Rússia concorda com a posição da
Otan de que, de acordo com a resolução 1973 da ONU, que autorizou a ofensiva,
os ataques da coalizão têm como objetivo apenas proteger a população e não
armá-la.
“Ouvimos
declarações de que a coalizão não pretende tomar o lado de ninguém na guerra
civil que está acontecendo na Líbia, mas vozes contraditórias também foram
ouvidas. O ministro das Relações Exteriores francês disse que a França estava
preparada para discutir o fornecimento de armas para a Líbia com os membros da
coalizão”, explicou o chanceler.
“Imediatamente
depois disso, o secretário-geral da Otan, (Anders) Fogh Rasmussen, disse que a
operação na Líbia está sendo feita para proteger, mas não armar a população
civil. Nós concordamos completamente com o secretário-geral.”
Confusão
Lavrov disse ainda
que a rapidez com que a resolução foi redigida e aprovada gerou a confusão
sobre até onde vai sua área de atuação. A Rússia se absteve da votação da
resolução no Conselho de Segurança da ONU.
“Nós propusemos
uma redação específica, mas infelizmente os coautores (da resolução) estavam
com pressa. Apesar disso – eu repito – a parte específica que descreve o modo
como a força pode ser usada para defender os civis poderia ter sido
consideravelmente melhorada.”
Segundo o ministro
russo, a “falta de clareza” da resolução é o motivo de que aconteçam “alguns
incidentes ambíguos em termos da implementação dessa resolução pelos países que
se ofereceram para colocá-la em prática”.
Lavrov disse ainda
que Moscou está contente que este assunto tenha sido discutido durante a cúpula
internacional em Londres, mas que a Rússia ainda espera maiores esclarecimentos
sobre as decisões que foram tomadas durante a reunião.
Encontro
Na terça-feira,
cerca de 40 enviados dos países-membros da coalizão que realiza a ofensiva
militar na Líbia, da Otan, da Liga Árabe e da ONU, se reuniram em Londres e
prometeram manter a pressão para que Khadafi abandone o poder.
Durante o
encontro, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton e, separadamente, o
chanceler britânico, William Hague, sugeriram que a resolução da ONU
autorizando a ação internacional na Líbia poderia permitir o envio de armas aos
rebeldes.
Segundo Hillary,
apesar de sanções aprovadas pela ONU proibirem o fornecimento de armas à Líbia,
essa proibição não se aplica mais após a resolução 1973, que autorizou a ação
militar e prevê o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Líbia e
“todas as medidas necessárias” para proteger “civis e áreas habitadas por
civis” de ataques por parte das forças do coronel Khadafi.
“É nossa
interpretação que (a resolução do Conselho de Segurança da ONU) 1973 alterou e
substituiu a proibição absoluta de armas para a Líbia”, disse Hillary.
Nesta
quarta-feira, o primeiro-ministro britânico David Cameron reforçou a mesma
ideia durante seu discurso no parlamento.
“A resolução 1973
da ONU autoriza todas as medidas necessárias para proteger civis e áreas
habitadas por civis, e nossa visão é a de que isso não necessariamente exclui a
provisão de assistência àqueles que protegem os civis em certas circunstâncias,
disse.
Também nesta
quarta-feira, Hague anunciou que cinco diplomatas líbios, incluindo o adido
militar do país, estão sendo expulsos da França.
Segundo oficiais
britânicos, eles estariam assediando membros da oposição líbia da Grã-Bretanha.
Disponível
em:
Comentário
Essa
coisa está fedendo. Quantos estão aguardando a hora de avançar sobre a carniça?
E o leão, querendo sua parte, onde andará? Todos, o leão e os cabritos, são
autoridades incompetentes para presidir este ágape. A insolência do grande
xerife, o primeiro a se aproximar da caça, recuando em seguida, ansiando por
prestar sua caridade humanitária, é o maior responsável por esse angu. É
verdade, está ocorrendo uma guerra civil, e a banda insurgente e mais fraca,
sem apoio, será achatada. Quem será moral e legalmente a força que mediará essa
lambança? A Diplomacia, ou o Porrete? E como se dará a salvaguarda dos civis?
Que Alá os proteja.
Nenhum comentário:
Postar um comentário