terça-feira, 1 de março de 2016

DEVANEIOS - DE ENVELOPE

Tenho Cara De Antigamente, Quando Boca De Boneco De Ventríloco Era A Cara Da Velhice
 CARÃO É A   REPREENSÃO  MODERADA DE UM PAI

Rosas Amarelas


Envelope, invólucro.  Sempre há alguém na dianteira.  Nos 40, durante a guerra, eu via os envelopes americanos com as bordas cercadas como se fosse uma sianinha com as cores branca, vermelha e azul, e eu achava lindo.  Depois, como macaquice passamos a usar, no Brasil, o lastro verde-amarelo.  Chamamos um rapaz bem vestido de envelopado, e ao féretro, envelope.  Enfim, de acordo com o envelope, o conteúdo.  Será?  Dentro de um envelope vistoso sempre tem de haver uma mensagem bonita.

Ledo engano.  Nem tudo que reluz é ouro.  O bonito nem sempre é o melhor.  As aparências enganam.  No cinema, os efeitos especiais, enfeitam sempre uma mentira. Haverá mentira maior que a da borracha que no seu duplo insinua que apaga o escrito com tinta?  Que eu, aos dez anos, no curso de Admissão esfregava no caderno, ouvia o rangir rascante, engelhava a página e por fim a furava, e assim milhões de rapazolas e mocinhas no Brasil, foram enganados pela "Faber"!  Quem vê cara não vê pulmão.  E as caixas de fundo falso!  Dezenas de ditados apontam para essa falsidade.

Chupa um confeito de menta ou mastiga um chicles quadrado da Adams, no tempo em que anda não havia bala nem chicletes, para esconder o mau hálito.  Todas essas enganações podem ser chamadas de envelopes.  As mulheres usavam cabeção, depois chamado de sutiã, com laterais de costelas de baleia, para sustentar o insustentável.  Que culpa tinham as baleias, disso?  Homem careca usava casquete.  Os zanoios usavam óculos escuros.  Os cabelos duros eram engomados com ferro quente, e os que enganavam nem sabiam que nome dar à isso!

É verdade, mas tudo isso é maquiagem;  pior é o esconde-esconde do caráter, é o ruim se apresentar como bom, tudo dentro de um invólucro de linho Diagonal S-120 para homens, e uma meia dúzia de anáguas, para insinuar volumes ou falso patrimônio, como queiram, para as mulheres.  Falsidade- Ideológica hoje é crime  previsto no Código-Penal.  É proibido mulher fotografada com roupa cumprida e cambitos cruzados, para esconder o "roubaram meu cavalo", das coxas, e homens nanicos usarem o enchimento dos ombros como calço no calcanhar dos sapatos.


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