Tenho Cara De Antigamente, Quando Brinco e Rouge Eram Enfeites De Meninas
TODO NAUFRÁGIO COMEÇA COM UM PEQUENITO ROMBO
Uma Ponte, Uma Escada E A Natureza
Falo do Lula, uma nau surgida, graciosa, poderosa, inteligência bruta dentro de um semi-analfabetismo, com signo de promessas em uma liderança de sindicato, com ares positivos de liderança, voz de comando, embora não agradável, auto-estima no prumo, com viés de arrogância ainda encoberto. Despontou, deu-se à visibilidade, agradou e partiu. Espelhou-se num ícone polonês chamado Lech Walesa, nascido em 1943 e aos 24 anos, eletricista, no seu primeiro trabalho em um Estaleiro em Gdansk, em 1967.
Walesa criou o Sindicato Solidariedade, bacharelou-se em Economia, liderou a maior greve no pós-guerra, ganhou o prêmio Nobel e aos 47 anos em 1990 foi Presidente da Polônia, até 1945. Houve uma passagem entre os dois antigos operários, não sei em que sítio nem em que tempo, mas lembro que falou-se que o Walesa não foi muito simpático ao Lula, não. Isso não é importante, o que tem de ser, será, apesar de parecer, de início, que não deveria ser. O Lula aboletou-se com o PT no poder, de 2003 à 2011 e a Dilma, daí até o corrente 2016, correndo 14 anos desse Partido..
Falei de um pequeníssimo rombo em um navio sob dois comandos, num período de 14 anos corridos. O risco que corre o pau, corre o machado, esse é o adágio popular. A grosso modo o que não se ouvia falar, de mão grande, de assalto ao patrimônio público, agora é voz corrente e diz-se que de um pai que corrompe os filhos, a família e até o comandante herdeiro no segundo turno, já previa-se que o rombinho ameaçaria a capacidade de flutuação dessa nave em jorros formidáveis de água em lugar indevido, anunciando o naufrágio total e expondo as caraças responsáveis pela tragédia.
Lamento a vitória sobre uma vida difícil, de uma pessoa provida de inteligência magnífica, mas sem o trato merecido. De repente valores satânicos se apossam de uma alma antes imune à esses trombos. A sucessora, guerrilheira contra injustiças que afogavam o poviléu brasileiro, adoece da mesma doença, vê corroer-se sua integridade moral barranco abaixo. Perdas irreversíveis e lamentáveis. Paciência, hão de receber o que lhes é próprio, a perda da liberdade e a tomada do possível, que foi rapinado. Os de fora, que têm sentimento, que chorem à vontade tamanha sina.
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