quarta-feira, 9 de março de 2016

DEVANEIOS -SÚPLICA CEARENSE

Tenho Cara De Antigamente, Quando "Joça" Era Qualquer Coisa Ruim
COISA SEM VALOR, "POIQUEIRA"

Poesia Fotografada

  • Súplica Cearense
    (Gordurinha / Nelinho)
    Letra

    Ó Deus, perdoe este pobre coitado
    Que de joelhos rezou um bocado
    Pedindo pra chuva cair sem parar

    Ó Deus, será que o Senhor se zangou
    E só por isso o sol se arretirou
    Fazendo cair toda chuva que há

    Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
    Pedi pra chover, mas chover de mansinho
    Pra ver se nascia uma planta no chão

    Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe
    Mas eu acho que a culpa foi
    Desse pobre que nem sabe fazer oração

    Meu Deus, perdoe eu encher os meus zóio de água
    E ter lhe pedido cheinho de mágoa
    Pro sol inclemente se arretirar

    Desculpe, eu pedi a toda hora pra chegar o inverno
    Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
    Que sempre queimou o meu Ceará

Pai abençoado, por que letristas-poetas da envergadura dos que  assinam acima com a simplicidade de dois apelidos, artistas rudes, pintores de palavras, homens da terra, erguem o templo, vêm os músicos e o CANTOR e põem vestes festais, os enfeitam e eles ficam pra trás no anonimato, sendo apenas Gordurinha e Nelinho, felizes nos seus apelidos e sem mais cobrar.  O poeta fala com Deus, à Ele se apresentam sem cerimônias, são gênios, são anjos sem asas, artistas das liras que tocam os corações dos que têm sentimentos.  Gloriosos seres, sopros Divinos.  Que o Grade Pai os abençoe.



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