terça-feira, 8 de março de 2016

DEVANEIOS - DE INSOSSO

Tenho Cara De Antigamente, Quando Ser Insosso Era Ter Tempero Ruim
ERA GENTE SEM SAL

Era Meio Animal, Meio Vegetal

O agitadiço e o insosso se contradizem.  Ambos são mui chatos, Ambos são "acaba festa".  Dão dó e estraçalham nervos.  Um só quer "se aparecer" e o outro leva o dia a se esconder.  Perturbam, do mesmo modo.  São gago sociais.  Um é perfumadíssimo enquanto o outro cheira a roupa de trouxa.  Naturalmente são um pasto para prestação de auxílio a almas, mas como o bom Deus é invisível e este apoio seguirá esse caminho, os normais se afastarão de tão nobre auxílio.  Para o primeiro carregando sua cruz, um sorriso travado, um som apenas murmurado e uma mão forte comprimindo-o sobre o assento.

Para o segundo, a apresentação de um outro insosso, desde que formem um par e que os faça girar na contra-mão, bem no descompasso da música no salão. Final.  Dois Samaritanos esforçados e dois enfadados carregando suas "cruchificações"  numa via sacra de tempo integral.  É triste ver dois destrambelhados que apesar disso têm consciência das coisas que lhes causa desagrado, mas são impossíveis para domá-las e reter a paz e o respeito que tanto almejam.  Destempero é uma falha que acompanha a todos, em algum momento.  Um é perene,  outro é é apenas passageiro.

Pessoas bocudas e desalmadas quando encontram tais figuras, é para si um prato cheio.  Desconhecem a caridade e até gerenciam um espetáculo desrespeitando o amor próprio que cada um deve ter.  Diz-seque têm minhoca na cabeça;  mentira, o que têm na verdade é maldade acumulada vestida de desprezo por gente carente de atenção.  Você fala maçã e esses eunucos morais entendem abacaxi, são asnos que nunca cultivam bons sentimentos.  São molengas para fazer o bem, mas são gigantes para maltratar tolos indefesos.  Bem que merecem uma fritura.

Num açodo querem trucidar a Água, o Ar, o Fogo e a Terra e nem sabem que esse Quaterno é a presença física de Deus entre nós, que com a cinta do Eter forma a Quintessência Espiritual do Divino.  Sejamos mansos para entender, ternos para amar sem volúpia o que possa ser fraterno.  A mansidão e a fraternidade são fontes constantes de paz, solidariedade, de vontade de dividir o trigo, de fornecer o cobertor e de dar abrigo à quem está no sereno.  Emprestemos o sal que moderadamente tempera o alimento, que apetece o faminto.



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