quinta-feira, 17 de março de 2016

DEVANEIOS - DE RESPONSABILIDADES EM SONHOS

Tenho Cara De Antigamente, Quando Alguém Não Poderia Dormir Nosso Sono
NEM TAMBÉM SONHAR NOSSO SONHO

Penca De Flores Brancas

Já falei rasamente sobre isso, sobre a possibilidade de em nossa alma residir mais de um ocupante, de a Justiça humana às vezes punir um inocente em razão de um ato ilegal ter sido cometido por um segundo ocupante que tem autonomia e que não respeita uma unidade de comportamento.  Nós leigos sabemos que a ciência (?) da psicologia fala do desdobramento do Ego e Alter Ego, isto é, do Eu e do outro Eu.  Será isso um conflito de comando?  O claudicar de uma decisão estará subordinado à isso?  Quem dá a última palavra, o Ego ou o Alter Ego?

Por que sonhos nos levam, ao acordar, a euforias, alegria, ou a depressão, abatimento moral, se são coisas irreais?  Eu costumo, em sonho, visitar locais e paisagens nunca antes vistas, como ver rostos totalmente desconhecidos, como em vezes, por exemplo, contracenar com dois filhos, dentre os cinco que tenho, para na vigília desautorizá-los como tal.  E, conforme o enredo da cena, ao acordar, estar totalmente desestabilizado.  Há, mesmo, uma viagem extra-vida, ou o que há é uma criação imaginária, de qual dos dois eus?  

Esse Ser que cria dramas, tragédias e farsas, é o mesmo que nos guia na chamada vida normal, no trato das coisas corriqueiras da vida?  O bem e o mal são regidos pelo que comemos?  Ovo de aves nos dá segurança na via do bem, ao contrário de comermos carambola,fruta que passarinho não quer, fazer-nos transitar nas beiradas do mal?  Quantas perguntas, quantas interrogações, e isso não abala esses dois seres que puxam nossas rédeas, que se cairmos, eles não se ferem, que perece terem suas felicidades no tombo físico de quem os envelopa, e ai ganham sua liberdade.

Comi e não matei a fome;  bebi e não me dessedentei;  franzi meus lábios mas não sorri;  premi meus olhos e não chorei.  Era ignorante dos mistérios da vida e continuo claudicante, capenga, quase bengalista e sem sossego.  Quem manda em mim;  o eu ou o outro?  Acode-me Deus, me orienta, segura minhas mãos e acolhe-me no teu aprisco.  Apascenta meu entendimento.  Espero o Teu chamado e pretendo gritar o meu "presente".  Leva-me à minha prestação de contas e permite-me pagar minha dívidas  na moeda que elegeres, no local e no tempo acertados por Ti.  Amém.


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