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18/02/2011 - 12:41 - Atualizado em
18/02/2011 - 12:52
Youssef al-Qaradawi: o que este homem
foi fazer no Egito?
Youssef
al-Qaradawi, figura divisiva conhecida por suas ideias antissemitas, voltou ao
Cairo após 30 anos. Sua atuação pode ser problemática para o futuro do Egito e
de todo o Oriente Médio
José Antonio Lima
FESTA
Centenas de milhares de pessoas tomaram a praça Tahrir, nesta sexta-feira, para
celebrar uma semana sem Mubarak
Desde o
início das manifestações populares que provocaram a queda do ditador Hosni
Mubarak, uma questão vem sendo levantada: poderiam os fundamentalistas
islâmicos sequestrarem a revolução secular iniciada em 25 de janeiro e tentar
transformar o Egito em uma teocracia? Nesta sexta-feira, os que respondem sim a
esta questão ganharam argumentos fortes, depois que um líder ultrarradical
comandou as orações de milhares de pessoas que se reuniram na praça Tahrir, no
Cairo, para celebrar uma semana da queda de Mubarak.
INFLUENTE
Youssef al-Qaradawi é visto como uma "figura paternal" da Irmandade
Muçulmana. Em 2002, o grupo pediu a ele que liderasse o movimento no
Egito, mas Qaradawi recusou a oferta
O líder em
questão é Youssef al-Qaradawi, que há 30 anos vive exilado no Catar e cuja
entrada foi banida pelos governos dos Estados Unidos e do Reino
Unido. Qaradawi comandou as orações desta sexta e fez um discurso
surpreendentemente conciliatório. Segundo o jornal espanhol El País,
ele começou agradecendo a juventude pelo “papel protagonista” que teve no
movimento que derrubou Mubarak. “Se os jovens querem, podem, e a vontade deles
é a vontade de Deus”. Sem seguida, Qaradawi afirmou que cristãos e muçulmanos
se uniram para “vencer o sectarismo reinante” e elogiou o fato de seguidores
das duas religiões terem se unido nas orações e defendido uns aos outros diante
da resposta violenta do regime.
Aparentemente, o discurso de Qaradawi foi bem recebido na praça Tahrir, mas ainda assim sua presença é vista com preocupação. Qaradawi é uma figura polêmica e que divide as opiniões dos árabes sunitas (como a maioria dos egípcios), público para o qual se dirige. Enquanto Qaradawi falava, o Twitter fervilhava com um debate sobre suas posições. Alguns o criticavam, outros o defendiam, sempre com argumentos fortes. A origem da polêmica são as posições do clérigo – a revista alemã Der Spiegel o definiu como “ele mesmo e o oposto dele mesmo, dependendo da perspectiva [de quem o observa] e das circunstâncias”. Qaradawi foi obrigado a deixar o Egito quando Mubarak assumiu o controle do país e tentou abafar o discurso religioso mais inflamado. Qaradawi se estabeleceu no Catar e, a partir do pequeno emirado no Golfo Pérsico, fez crescer sua influência. Há 15 anos ele apresenta todos os domingos, na rede Al Jazeera, o programa Sharia e Vida, no qual debate como a lei islâmica deve ser aplicada ao cotidiano. Na TV, Qaradawi fala de todo o tipo de assunto, desde o futuro dos palestinos até a masturbação feminina. Ao mesmo tempo em que elogia a “revolução da era da informação” promovida pelo ocidente, ele pede a Deus que “mate todos os judeus sionistas”, classifica o Holocausto como um “castigo de Alá à corrupção dos judeus” e classifica terroristas suicidas de "mártires em nomes de Deus". Sua visão canhestra do mundo ficou clara quando, em um de seus sermões, defendeu direitos iguais para homens e mulheres. Segundo ele, uma mulher não precisaria pedir permissão ao marido para se explodir em um café israelense.
Aparentemente, o discurso de Qaradawi foi bem recebido na praça Tahrir, mas ainda assim sua presença é vista com preocupação. Qaradawi é uma figura polêmica e que divide as opiniões dos árabes sunitas (como a maioria dos egípcios), público para o qual se dirige. Enquanto Qaradawi falava, o Twitter fervilhava com um debate sobre suas posições. Alguns o criticavam, outros o defendiam, sempre com argumentos fortes. A origem da polêmica são as posições do clérigo – a revista alemã Der Spiegel o definiu como “ele mesmo e o oposto dele mesmo, dependendo da perspectiva [de quem o observa] e das circunstâncias”. Qaradawi foi obrigado a deixar o Egito quando Mubarak assumiu o controle do país e tentou abafar o discurso religioso mais inflamado. Qaradawi se estabeleceu no Catar e, a partir do pequeno emirado no Golfo Pérsico, fez crescer sua influência. Há 15 anos ele apresenta todos os domingos, na rede Al Jazeera, o programa Sharia e Vida, no qual debate como a lei islâmica deve ser aplicada ao cotidiano. Na TV, Qaradawi fala de todo o tipo de assunto, desde o futuro dos palestinos até a masturbação feminina. Ao mesmo tempo em que elogia a “revolução da era da informação” promovida pelo ocidente, ele pede a Deus que “mate todos os judeus sionistas”, classifica o Holocausto como um “castigo de Alá à corrupção dos judeus” e classifica terroristas suicidas de "mártires em nomes de Deus". Sua visão canhestra do mundo ficou clara quando, em um de seus sermões, defendeu direitos iguais para homens e mulheres. Segundo ele, uma mulher não precisaria pedir permissão ao marido para se explodir em um café israelense.
Saiba mais
Explicar as
condições em que o retorno deste homem se deu, ainda é impossível. O certo é
que ele foi patrocinado pelo Exército. Segundo a rede Al Arabiya, militares
fizeram a segurança da Qaradawi em seus caminhos de ida e volta até a praça
Tahrir. Sua aproximação com os militares ficou clara em seu discurso. “Me
disseram para não confiar nos militares”, disse. “Mas o Exército mostrou que é
o braço do povo”, afirmou. Qaradawi ainda pediu que as Forças Armadas “livrem”
o Egito de elementos que fizeram parte do governo Mubarak e pediu a libertação
dos presos políticos. Por fim, repetiu a mensagem que o Exército vem emitindo
há uma semana. “A obrigação do povo egípcio é trabalhar agora mais do que nunca
para levantar a economia do país”, disse. “Nós que fizemos e apoiamos a
revolução devemos estar atentos à deterioração econômica do país”, afirmou.
Ao autorizar
a volta de Qaradawi, as Forças Armadas do Egito podem ter dado um passo
arriscado. Se neste primeiro discurso ele mostrou uma inesperada
razoabilidade, sua presença no Egito pode inflamar o discurso da
Irmandade Muçulmana. Diversos líderes do grupo vem falando em democracia e
em manter os acordos de paz com Israel em nome da estabilidade do Egito. Mas em
2002 esta mesma Irmandade Muçulmana pediu a Qaradawi que ele assumisse a
liderança do grupo. Ele recusou, por considerar que sua atuação ficaria
limitada às causas da Irmandade. As Forças Armadas são consideradas a
principal barreira na sociedade egípcia contra o crescimento de uma tendência
religiosa fundamentalista e, por isso, agora precisarão manter Qaradawi sob
controle. Nos próximos meses, caso se confirme a liberalização da política
egípcia, a Irmandade Muçulmana deve se tornar um partido político. Assim,
será obrigada a definir, diante do público, qual sua posição a respeito da
democracia e da política externa egípcia. Se a visão de Qaradawi se
sobressair diante do discurso moderado de alguns líderes, o Egito terá
problemas gravíssimos no futuro.
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Comentários
Paracelso San t Anna | RJ / Rio de
Janeiro | 19/02/2011 15:48
Riscos: EUA e Teoracia
Vamos todos prestar muita atenção ao que escreveu o leitor Edelvio Coelho Lindoso em 19/02/2011. Está ali todo o diagnóstico do futuro do O.M. e suas consequências para o mundo. Cabe aos Estados Unidos decidir qual será sua atitude.
Vamos todos prestar muita atenção ao que escreveu o leitor Edelvio Coelho Lindoso em 19/02/2011. Está ali todo o diagnóstico do futuro do O.M. e suas consequências para o mundo. Cabe aos Estados Unidos decidir qual será sua atitude.
edelvio coelho lindoso | AM / Manaus |
19/02/2011 01:35
Riscos:EUA e Teocracia.
O retorno de Qaradawi aponta para sismos não desejáveis na redenção para um novo Egito. A incompatibilidade do secular e do sagrado relembrando as Cruzadas e a Inquisição, as lutas entre Cristãos e Islâmicos, históricas, não recomendam regimes Teocráticos. O outro risco contra a paz egípcia é o reaprochego americano, figura daninha e renitente. Nem bem destrepou do arrimado ditador Hosni, já quer rosetar no seu substituto, sem sequer saber quem será, não importa que a mula manque. Seus interesses não são convergentes com a nova ordem. Eles querem a paz e segurança do seu genérico, no OM, Israel. Os egípcios queren sua própria paz, o brio e o orgulho dos livres. O trabalho de sapa e corrupção tão íntimo dos EUA já começou, com a oferta de US$150 milhões para a economia ameaçada, e a continuação dos US$2 bilhões, isca reluzente para corruptos passivos. Essa é uma ação de prostíbulo onde o macho compra favores, e que tem sido funcional, ao longo dos tempos. Vamos ver a força moral que terão o Exército, a Fraternidade, o Nobel e os jovens políticos recem nascidos egípcios. Vamos ver essa capacidade vencer um intrujão calejado nas manhas desprovidas de tratos civilizados, na expressão correta deste termo. E que o vencedor receba os louros na plenitude de um herói. Quer paz, ai está ela em seu tamanho exato. Aquela mercância será conseguida com outras alianças de melhor moral e mais fidelidade, acreditem e vão à caça. EUA e Sion se entenderão em outros caminhos, aguardem.
O retorno de Qaradawi aponta para sismos não desejáveis na redenção para um novo Egito. A incompatibilidade do secular e do sagrado relembrando as Cruzadas e a Inquisição, as lutas entre Cristãos e Islâmicos, históricas, não recomendam regimes Teocráticos. O outro risco contra a paz egípcia é o reaprochego americano, figura daninha e renitente. Nem bem destrepou do arrimado ditador Hosni, já quer rosetar no seu substituto, sem sequer saber quem será, não importa que a mula manque. Seus interesses não são convergentes com a nova ordem. Eles querem a paz e segurança do seu genérico, no OM, Israel. Os egípcios queren sua própria paz, o brio e o orgulho dos livres. O trabalho de sapa e corrupção tão íntimo dos EUA já começou, com a oferta de US$150 milhões para a economia ameaçada, e a continuação dos US$2 bilhões, isca reluzente para corruptos passivos. Essa é uma ação de prostíbulo onde o macho compra favores, e que tem sido funcional, ao longo dos tempos. Vamos ver a força moral que terão o Exército, a Fraternidade, o Nobel e os jovens políticos recem nascidos egípcios. Vamos ver essa capacidade vencer um intrujão calejado nas manhas desprovidas de tratos civilizados, na expressão correta deste termo. E que o vencedor receba os louros na plenitude de um herói. Quer paz, ai está ela em seu tamanho exato. Aquela mercância será conseguida com outras alianças de melhor moral e mais fidelidade, acreditem e vão à caça. EUA e Sion se entenderão em outros caminhos, aguardem.
edelvio coelho lindoso – 201213
Passados exatamente três anos dos fatos
e escritos acima, enxergamos o ianque já montado e rosetando a nova mula,
corruto passivo procurado e achado no meio do Exercito, como previsto. O Presidente eleito democraticamente, vindo
do seio da Irmandade, não o Qaradawi, cumprindo os compromissos acordados,
agora em prisão e com risco de imolação, acusado pelo mesmo Exército que lhe
deu a garantia do voto livre, com acusação de traição à Pátria e outras
variações a mais, por cutucação de…
Essa Santíssima Trindade,
anglo-americano-sionista é a unha encravada de qualque árabe, no OM. Querem a Paz? ceguem esse trio com muitos
reflexos de espelhos, para que trombem entre si e morram envenenados pela
peçonha que cada um tem. Que pena, a
ganância de um homem só, apátrida, fere os brios de uma Nação inteira e garante
as consequências mórbidas impingidas por esse trio estrangeiro e de má
catadura. Que Mursi seja iluminado por
Alá.
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