quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - DE ARMADILHA EM GAZA - ZAVERUCHA

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§  A EDITORA
§  
§  CONTATO
FEVEREIRO 4, 2011 · 1:29PM 

Debate na Folha evidencia falta de consenso no Oriente Médio





promovido 
O primeiro debate pela Folha em 2011, sobre os conflitos entre palestinos e israelenses, funcionou como espelho dos problemas da região: defensores de um lado e do outro não concordaram em praticamente nenhum dos pontos abordados.Participaram a professora de história árabe Arlene Clemesha, a pesquisadora Bernadette Siqueira Abrão, o colunista da Folha João Pereira Coutinho e o cientista político Jorge Zaverucha. A discussão foi mediada por Rodrigo Russo, coordenador de Artigos e Eventos do jornal.

Daniel Marenco/Folhapress

Arlene Clemesha, Bernadette Siqueira Abrão, Rodrigo Russo, João Pereira Coutinho e Jorge Zaverucha
INFLUÊNCIA ISLÂMICA
Em um dos primeiros pontos de atrito entre os debatedores, logo no início, Zaverucha, autor do livro “Armadilha em Gaza”, caracterizou o conflito no Oriente Médio como árabe-islâmico-israelense e afirmou que a ênfase maior na questão religiosa é um fator relativamente novo.
“O programa do Hamas [grupo que controla a faixa de Gaza] é um programa do islã: bandeira de Alá sobre cada centímetro da Palestina. Qualquer tentativa de acordo com Israel deve ser denunciada. É um jogo de soma zero: eu ou você”, disse.
Clemesha, que dirige o Centro de Estudos Árabes da USP, contestou a avaliação: “Estamos falando besteira sobre o perigo islâmico. Não há choque de civilizações. O fundamentalismo é um dado da questão, mas ele não é só islâmico, é também judaico”.
Para a professora, as atuais rebeliões no norte da África e no Oriente Médio não têm caráter religioso, e grupos como Pular para o conteúdo
o Hamas estão dispostos a negociar. “Quando partidos como Hamas e Hizbollah tomam posição contra Israel, os motivos são políticos, não só religiosos.”
IRÃ E HAMAS
Outra discordância se evidenciou logo à primeira menção do Irã e das declarações polêmicas de seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad.
Coutinho, não existe apenas um conflito na área, mas vários, que se anulam uns aos outroAutoridade Nacional Palestina, Hamas contra ANP e israelenses contra iranianos.
“O mais intratável hoje é Israel x Irã. Ahmadinejad já afirmou o desejo de riscar Israel do mapa. É proclamação genocida e deve ser tomada a sério, não ser subestimada.”
Segundo o colunista, o grande problema da região hoje é a emergência de um Irã nuclear, “regime abertamente teocrático”, e seu patrocínio ao Hamas. “A carta fundamental do Hamas exorta a destruir Israel. Nunca mostraram abertura para negociar, só para uma trégua.”
Bernadette Abrão respondeu afirmando que a carta do Hamas foi escrita por uma pessoa só, sem discussão, durante a primeira intifada (levante palestino) e hoje não é aceita pelos próprios integrantes da organização.
“Hizbollah e Hamas não teriam surgido se não fosse o sionismo, inimigo que destrói e faz limpeza étnica no povo palestino”, disse a pesquisadora, autora de livro sobre a história da filosofia.
Clemesha, por sua vez, disse que Ahmadinejad “não falou em destruir Israel com uma bomba, e sim que o regime deve deixar de existir”.
UM OU DOIS ESTADOS?
A discussão de possíveis soluções para a crise no Oriente Médio também polarizou os participantes do debate no auditório da Folha.
Bernadette Abrão defendeu a existência de um único Estado para palestinos, judeus e cristãos e o “fim da entidade sionista” –o que, segundo ela, não deve ser confundido com fim dos judeus.
Coutinho avalia que o entendimento da comunidade internacional é favorável à existência de dois Estados, um israelense e outro palestino, e a história mostra que, em casos como Líbano e Iugoslávia, Estados binacionais (ou plurinacionais) resultaram em “desastre”.
Zaverucha e Coutinho também apontaram a dificuldade de negociar com a “dupla liderança” dos palestinos, já que Hamas e Fatah (partido que comanda a ANP) estão em conflito.
Clemesha alegou que a divisão é fruto do boicote internacional a uma “eleição limpa”, vencida pelo Hamas na faixa de Gaza, e que o corte no repasse de verbas fez a economia palestina ruir.
A plateia, de cerca de cem pessoas que lotavam o auditório da Folha, manifestou-se ruidosamente durante o debate, aplaudindo declarações de um lado e de outro, apesar de Jorge Zaverucha ter advertido para o que classificou de “clima de Fla-Flu”.
As maiores reações seguiram-se a falas de Abrão, que afirmou haver um “lobby sionista” dominando a mídia e a indústria do entretenimento e disse que os judeus não detêm a “exclusividade da tragédia” do Holocausto.
A pesquisadora negou ligação entre antissionismo e antissemitismo. “Árabes são semitas. Não sou antissemita, sou antissionista até a morte.” Para Coutinho, “quando há atentado, morrem judeus, não sionistas”.


1.    delvio coelho lindoso
Esse tipo de debate tem mesmo o cheiro e o calor de paixão, como discussão política, futebolística ou religiosa. Pena que isso enceguesse a razão que sempre é o melhor juiz para essas querelas. Israelenses-0 X Palestinos-0.
Árabes-Islâmicos X Israelenses-Judáicos, essas disputas parecem ser religiosas, mas são intrinsecamente políticas. Uma disputa basicamente religiosa deu-se na Irlanda, envolvendo um mesmo povo, ao ponto de se cindirem em dois Estados. O Líbano é um Estado multi-religioso, refletindo isso na composição de seu governo, mas sem discrepâncias étnicas. Já a Iugoslávia(ex) foi um Estado multi- nacional e multi-racial magistralmente unidoas pela engenharia de um líder de fato. Ruiu, com a sua morte. O Brasil convive com Cristo, com Javé, com Alá, Com Budas e Orixás e nem por isso, com guerras. Essa briga de bandeiras, é a Bandeira de um Povo contra a Bandeira de um Estado, olhem o desequilíbrio, e não pròpriamente uma guerra do Corão X Torá e Talmude.
Hamas, Fatah, Hezbollah e Sionismo, não expressam valores étnicos, nem religiosos, são expressões políticas de dois povos, com origem única.
Estado único  entre eses dois grupos é utopia, apesar de terem convivido por algum tempo juntos sem grandes refregas, até a criação do maldito e mal conjubrado Estado de Israel. Este povo unido por um conceito láico e político chamado sionismo tinham como alvo um Estado, que foi desviado da Argentina, de Chipre e de Uganda, para azar da Palestina, redireção dada por anglo-americanos, ai sim, numa engenharia macabra, cada uma das partes com objetos diferentes, coincidindo no amarrar do fácio. Anglos olhando prolongar seu domínio árabe nas fontes de petróleo; Americanos, em plantar um enclave terceirizado, com vista mais espraiada, personificado em seu fantoche, Israel. Israel-Sionista, detentor de duas promissões, não está muito empolgado com o ganho de Canã, não; vai além disso, vai se inflando sobre terras palestinas, ilegalmente se adonando do que não é seu, atuando bàrbaramente contra um povo nu, sem Estado, sem Exército e sem Economia, usando método de extermínio humano similar ao do nazismo. Sua intenção é se integrar à segunda promissão, já em símbolo na sua Bandeira, as terras que vão do Nilo até o Eufrates. A oportunidade de assalto é agora, o momento M. É uma promessa Abrahâmica, no Gênesis, e que lhe dará fôro sagrado à incursão. Em atentados morrem judeus e sionista. Em terror de Estado morrem palestinos e islamitas. Só vislumbra-se uma oportunidade de redenção para o povo palestino, isso afogado em um abismal mar de sangue entre os dois antagônicos e dezenas de aliados, lado a lado, pra mais sacralizar as profecias bíblicas, e terminar essa inglória luta em 0 X 0, em Armagedon.


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