egunda-feira, 30 de Maio de 2011
|
|
|
Ano XI - Número 4167
O discurso anacrônico de Barack
Obama
29/5/2011 9:40, Por Mauro Santayana - do Rio de Janeiro
O discurso do presidente Barack Obama, em
Londres, como quase todos os pronunciamentos políticos, não pode ser entendido
em sua literalidade. As palavras, disso sabemos, servem para dizer e servem
para ocultar, e quase sempre revelam, ao ocultar. Quando buscam esconder o
verdadeiro sentimento dos que as pronunciam, revelam-no. Foi um speech
fora do tempo, e lembra os pronunciados por Ted Roosevelt na passagem do século
XIX para o século XX.
Obama foi a Londres a fim de dizer aos
britânicos que os dois povos, vindos da mesma e presunçosa Albion, continuam a
mandar no mundo. Começaram a mandar antes mesmo que as colônias da Nova
Inglaterra existissem, ainda no fim do século 16, quando os espanhóis foram
fragorosamente derrotados, com sua armada, que se pressupunha invencível, mais
pelos ventos e ondas altas do Canal da Mancha do que pela ação dos navios
britânicos. Essa supremacia foi confirmada, no século XIX, em Waterloo. Mas o
simples fato de que o presidente dos Estados Unidos tenha considerado ser
importante essa reafirmação de domínio, revela que ele se encontra em erosão.
O presidente cometeu um equívoco político importante,
talvez porque tenha trocado de ghost-writer, ao desdenhar a posição da Europa.
Ele não menciona diretamente países como a Alemanha e a França, e só se refere
“aos nossos aliados”. Enfim, os donos do mundo são eles. Os outros, por mais
poderosos sejam, são apenas “aliados”. O Brasil e os outros grandes países
emergentes, reunidos no grupo Bric, são mencionados, como incapazes de ameaçar
a supremacia mundial do eixo Washington-Londres. Não cremos que o Brasil venha
a disputar a “liderança” do mundo. A melhor atitude de uma nação forte é a de
não comprometer esse potencial em atos de conquista. Bons exércitos, economia
sólida, instituições permanentes são condições necessárias para assegurar a
liberdade interna e garantir os interesses nacionais na sociedade mundial. Mas
se essa vantagem for usada em aventuras estultas, as conseqüências sempre
serão, a prazo curto ou longo, desastrosas. Na vida de cada um de nós, e na
vida das nações, a melhor escolha é a de não liderar, mas, tampouco, seguir a
liderança alheia. Deixemos aos outros a sua autonomia e sejamos ferozes
defensores da nossa independência.
Dentro da mesma ordem de idéias, estamos diante de
outra manifestação de arrogância chocha, da candidata francesa, Christine
Lagarde, à direção do FMI. Ela, em resposta à posição brasileira e de outros
países emergentes, que reclamam o direito de indicar o substituto de
Strauss-Kahn, declara que a instituição tem que continuar em mãos européias. Há
dois anos, ela disse que, “no FMI, quem paga, manda”. Como se vê, a sua idéia é
a de que a instituição não é mundial, mas de alguns países que se julgam os guardiões
universais da moeda. Se é esse o critério da Sra. Lagarde, está na hora de o
FMI trocar de mãos.
Os países emergentes são hoje os maiores credores do
mundo. A China, a Rússia, a Índia e o Brasil, em conjunto, retêm as maiores reservas
mundiais, enquanto os Estados Unidos e a maioria dos países europeus são os
grandes devedores internacionais. A dívida, pública e privada, dos Estados
Unidos é nominalmente de US$ 50.2 trilhões (3 vezes o seu PIB), isso sem contar
com os trilhões e trilhões de dólares que, sem lastro metálico, circulam no
mundo inteiro. Quem está pagando, direta ou indiretamente, são os países em
desenvolvimento, como é o caso da China e dos outros integrantes do BRIC.
Com toda a sua arrogância, o discurso de Obama é
vazio: o único poder de que dispõem Washington, Londres e seus aliados da OTAN,
é o bélico – que se encontra encurralado no Iraque e no Afeganistão.
Se o critério é esse, o de quem paga, manda, os Bric
podem abandonar o FMI – e criar uma nova instituição, que lhes sirva.
Mauro
Santayana é jornalista.
Os comentários às matérias e artigos
aqui publicados não são de responsabilidade do Correio do Brasil
nem refletem a opinião do jornal.
“Comentário
para “O discurso anacrônico de Barack Obama”
edelvio coelho lindoso
maio 30, 2011
Seu
comentário aguarda moderação.
Concordo com o Santayana e acrescento o
que já disse em comentários anteriores: Façam os BRIC, o que o colega acima
sugere, um Banco Mundial em sociedade paritária, sem dono exclusivo e com muito
bom senso e seriedade. Essa outra idéia, quando me antecipei, é a seguinte.: Se
dentro da ONU não for possível derrubar regalias hegemônicas, como o tal poder
de VETO e coisas mais, que os mais de 150 paises que em setembro irão votar no
reconhecimento de um Estado Palestino, diante da postura imperial dos EUA,
reunam-se, demitam-se dessa sociedade e constituam outra, paritariamente, no
melhor espírito democrático, com o foco que foi perdido pela Falecida, desde
que foi empolgada por um impostor que mantém um poder paralelo “se eu quiser eu
peço, se não me derem, eu tomo”, levando consigo um caudal de servis.
Realmente o Mundo está em sério perigo, por esse triunvirato: Anglo-americanos e a gora, o filhote de feiticeiro, os hebreus sionistas. Esses são seis milhões no seu Estado artificial, com tremendo poder de fogo e malignidade, e sete milhões de judeu-americanos nos “states”, com dupla cidadania e economia píbica, privada, para formar ou somar um outro Estado. Os três juntos já são uma ameaça a ser observada, ao mesmo tempo em que a dupla original tem o seu risco de ser encarada pelo filhote bem criado.
Isso é apenas visão mediúnica, ou previsão captada no Éter.
Realmente o Mundo está em sério perigo, por esse triunvirato: Anglo-americanos e a gora, o filhote de feiticeiro, os hebreus sionistas. Esses são seis milhões no seu Estado artificial, com tremendo poder de fogo e malignidade, e sete milhões de judeu-americanos nos “states”, com dupla cidadania e economia píbica, privada, para formar ou somar um outro Estado. Os três juntos já são uma ameaça a ser observada, ao mesmo tempo em que a dupla original tem o seu risco de ser encarada pelo filhote bem criado.
Isso é apenas visão mediúnica, ou previsão captada no Éter.
Edelvio coelho
lindoso – 161213
Há 2A e 7M e nada mudou; o triunvirato é o mesmo; EUA, RU e Israel, aliado predileto, Estado
artificial no OM plantado como força avançada e marco da nova geopolítica com
olhar dominador no Planeta. Parece os
contornos ”ILUMINATTI” desse futuro governo tripartite comandado pela Fraternidade
montada em Jerusalém. Se Sião tomou
posse pela segunda vez da Canaã prometida, estará palpitando para receber a
segunda promissão, toda a terra das margens do Nilo até as margens do Eufrates,
com tudo que houver no meio deste sanduiche.
Garotinho maroto, se não se der mal na primeira investida contra o
Irã. Saiu-se bem a Argentina, o Sudão e
a Ilha de Chipre quando foram desviados
dos sonhos do Ertzel, pelos ingleses, apontando-lhe a vocação religiosa
para sua implantação na Palestina de triste sorte. Que as mandingas não recaiam
sobre os yankees onde cidadãos judeus-americanos, vinte por cento do eleitorado
e com domínio sobre os republicanos, não se expandam metodicamente e não passem
a corda de cãozinho amável sobre os pescoços rosados dos seus presumíveis donos
e os enforquem, passando a ser mandatários do mundo. Deus que nos valha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário