sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - ÉPOCA - DE NOTA DA DEMOCRACIA BRSILEIRA

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17/12/2010 - 13:31 - Atualizado em 17/12/2010 - 13:48
Qual a nota da democracia do Brasil?
O Brasil ficou no 47º lugar no Índice de Democracia da Economist Intelligence Unit graças a notas ruins em critérios que dependem mais da sociedade civil que do Estado
José Antonio Lima

A consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), ligada à revista britânica The Economist, publicou nesta sexta-feira (17) a terceira edição de seu Índice de Democracia e o Brasil aparece na nada honrosa 47ª posição, atrás de seis latino-americanos, quatro africanos, e do Timor-Leste, um dos Estados mais jovens do mundo.

No 47º lugar, o Brasil caiu no grupo considerado pela EIU o das “democracias imperfeitas”, que abarca 53 países, onde vivem 37,2% da população mundial. O primeiro grupo, das “democracias plenas”, tem 26 países, a maioria deles da região do Atlântico Norte, onde os regimes democráticos nasceram e floresceram com mais facilidade, além de países como Austrália, Coreia do Sul, Japão e Nova Zelândia, onde os mesmos ideais foram adotados há décadas. Na mesma lista de democracias plenas houve espaço para dois latino-americanos – Uruguai (21º colocado) e Costa Rica (24º) – e para um africano – Ilhas Maurício (também em 24º).

O terceiro grupo é o dos “regimes híbridos”, onde aparecem Bolívia, Líbano, Turquia e Rússia, por exemplo, e o quarto é o dos países autoritários, onde estão quase todos os países do Oriente Médio, a China e a Coreia do Norte, está a última colocada entre os 167 países e territórios pesquisados.

Na elaboração do ranking, a EIU analisa diversos aspectos dos países em cinco critérios – processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades civis. A boa notícia é que, em dois desses critérios, a nota do Brasil é excelente. O primeiro é o processo eleitoral, que teve nota 9,58 (em uma escala de 1 a 10), igual à da Suécia, a quarta colocada no ranking. Os 9,12 pontos no critério liberdades civis, que leva em conta aspectos como liberdade de expressão, de imprensa e religião, entre outros, são iguais aos da Áustria e da Alemanha, 12º e 13º colocadas no ranking.


O MAPA DA DEMOCRACIA Em azul escuro, as democracia plenas. Em azul claro, as democracias imperfeitas, o grupo do Brasil. Em bege, os regimes híbridos. Em marrom, os governos autoritários
No critério “funcionamento do governo” o Brasil teve a nota 7,5, que se não é igual aos 9,64 de Noruega, Islândia e Dinamarca – os três primeiros do Índice de Democracia da EIU – está acima da República Tcheca (16º colocada) e próximo da Irlanda (12º lugar).

O que derruba a classificação do Brasil são os critérios que dependem tanto, ou mais, da sociedade civil quanto do governo – a participação política e a cultura política. Segundo o relatório da EIU, uma “cultura de passividade e apatia, e cidadãos obedientes e dóceis, não são consistentes com a democracia”. O relatório prossegue afirmando que a “participação também é um componente necessário, pois a apatia e a abstenção são inimigos da democracia”, mas reconhece que os eleitores “são livres para expressar sua insatisfação ao não participar” dos processos democráticos. “No entanto”, diz a EIU, “uma democracia saudável requere a participação ativa e livre dos cidadãos na vida pública, e a democracia floresce quando os cidadãos estão dispostos a participar do debate público, eleger representantes e se unir a partidos políticos”. Por fim, a consultoria afirma que “sem essa participação ampla, que se sustenta, a democracia começa a perder a vitalidade e se torna benefício de pequenos e seletos grupos”.

Baseada nesses critérios, a EIU avaliou a participação política do Brasil com a nota 5, menor que a de países de “regimes híbridos” como Tanzânia (92º lugar), Venezuela (96º), Iraque (111º). No item “cultura política” a situação é ainda pior. O Brasil recebeu a avaliação 4,38, inferior à da maioria dos “países autoritários”, como Etiópia (118°), Egito (138º), Síria (152º), Líbia (158º), Turcomenistão (165º).

edelvio coelho lindoso | AM / Manaus | 18/12/2010 12:11

Pobre Brasil.
O brasileiro, na generalidade, tem mêdo da polícia, descrê na justiça e tem ogeriza à política. Se é negro, baixo e feio que nem boi do Piaui, que é pequeno, brabo e chifrudo, corra da polícia. Há risco de extorsão ou pancadão. A justiça é chegada a casuismos, i.é, subjetiva mais que objetiva. As demandas são ganhas ou perdidas, à sorte ou ao azar do juiz que se atravessou no seu nariz. A política conseguiu desmoralizar a alviçareira lei da ficha limpa que tanta esperança levantou nos trouxas eleitores. Fala-se de uma netinha que argumentou com o vovozinho que era direito dele indicar o namoradinho dela para uma vaga de emprego, não de trabalho, porque o vacante vôou socialmente, portanto estava ela ali vindicando o que lhe era de direito. Poxa, num cenário assim estabelecido, difícil é não acreditar que nota pior não tivesse o Brasil, no seu currículo Democracia. Não queremos caudilho nem queremos pelegos, precisamos de políticos com vocação e estatura moral para nos alentar e tendo derrubado essa aberração de obrigatoriedade do voto, voto aos dezesseis anos e outras especiarias, de moto próprio e vontade civil, as urnas recebam o que para qual foram criadas, com fé e ardor. Assim, viva a democracia consciente e racional.

Edelvio coelho lindoso – 201213


Hoje, exatos três anos depois, que terá mudado?  Estaremos já num quadragésimo sexto lugar de uma democracia imperfeita?  Que pena que perdemos o seguimento deste levantamento nestes três anos.

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