Ano XI - Número 4037
Obama e Hu Jintao conversam
sobre pontos econômicos sensíveis
19/1/2011
Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da
China, Hu Jintao, começaram a enfrentar suas diferenças sobre a Coreia do Norte
e os desequilíbrios econômicos bilaterais na reunião desta nesta quarta-feira,
durante uma visita de Estado. Ambos os presidentes prometeram uma maior
cooperação entre as duas maiores economias do mundo, em um esforço para superar
as disputas do ano passado sobre direitos humanos, Taiwan, Tibet e o déficit
comercial dos Estados Unidos com a China.
Adotar medidas para vencer esses obstáculos, no
entanto, será um teste sobre a profundidade das relações entre os países.
Alguns em Washington e Pequim estão tratando a cúpula como um teste sobre como
as duas potências podem trabalhar juntas, conforme a economia da China cresce
fortemente.
Reação das bolsas
Enquanto Obama e Jintao conversavam em Washington, as
bolsas de valores da Ásia subiam para o maior nível desde maio de 2008 nesta
quarta-feira, lideradas por setores mais sensíveis a ciclos de crescimento
econômico e antes da divulgação de resultados de empresas nos Estados Unidos.
Um rali de ativos mais arriscados levou o índice norte-americano S&P 500
para o maior nível desde setembro de 2008 e tem alimentado esperanças de que a
maior economia do mundo poderá retornar ao caminho do crescimento sustentado.
Além disso, surpresas positivas na divulgação de
balanços de empresas norte-americanas deve ajudar a manter o rali ativo. O
índice MSCI que reúne bolsas de valores da região Ásia-Pacífico com exceção do
Japão exibia alta de 1,1 por cento por volta das 8h (horário de Brasília), a
486 pontos. O movimento foi apoiado por setores como tecnologia, petróleo e
matérias-primas.
O Goldman Sachs divulga resultados trimestrais ainda
nesta quarta-feira, com analistas esperando queda no lucro trimestral, atingido
por fraqueza no ambiente de negócios com renda fixa. Na quinta-feira será a vez
de Morgan Stanley e o Bank of America publica seu balanço na sexta-feira. O
Google também divulga números no final desta semana e os dados da Caterpillar
saem na próxima semana.
Uma temporada positiva de resultados de empresas dos
Estados Unidos deve incentivar companhias japonesas a registrarem avanços em recuperação. A
bolsa de Tóquio teve valorização de 0,36%. A bolsa de Xangai subiu 1,81%,
enquanto o mercado em Hong
Kong teve ganho de 1,1%. Em Seul, a bolsa teve valorização de
0,9%, enquanto Taiwan apurou ganho de 1,1%, e Cingapura teve desvalorização de
0,23%. A bolsa de Sydney encerrou em alta de 0,68%.
Otimismo
Ainda nesta quarta-feira, a economia do Japão deu
sinais de que pretende deixar o marasmo até março, ou pelo menos durante o
primeiro semestre do ano, disse um economista do Banco Central daquele país, em
um sinal de que a autoridade monetária está mais confiante sobre as
perspectivas de um retorno ao crescimento moderado. A economia pode ter se
contraído no último trimestre do ano passado, mas esse movimento pode ter sido
temporário em meio a sinais mais positivos sobre as exportações, a produção e o
consumo privado, afirmou Kazuo Momma, diretor do departamento de pesquisa e
estatísticas do BC.
– Há vários fatores que podem desestabilizar a
economia global, o que, por meio do câmbio ou de outros movimentos de mercado,
pode afetar a economia japonesa. Mas a perspectiva para este ano é positiva –
afirmou ele em seminário nesta manhã.
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Comentários para “Obama e Hu Jintao conversam
sobre pontos econômicos sensíveis”
1. bene bugrao
A verdade nua e crua é que, a China está
com curva de crescimento inequívocamente ascendente, e os EUA sabem disso. Por
outro lado os EUA estão em curva de crescimento descendente, e a China sabe
disso. Tendo em vista isso, entre outras coisas, há respeito mútuo.
O Brasil precisa estudar melhor a China, e quem sabe aprender alguma coisa.
O Brasil precisa estudar melhor a China, e quem sabe aprender alguma coisa.
2. edelvio
coelho lindoso
O que é visível do encontro EUA X
China., é o demérito explícito da ONU. Um está em descenso econômico e outro em
ascensão acelerada. Quanto ao poder político de cada um, é tão vergonhoso ver o
1º apelar pa que o 2º contenha seu pupilo e aliado, a Coréia do Norte, roubando
investidura daquela Organização. Agora, o reverso, a China repreende os EUA,
por querer apadrinhar os interesses do seu pupilo e aliado, no episódio de uma
ilha em lítígio e apreensão de um pesqueiro, pelo Japão. O Ministro Sino,
perfunctório, redargue ao Ministro yankee, porque êle vem como mensageiro da
paz, trazendo uma pomba que êle bem conhece , pois é nipônica. Essa é outra
transgressão contra a ONU. EUA provocando os brios chineses, no caso de Taywan,
e Pequim seguindo impávida, na opressão ao Tibet, e sem falar nada sôbre a
opressão de Israel, pupilo e aliado dos americanos, sôbre o povo e terras
palestinas. Êsse é o contencioso sino-americano, que o mundo vê e não sabe como
verá, quando o impulsivo garoto israelo quebrar a brida e arrêios, jogar fora
os tapa-olhos, e investir contra Teerã. A ver.
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