domingo, 22 de dezembro de 2013

DEVANEIOS - ÉPOCA -DE EUA X PALESTINA TRO=LO-LÓ

vFaça seu comentário  |  Leia os comentários  |  Compartilhe  |  Imprimir  |  RSS  |  Celular 19/05/2011 - 14:54 - Atualizado em 19/05/2011 - 15:03
Reforma no Oriente Médio é prioridade, diz Obama
Obama anuncia plano de ajuda para Tunísia, Egito e outros países que fizerem reformas, e diz que Estado palestino deve ser criado nas fronteiras de 1967
Redação Época
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez, nesta quinta-feira (19), um novo discurso cujo objetivo era atingir as populações do Oriente Médio, e afirmou que a reforma democrática da região é "prioridade" para seu governo. Falando no Departamento de Estado americano, Obama criticou alguns aliados que reprimem suas populações, como o Iêmen e o Bahrein, e detalhou um plano de ajuda para Tunísia e Egito, os países que derrubaram seus ditadores, e outros que realizarem reformas. Ao abordar o impasse entre Israel e Palestina, Obama defendeu, pela primeira vez, que o Estado palestino seja criado nas fronteiras de 1967.

Obama iniciou sua fala dizendo que se tratava de um “novo capítulo” das relações com o Oriente Médio, e afirmando que os EUA estão ligados a esses países pela “economia, segurança, história e fé”. Ele lembrou a morte do líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden – “um assassino em massa e não um mártir” –, e afirmou que mesmo antes de sua morte a Al Qaeda já vinha “perdendo a luta por relevância”, pois sua “ideologia é um beco sem saída”.

Em seguida, Obama lembrou jovem tunisiano Mohamed Bouazizi, cuja autoimolação é considerada o episódio inicial do chamado levante árabe, e disse que o movimento é resultado da falta de liberdade de expressão, de imprensa, de eleições livres e instituições fortes no Oriente Médio. Obama afirmou que os EUA por anos buscaram garantir seus interesses na região – contraterrorismo, o não surgimento de uma corrida nuclear, comércio livres, segurança de Israel e paz – e que vai continuar a fazer isso, mas que apenas esses interesses não vão “encher a barriga de ninguém” e nem “garantir a liberdade de expressão”. Assim, Obama fez um pedido por reformas política na região e mandou um alerta para os governos autoritários árabes. “O status quo não é sustentável”.

O presidente dos EUA disse que seu país vai apoiar reformas democráticas e que aceita o fato de que nem todas as nações vão adotar a democracia representativa do Ocidente. Ele afirmou que seu governo vai apoiar as reformas baseados em três princípios: oposição ao uso de violência contra a população; estabelecimento de direitos universais como liberdade de religião, reunião e expressão, estado de direito e direito de escolher os próprios líderes; e apoio a reformas política e econômicas.

Obama afirmou que esses princípios são a prioridade dos EUA na região e que esta prioridade será buscada com todas as ferramentas possíveis. Ele elogiou as mudanças na Tunísia e no Egito, defendeu a intervenção militar na Líbia e criticou a repressão existente na Síria. Obama voltou o foco para o Irã, lembrando a violência do governo contra oposicionistas em 2009 e afirmando que Teerã era hipócrita. No único momento surpreendente de sua fala, Obama criticou dois aliados dos EUA, o Iêmen e o Bahrein, este sede da 5º Frota Naval americana. Obama afirmou que o diálogo deve ser retomado no Bahrein e que isso não vai ocorrer enquanto “partes da oposição estiverem na cadeia”.

Na seqüência do discurso, Obama encorajou os países árabes a realizarem reformas. “Se vocês assumirem os riscos das reformas, terão apoio total dos EUA”, afirmou. Obama afirmou que as reformas precisam incluir todos os grupos religiosos – citando os casos dos cristãos no Egito e dos xiitas no Bahrein – e dar mais poder às mulheres. “Uma região não vai alcançar todo seu potencial se mais da metade de sua população não puder usufruir de seu potencial”.

Obama, então, detalhou a ajuda que será dada à região. São quatro pontos principais. O primeiro é um plano, elaborado pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, para modernizar as economias da Tunísia e do Egito. O segundo é o perdão de um US$ 1 bilhão de dívidas do governo do egípcio, que será acompanhado por uma nova linha de crédito de US$ 1 bilhão. O terceiro plano é a criação de fundos nos moldes dos usados na democratização do Leste Europeu após a queda do Muro de Berlim. O primeiro deles, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), no valor de US$ 2 bilhões. O último é uma iniciativa para melhorar a integração das economias do Oriente Médio e Norte da África e torná-las menos dependente das exportações de petróleo.
Críticas e alertas a Israel e palestinos
No fim de seu discurso, Obama falou sobre Israel e palestinos e fez críticas e alertas aos dois lados. Ele lamentou o fato de os palestinos terem abandonado as negociações de paz e afirmou que é preciso responder aos “anseios legítimos” de Israel sobre a aliança do Hamas, considerado um grupo terrorista, com o Fatah, que vinha negociando com Israel. Obama afirmou que não haverá independência sem reconhecer o direito de Israel existir.

O presidente americano reafirmou a amizade com Israel, mas lamentou a continuidade dos assentamentos na Cisjordânia e disse que, como amigo, precisava dar um aviso. “É importante dizer a verdade a Israel. O status quo não sustentável. É preciso agir de forma corajosa para alcançar uma paz duradoura”, disse. “Não vai existir um Estado judeu e democrático com ocupação”. Obama, então, afirmou que a solução para o conflito passa pela criação de dois Estados para dois povos, o palestino nas fronteiras de 1967, autodeterminação, reconhecimento mútuo e paz. Foi a primeira vez que o presidente dos EUA fez a defesa do Estado palestino nessas bases. Obama disse que os EUA iam apoiar o processo de paz, mas não prometeu nenhum plano para isso. Ele afirmou que a "comunidade internacional estava cansada de um processo sem fim" e encerrou sua fala mostrando quão importante considera a paz para o momento atual da região. "Em um período no qual as pessoas do Oriente Médio e Norte da África estão se livrando dos fardos do passado, a luta por uma paz duradoura que encerre o conflito e resolva todas as reivindicações é mais urgente do que nunca".
JL

Comentários
edelvio coelho lindoso | AM / Manaus | 28/05/2011 21:18
comentário em 28/05/matéria de 19/05
As promessas de Obama em 19 já não condizem com os fatos de hoje. Ele já desdisse o que dissera, que espaço das fronteiras de 1967 poderiam ser trocados por outros, etc.. O fato vero é que a continuação israelense de avançar em terras não suas, emperrando as conversas, que prá valer são fiadas; Israel sempre quis mesmo foi consolidar o terreno colonizado com edificações, como se já vislumbrasse essa possibilidade de trocar terras equivalentes aos kms que comportariam o futuro Estado Palestino. Assim sendo, as terras boas já foram capturadas pelo futuro e sempre vizinho importuno, e o resto, que sempre é resto, sobraria sem escolha para a parte desmoralizada, paciente do todo o desrespeito, por parte do invasor. Que receio tem Israel, belicamente falando, dos palestinos? Quantos prisioneiros israelos tem eles, exceto dois soldados raptados, de que se ouve falar, para contraditar com os seis mil palestinos encerrados nas celas sionistas? O bom senso acena para em setembro, um apelo à ONU pelo seu Estado palestino; O VETO imperial dos EUA e o sorvedouro de sangue onde reivindicava um lar. Algum socorro solidário, alguma aliança pensável e a hora de Israel liquidar o saldo desse povo quadrimilenar, dono autêntico dessas plagas! Uma vergonha para os concessores do Nobel e apenas uma ruborização para a tez marrom do Obama, figura simbiótica com o Bibi. Alá derrotado por Javé. Paz vermelha. Com essa corda, um novo xerife no Oriente Médio. Será? Veremos.

Edelvio coelho lindoso – 231213

2A e 7M depois e o mesmo tro-lo-ló.  Assim foi e assim é.  Conversa fiada e conversa pra boi dormir.

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