quarta-feira, 18 de maio de 2016

DEVANEIOS - DE AVES CANORAS

Tenho Cara De Antigamente, Quando Aves Canoras Eram As Cantantes
SE NÃO CANTA É SÓ AVE

Passaredo colorido e cantante

Lindo, lindo, lindo a natureza, pena que a grande urbanização das terras as tornam impróprias para essa paisagem edênica.  Para nós urbanos são todos esses pássaros, desconhecidos;  para os olhos e para os ouvidos.  Se alguns cantam, são canoros, se não, serão apenas, aves, apesar de lindas.  Como na raça humana, existem lindos animais entre os quadrúpedes e as aves, como há os feiurinhas e os ferozes sem beleza.  Cavalos podem ser belos, no pescoço de músculos lisos e fortes e no dorso traseiro com suas ilhargas bem desenhadas e também sustentada por músculos poderosos.

Nas aves ressalto a beleza dos galos imponentes e zelosos de sua extensa responsabilidade naquele harém vasto e submisso.  O garbo dessa ave macha é magnífico, o andar seguro, o murmúrio có-có-có cobrando respeito, o pescoço e a consciência exalçadas apontando para cima, assim como com a cauda empinada e majestosa.  Sá essa duas espécies da fauna que eu destaco para um desfile de arte.  Infelizmente entre animais a beleza feminina nunca foi o forte para competir com os machos. Falei de animais domésticos mas, entre as feras os hão belíssimos, também.

Como esse assunto é curto vamos enxertar vanidades para completar o ensaio. Ouvi há pouco, mas já conhecia, no imenso chuvaréu caído em Recife e molestando como sempre, mais os pobrezitos dos morros ou das beira-rios.  E a nordestina da city falava assim, na televisão:  Fiquei assim, só com a roupa do couro, com a linguagem simples do populacho, sem nenhuma vaidade feminina, como se vivendo isolada no meio de uma população extrapolante.  E é assim, junto com os desajustados os desapegos por alguma finesse, a auto-estima afogada pelas necessidades constantes.

À pretexto de se embonitar, moças um pouquinho mais além na escadaria social, mais se enfeiam.  Espelhino, espelhinho meu, existe coisa mais feia nesse meio de mundo do que a tal calça -boca-de-sino?  Esse aleijão; a gente procura ver os pés da donzela, e tadinha, ela não tem.  Da cintura pra baixo ela está colada no chão.  Oh horror!  Quando eu vejo a Maju assim mutilada falando do tempo, pra mim é tempo perdido.  Bom, tá certo, é que eu sofro de gastura mas, é que eu perco as explicações dela procurando o tempo todo o que fizeram com seus pés.  Cruz, credo.

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