quarta-feira, 4 de maio de 2016

DEVANEIOS - DE PREÁS (040515)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Criar Preás Era Diversão De Crianças
CASCABULHO ERA O GURI GAUCHO

Dois Cascabulhos Inocentes

segunda-feira, 4 de maio de 2015


DEVANEIOS - DE PREÁS (040515)

Tenho Cara De Antigamente, Quando Impulsivo Era Levado Da Breca
TAMBÉM PODIA SER CHAMADO DE IMPOSSÍVEL

M E M Ó RIA
Sertão-Cozinha Limpíssima Numa Casa De Sapé

sábado, 21 de setembro de 2013


DEVANEIOS - DE PREÁS

    Entre meus seis e onze anos, 1941 e 1946, ai pelo meio.  Parque Amorim, 1501, Recife-PE.  Era um casarão antiquíssimo com térreo, onde morávamos e no primeiro andar onde moravam o Pr. John Mein e D. Elisabeth. Tudo ali era antigo, grande e sólido.   Para se por à janela existiam degraus de cimento dentro da casa até a altura de por o busto à  vista.  No quintal com mangueiras copiosas de manga espada e manguito, que a família inteira não dava conta de consumir;  nós quatro, cascabulhos, como nos chamavam, vendíamos numa bacia enorme para cada um, aos operários passantes que iam para o Cotonifício da Torre. Nunca fomos enganados.  No quintal havia um antigo banheiro, sem uso, cujas bordas davam a parecença de uma banheira;  poi foi ali que aninhamos nossos preás;  não sei de quem ganhamos;  eram azeviches, alvíssimos ou rubros, ou uma média dessas cores;  quase nenhum barulho.  suas fezes não cheiravam mal, pois só comiam enormes folhas de bananeira e capim que íamos buscar até um pouco distante, num terreno baldio com muretas muito baixas. Mas como comiam esses roedores, valentemente e o tempo todo, do mesmo modo como se reproduziam; Os presentes que dele fazíamos não davam refresco pela fartura da reposição.  Muito tempo alegrou nassas vidas;  Levantávamos pela manhã e lá estávamos para acarinhá-los  e isso sem canseira;  com uma comunhão de vida entre inocentes e animaizinhos, que creio eu  agradava muito o Nosso Senhor.  Tivemos que nos desfazer deles já que não eram viandas para se digerir, já que esgotaram-se nossos amiguinhos que já estavam com o mesmo problema que nós.  Não me lembro como fizemos, se talvez os tenhamos levado para soltar lá na fonte onde catávamos o seu alimento, mesmo os expondo a perigos de outro animais se alimentarem deles;  Deus deve tê-los provido, como bom Pai.  Está ai, sr. Jil, a vida na infância de seus três tios, ca sua mãe, que numa hora de enfado, quando tentávamos destruir o fundo de uma gaveta grande, atirando-lhe tijoladas, a tal moça resolveu mirar nos meus dedões, dedinhos dos pés.  Esmigalhou-me a unha e sobrou para d. Maria da Venta Chata, uma querida negra agregada à nossa casa, com a carapinha branca, branquíssima, parecendo bom-bril, não fosse a cor e o fato de que naquele tempo isso nem existia. Esse Anjo devotado levou-me escanchado sobre os ombros, à pé, ida e volta, do Parque Amorim à Jaqueira, distância descomunal.  Oro por ela, hoje.  Assistiu meu clorofórmio e as denguices que deveriam ser ouvidas pelo pai ou pela mãe. Deus abençoe a todos.




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