quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
DEVANEIOS - DE NÚMEROS (2) - 048
DEVANEIOS
Edélvio Coelho Lindoso
terça-feira,
23 de julho de 2013
DE NÚMEROS (2)
De 1946/1949 - Dos onze aos catorze anos - Pós-Guerra. Ver a chegada dos
pracinhas, entre eles, Silas Munguba, sargento e estudante de medicina, e
Jeziel Norberto, interno no CAB, baiano e futuro dentista e cunhado de minha
irmã. Colega de classe de Ebna e Auzênio, no terceiro ginasial.
Minha lembrança alcança Marcos Leal, irmão de Márcia e
Marcio-"orelha de lebre", família de empreendedores na área imobiliária;;encontrei
o primeiro há dias, na NET e no mesmo ramo. Manoel, o vi várias vezes,
depois de adulto e por fim, sumiu. Deu-me, uma vez, uma caneta
automática, invenção recente, naqueles idos; o corpo parecia madrepérola;
tinha, na lateral uma haste de metal, que a gente comprimia, puxando para
fora, uma bexiga estreita, parecendo uma lagarta, no interno da mesma,
mergulhando a pena no tinteiro Nankin, e a tinta sendo sugada por um orifício
na mesma pena; cabeça e corpo eram então atarraxados; a pena
escarrapichava e o estoque de tinta durava pouco; morou? Ester, era minha
companheira, dividindo uma carteira dupla, no quarto ano, aos quatorze anos.
Era 1949. Subiamos da parte baixa para a parte alta do colégio, sob
uma alameda de Ficus-Benjamim, cojos frutinhos não comíveis, profusos, eram
esmagados pelos nossos pés, em agradáveis estalidos.
PROFESSORES
Alcides, Bundão, Censor, pré-seminarista, e diciplinava a classe nos entremeios
de duas aulas. D. Alberta, americana e professora de inglês. A
Professora de francês, tinha lábio leporino, dedurou-me a meu pai, por que eu
estava filando numa prova, o que me valeu uma surra de cinto. Dr. Antônio
Marque Dorta, meu profesor de latim. Professor Castro, português,
ensinava História Geral, todo tempo de perfil e de olhos fechados. Dr,
Arnaldo Poggi de Figueredo, professor de química, médico, tinha só um pulmão.
Dr. Rubem Carneiro Leão, pastor, professor de matemática, andava numa
moto harley davidson. Devo estar esquecendo alguns. D. Míriam, era a dedo
duro que me massacrou.
1950 - Primeiro ano clássico, à noite. Dai pra frente foram dez anos sem
apetite para estudar, mas sempre me matriculando em um colégio diferente e
nunca concluindo o ano em curso. Gostava muito era de ler; sempre
andava com um livro no ônibus.
Quem não tem história pra contar, ou não tem memória pra guardar, deve ser
muito triste. Comecei a trabalhar neste mesmo ano de 50, anos dourados,
até me aposentar. Mais história.
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