Edélvio Coelho
Lindoso
DEVANEIOS
De papa
QUARTA-FEIRA, 24 DE
JULHO DE 2913
Inda bem que o Papa não virou mingau. Isso é apenas um risco de graça, sem viés de
deboche. O Papa é um personagem lider máximo de uma Igraja confessional, figura eminente.
Meu voto de boa
ida para Dominguinhos que tantas canções e músicas nos deu, e exemplo de homem
de bem garantindo para si uma bela morada na Casa do Pai.
Vou discorrer sobre
a capacidade que tem os homens em geral de se aglomerarem em multidões por
razões várias. A primeira é a busca de
espetáculo; pode ser de valor trágico,
dramático, de comédia, cívico, revolucionário, marcial, diversional…, de mil
explicações Pra mim importa saber quais
criaturas encorpam esse cortejo. Tenho a
impressão que são os mesmos, os que se ajuntam numa procissão religiosa, dia
seguinte estão numa parada gay, mais adiante num cortejo cívico, num desfile de
escoteiros ou de colegiais, num omício político ou numa promoção de circo ou de
evento. O ou um espetáculo tem sempre o
dom de atrair pessoas, de espicaçar curiosidades e por fim mostrar que quantidade não é sinônimo de qualidade, sem querer contar o risco de acidentes. Outra catapulta que incita a saida dessas
criaturas de suas locas é uma sina
tradicional e enraizada de nourejar ao relento enquanto têm mobilidade juvenil para matar curiosidade,
ver coisas longe de corriqueiras visões,
trazer motivos para tro-lo-lós, fazer zoeiras e encher de barulhos os ambientes
convencionais. É assim que vejo e julgo
as multidões
É um processo de juventude, de energia, de inquietude,
travestidos com roupas apropiadas para
os diversos eventos, sem raizes, no entanto.
É zoada pura, murmúrios ensurdecedores;
vejam as saidas dos embates de futebol, de qualquer encontro de
atletismo. As saidas desses encontros
nunca são deferentes. São no mais,
expressões de comportamento humano, resultem em bons ou maus augúrios.
Assim sendo, viva
o Papa, viva o carnaval, o futebol, o circo os casamentos e os enterros, viva “nóis”os
corintianos.
Lembro-me dos idos
, quando eu tinha quatro dos meus sete filhos, e íamos atraidos por aquela
força de curiosidade que falei lá em cima. No bolsinho de cada um, um papelzinho com
nome e endereço; não havia telefone,
porque telefone não havia. Já falei pra
vocês que sou idoso e que tenho cara de antigamente; sou do tempo em que enfeite de gola das
mulheres era sianinha. Estávamos num
desfile militar de sete de setembro.
Desafiáva-nos os riscos sempre existentes em grandes grupos de pessoas. Hoje, minha vitalidade e mobilidade se
resumem à inteligência e uma cabeça que parece uma usina e que me futuca para
escrever. Parece que somos dois. Um pergunta e outro responde; como se estivesse dialogando frente a um
espelho; ou não havendo espelho, eu
estivesse em pé e perguntasse, desse um
corrupio, e respondesse, e nessa macaquice permanecesse horas a fio. Assim é e será; O Papa e eu;
eu e vocês; voces, eu, o Papa e
quem mais for.
Desculpe-me ter-lhes visto e té amanhã.
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