quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DEVANEIOS - DE PAPA - 049


Edélvio Coelho Lindoso
DEVANEIOS
De papa
QUARTA-FEIRA, 24 DE JULHO DE 2913

    Inda bem que o Papa não virou mingau.  Isso é apenas um risco de graça, sem viés de deboche.  O Papa é um personagem  lider máximo de uma Igraja confessional, figura eminente.

    Meu voto de boa ida para Dominguinhos que tantas canções e músicas nos deu, e exemplo de homem de bem garantindo para si uma bela morada na Casa do Pai.

    Vou discorrer sobre a capacidade que tem os homens em geral de se aglomerarem em multidões por razões várias.  A primeira é a busca de espetáculo;  pode ser de valor trágico, dramático, de comédia, cívico, revolucionário, marcial, diversional…, de mil explicações  Pra mim importa saber quais criaturas encorpam esse cortejo.  Tenho a impressão que são os mesmos, os que se ajuntam numa procissão religiosa, dia seguinte estão numa parada gay, mais adiante num cortejo cívico, num desfile de escoteiros ou de colegiais, num omício político ou numa promoção de circo ou de evento.  O ou um espetáculo tem sempre o dom de atrair pessoas, de espicaçar curiosidades e por fim mostrar que quantidade não é sinônimo de qualidade, sem querer  contar o risco de acidentes.  Outra catapulta que incita a saida dessas criaturas de suas locas é uma sina  tradicional e enraizada de nourejar ao relento enquanto têm  mobilidade juvenil para matar curiosidade, ver coisas longe de  corriqueiras visões, trazer motivos para tro-lo-lós, fazer zoeiras e encher de barulhos os ambientes convencionais.  É assim que vejo e julgo as multidões

É um processo de juventude, de energia, de inquietude, travestidos com roupas apropiadas  para os diversos eventos, sem raizes, no entanto.  É zoada pura, murmúrios ensurdecedores;  vejam as saidas dos embates de futebol, de qualquer encontro de atletismo.  As saidas desses encontros nunca são deferentes.  São no mais, expressões de comportamento humano, resultem em bons ou maus augúrios.

    Assim sendo, viva o Papa, viva o carnaval, o futebol, o circo os casamentos e os enterros, viva “nóis”os corintianos.

    Lembro-me dos idos , quando eu tinha quatro dos meus sete filhos, e íamos atraidos por aquela força de  curiosidade  que falei lá em cima.  No bolsinho de cada um, um papelzinho com nome e endereço;  não havia telefone, porque telefone não havia.  Já falei pra vocês que sou idoso e que tenho cara de antigamente;  sou do tempo em que enfeite de gola das mulheres era sianinha.  Estávamos num desfile militar de sete de setembro.  Desafiáva-nos os riscos sempre existentes em grandes grupos de pessoas.  Hoje, minha vitalidade e mobilidade se resumem à inteligência e uma cabeça que parece uma usina e que me futuca para escrever.  Parece que somos dois.  Um pergunta e outro responde;  como se estivesse dialogando frente a um espelho;  ou não havendo espelho, eu estivesse em pé e perguntasse,  desse um corrupio, e respondesse, e nessa macaquice permanecesse horas a fio.  Assim é e será;  O Papa e eu;  eu e vocês;  voces, eu, o Papa e quem mais for.


Desculpe-me ter-lhes visto e té amanhã.

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