DEVANEIOS
Edélvio coelho lindoso
Quem
não tem padrinho morre pagão
O que
eu sinto, seu Jacinto, é sua calça se afrouxar; seu Jacinto, aperte o
cinto, ponha a calça no lugar
Domingo , 21 de julho
de 2013
Era
um campesino russo, feio, mal ajambrado, bebia alucinadamente mas permanecia
sóbrio, era sensitivo e terapeuta, frequentava a pobre residência do Tsar Ivan
e sanava as hemorragias do leucêmico principe, razão de ser sempre bem recebido
no palácio imperial. Andava mal envelopado, com um odre de estômago de
bezerro às costas e um bico por onde sugava vinho constantemente. Curava
gentes com as mãos parecendo um essênio. De alparcatas rudes transitava
por todos os ambientes e era imantado. Seduzia pessoas, sem intenção, e
mulheres, principalmente, a quem concedia gozos carnais indiziveis.
Descoberto o segredo; ele tinha uma verruga na glande, cultivada com
carinho, autora dos prazeres explosivos nas zonas F, G e H das possuidas.
Ele, discreto, se apetitava pela nobreza e pelas amas e aias. Era
mil ativo. Quem diria.
Bem, mas não estou aqui para falar de flores; quero replicar as impurezas
do Tzar Serguei, do Rio de Janeiro, e tentar pautear os contornos dos dois
tipos de políticos que imperam na triste vida dos cidadãos brasileiros.
Os dois são tatuados por costumes bárbaros do Brasil colonial, e
infestam, ainda agora, no século vinte e um, nossos usos e costumes: Os
primeiros são replicantes dos Capitães Hereditários, cujo o mais emblemático é
o Sr. Fernando de Noronha, que menoscabando o privilégio de sua escolha,
jamais compareceu para receber o insignificante óbolo. Quantas pessoas
espalhadas nesses vinte e seis Estados Federativos, em nossa Nação, serão
capazes de configurar a linhagem hereditária, pelos sobrenomes de família,
desses malditos políticos que se sucedem sem parar tempo a fora? Maldição?
Os segundos são os que após a Guerra do Paraguai compravam da Guarda
Nacional patentes de oficiais militares, cuja a preferida era a de Coronel.
Até, pasmem, o Virgulino, era o Capitão Lampião, cujo padrinho era o
Padim Ciço, Santo Milagreiro e Deputado pelo Estado do Ceará. Esses
são fatos históricos. Dai o comportamento insultuoso e depravado de
coronéis modernos e atuais, como: Serguei Cabral, o que morando a quinze
minutos do seu lugar de trabalho, só lá vai, de heliccóptero, serviço pago pelo
Governo. Fins de semana , embarca com filhos, esposa, cachorro e
agregados, para ilhas cujo os ventos jamais serão sentidos por qualquer pobre
fluminense. Depois manda a conta para a viuva e passa o rodo! Outro
Coronel, o Senador Renan Calheiros, comandando comandantes da FAB para
casamento de parente do Senador Eduardo Braga, iniciante no processo, não sei
com que patente militar, na Bahia. São descaradinhos, balançam os
rabinhos e cospem sim, em cima de sofridos e anônimos cidadãos de segunda
categoria, nesta terra dos papagaios.
Pulemos para o Ceará, terra de Iracema; olhemos para a carinha
miuda e sem vergonha de um tal Cid Gomes, o El Cid; presenteia a sogra com
passeio de avião e hospedagem para visitar a Torre Eiffel na desconhecida
Paris. São comportamentos tenebrosos desses perfumados de alma leprosa.
Citei uns três ou quatro vultosos padrões de impureza virtual,
cutucadores da ira de um povo em ânsia de explosões. Ufa. Que têm
em comum essa alcatéia? Parecem sapos-boi inchando a caraça para
parecerem maiores do que são. Incham de tanta vaidade, da imensa vanitude
dos seus narcisismos. Vejam que caras infladas tão parecidas:
Renan, Temer, Cid, Ciro, Collor, Braga, Cabral. Hadad, Lula, Cunha,
Barbalho, Maluf, Miranda, Arruda, etc... São sapos inflados e eleitos
pela escória de eleitores da pior qualidade, para infelicidade desse Pais.
Que venham os
CCA, Complexo de Casa de Apenados, com sua mínimas celas, de 2.5mt. de fundo,
largo e alto, para que na soledade, no de si pra si, no seu solilóquio,
infratores e bandidos se regenerem, e sem modéstia, democraticamente, os
ilustres sapos-boi, possam dignamente ali conviver. Dia virá, e que seja
em breve.
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